Estratégias para o Fortalecimento Das Ações de Imunização Voltadas À Melhoria no Indicador 5 do Previne Brasil em Raposa- Ma

Este trabalho tem como objetivo apresentar as estratégias para o fortalecimento das ações de imunização voltadas para a melhoria no indicador 5 do Previne Brasil. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, com abordagem quali quantitativa. Foram identificados vários fatores que influenciavam na baixa cobertura vacinal, tais como: hesitação e recusa vacinal; efeitos adversos; propagação de Fake News; condições socioeconômicas; situação geográfica. Para aumentar os índices de cobertura vacinal em crianças menores de um ano pelas vacinas pentavalente e poliomielite (VIP), foram executadas diversas estratégias. Dessa forma, realizou-se educação permanente voltada aos profissionais; utilização da sala de espera para educação em saúde; investimentos em campanhas publicitárias; realização da busca ativa; ações em microáreas; monitoramento e avaliação. Para analisar a efetividade das estratégias, verificou-se os dados retirados dos programas e-SUS AB e e-Gestor AB referentes ao terceiro quadrimestre (Q1) de 2021 ao terceiro quadrimestre (Q3) de 2022. Observou-se um aumento considerável das coberturas vacinais do ano de 2021 para 2022. Nessa perspectiva, foi possível verificar que diante dos resultados da pesquisa ImunizaSus as dificuldades são enfrentadas por diversos municípios em todo Brasil. Mas, também, apresenta ferramentas e recomendações que podem ser aplicadas visando alavancar os indicadores de imunização dos municípios. Diante disso, tal pesquisa estimulou e incentivou a cidade de Raposa, uma vez que conseguiu replicá-las impactando diretamente nos resultados.

O desaparecimento e controle de diversas doenças têm gerado uma falsa impressão de que elas não existem mais. Com isso, as famílias deixam de levar as crianças para a sala de vacinação fazendo com que assim várias doenças controladas voltem a acometê-las. Outro ponto é a propagação de notícias falsas em redes sociais sobre imunização, as famosas Fake News, ocasionando descrença acerca da segurança e eficácia das vacinas. Também se destaca a redução de campanhas publicitárias a nível nacional e o baixo acesso à internet por parte da população. Vale ressaltar a questão geográfica e também as condições socioeconômicas dos usuários, visto que muitas famílias residem distante das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dificultando o seu acesso. Nessa perspectiva o estudo descreve um relato de experiência, com abordagem quali-quantitativa. Sendo adotadas estratégias para identificar e sanar diversos desafios no âmbito da imunização em crianças menores de um ano com as vacinas pentavalente e poliomielite (VIP) em Raposa. Foram classificados vários fatores que influenciavam na baixa cobertura vacinal, tais como: hesitação e recusa vacinal; efeitos adversos; propagação de fake news; condições socioeconômicas e situação geográfica. Para a coleta e análise de dados, utilizou-se informações do e-SUS AB e e-Gestor AB com a finalidade de avaliar os percentuais de cobertura vacinal referente ao indicador 5 do Previne Brasil, levando em consideração os quadrimestres Q3 (2021), Q1, Q2 e Q3 de 2022.Tais informações possibilitaram intervenções e tomadas de decisões certeiras, o que possibilitou a eficiência nos resultados.

