Atualmente, no Brasil, um dos temas mais debatidos dentro da área da saúde têm sido o acesso aos serviços da Atenção Primária à Saúde. Isso porque uma Atenção Primária à Saúde forte e resolutiva depende principalmente de um acesso facilitado, em que a pessoa vinculada àquela equipe consiga um atendimento quando precisa, no horário mais adequado e com a forma de agendamento mais confortável. Starfield (2002) explica que o tema acesso vem se configurando como foco central das discussões sobre sistemas públicos de saúde. Dentre os desenhos propostos para a melhoria e avanço do acesso e desenvolvimento de serviços de saúde de qualidade, observa-se uma crescente expansão de modelos pautados a partir da Atenção Primária à Saúde, compreendida como a principal porta de entrada de um sistema de saúde, elegendo o modelo Saúde da Família como um espaço privilegiado de sua operacionalização.A Atenção Primária à Saúde apresenta, dois objetivos primordiais: ampliar o acesso e fortalecer a continuidade do cuidado, porém as ESFs sentem -se pressionadas pela demanda crescente. Organizam diferentes formas para triar os pacientes e encontrar vagas em agendas lotadas. Muitas vezes, pacientes não conseguem ser atendidos pela sua equipe no momento apropriado, resultando em demoras no cuidado, inversão das portas de entrada, insatisfação dos usuários, quebras na longitudinalidade do cuidado e impotência por parte dos profissionais que compõem as equipes de saúde (MURRAY