Para aumentar os índices de cobertura vacinal em crianças menores de um ano pelas vacinas pentavalente e poliomielite (VIP), foram executadas diversas estratégias visando o aumento da cobertura vacinal do indicador 5 do Previne Brasil. Dessa forma, realizou-se educação permanente voltada aos profissionais; utilização da sala de espera para educação em saúde; investimentos em campanhas publicitárias; realização da busca ativa; ações em micro áreas; monitoramento e avaliação do indicador 5 do Previne Brasil (tabela 1). Foram realizadas ações de capacitação voltadas aos profissionais de saúde trabalhando a temática “A importância da Vacinação” com intuito de combater a desinformação e a propagação de notícias falsas, promovendo a interprofissionalidade bem como empoderando-os. Tal atividade propiciou orientações à população acerca da imunização, destacando a sua necessidade e os possíveis efeitos colaterais. Nesse sentido, as salas de espera das unidades foram utilizadas como um espaço para diálogo entre médicos, enfermeiros, técnicos, agentes comunitários de saúde e a população, estimulando a vacinação e, dessa forma, esclarecendo dúvidas e explicando a sua importância. Os meios de comunicação proporcionaram uma maior visibilidade, provocando um resgate da confiança dos pais e, consequentemente, refletindo no comparecimento das crianças às salas de vacinação. Em Raposa, além de investir nas formas tradicionais de divulgação, tais como: carro de som, o famoso “marketing boca a boca”, parceria com organizações não governamentais (ações em igrejas, associações de moradores e etc.), apostou-se em campanhas publicitárias de vacinação mais abrangentes, mobilizadoras e inovadoras, utilizando técnicas de brand lift e storytelling. Foram desenvolvidos diversos materiais audiovisuais com foco em uma linguagem assertiva, bem como utilização de personagens infantis com intuito de encantar as crianças além de estimular a vacinação. Nestes instrumentos de comunicação (cards, reels, ilustrações animadas, vídeos institucionais etc) adotou-se aspectos culturais do município tais como: as populações específicas (indígenas, ciganos etc) e adaptação de festas tradicionais populares como o arraial da vacinação. Incluímos nas visitas domiciliares das equipes das APS visitas mensais fixas às residências para vacinar as crianças faltosas. Além também de realizar busca ativa no território por rastreamento através de agentes comunitários de saúde, com ênfase para aquelas crianças menores de 1 ano com doses em atraso. Essa integração entre a vigilância em Saúde e a Atenção Básica (AB) foi uma condição essencial para a melhoria dos resultados, na ótica da integralidade da atenção à saúde. Ações de micro áreas em locais de difícil acesso com baixo índice de cobertura vacinal foram realizadas semanalmente e aos finais de semana para atualização da caderneta. Dessa forma, foi possível garantir a imunização em tempo hábil, aproximando os serviços à casa dos usuários. Isso facilitou a vida daqueles pais que não tinham possibilidade de arcar com os custos do transporte para levar seus filhos às UBS ou daqueles que trabalham e têm dificuldade de comparecer nos horários disponíveis. As estratégias adotadas refletiram diretamente nos indicadores de saúde, possibilitando uma evolução no percentual de crianças menores de um ano de idade vacinadas na APS com as vacinas pentavalente e poliomielite (VIP), garantindo assim a prevenção de doenças que comprometam o desenvolvimento infantil. Para avaliar a efetividade das estratégias adotadas, realizou-se uma coleta de dados extraídos dos programas e-SUS AB e e-Gestor AB referentes ao terceiro quadrimestre (Q1) de 2021 ao terceiro quadrimestre (Q3) de 2022. (Gráfico 1). Em 2021, o terceiro quadrimestre (Q3) apresentou o percentual de 21% de crianças menores de um ano vacinadas com penta e poliomielite (VIP). Já em 2022, os quadrimestres (Q1, Q2 e Q3) atingiram respectivamente os percentuais de 71%, 65% e 80%. Vale lembrar que a meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) é de 95%. Dessa forma, verificou-se um aumento considerável das coberturas vacinais do ano de 2021 para 2022. Apesar da diminuição do Q1 para o Q2 de 2022, devido ao retorno de casos de Covid-19, após período carnavalesco, pôde-se perceber que o município continuou avançando em seus percentuais de vacinação contra a pentavalente e a poliomielite (VIP).

As ações de vacinação apresentadas tiveram um impacto positivo para o avanço nos resultados do indicador 5 do programa Previne Brasil. Vale ressaltar que o êxito das ações de imunização é resultado de uma associação de fatores e esforços das equipes de Vigilância em Saúde e Atenção Básica, permitindo que a vacinação chegue até mesmo nos locais de difícil acesso através de estratégias diversas como foram elencadas. Além disso o monitoramento garantiu a melhoria nos resultados alcançados proporcionando efetividade e aperfeiçoamento nas estratégias de intervenção. Nessa perspectiva, foi possível verificar que diante dos resultados da pesquisa ImunizaSus, as dificuldades são enfrentadas por diversos municípios por todo Brasil. Mas, também, apresenta ferramentas e recomendações que podem ser aplicadas visando garantir proteção contra várias doenças para essas crianças menores de 1 ano, além também de impactar no aumento dos indicadores de imunização dos municípios brasileiros. Diante disso, tal pesquisa estimulou e incentivou a cidade de Raposa, uma vez que conseguiu replicá-las impactando diretamente nos resultados.

Principal

ALLANNA CRISTINA LAGO LOPES SILVA

Coautores

Andre Luiz Barros Sousa

A prática foi aplicada em

Região

Esta prática está vinculada a

Instituição

Uma organização do tipo

Instituição Privada

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ideiasus@gmail.com

23 dez 2023

CADASTRO

23 dez 2023

ATUALIZAÇÃO

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Concluída

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