- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
O número de casos novos de sífilis congênita em menor de 1 ano em Linhares tem caído. As maiores incidências registradas foram nos anos de 2006 (36 casos – taxa de 15,6 por 1000 NV) e 2015 (41 casos – taxa de 14,9 por 1000 NV). No ano de 2018, encerramos com 10 casos positivos para sífilis congênita com incidência de 3,80 por 1000 NV. O enfrentamento ao avanço da transmissão vertical da sífilis congênita em Linhares tornou-se uma missão para a Secretaria de Saúde de Linhares e equipes de saúde que buscam aprimorar seus processos de trabalho através da educação permanente, garantindo, assim, o cuidado qualificado para gestantes e bebês. Através do grupo de trabalho de enfrentamento à sífilis congênita, iniciado em abril de 2017, formado por profissionais das áreas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde (planejamento, atenção primária, saúde da mulher, IST aids, vigilância epidemiológica, maternidade (Hospital Rio Doce), fortalecemos o espaço de diálogo e educação permanente na área saúde da mulher.
O objetivo do trabalho é reduzir a incidência de sífilis congênita em Linhares, através da educação permanente em saúde, reorientação dos processos de trabalho, monitoramento e avaliação. A metodologia utilizada foi: criação de um grupo de trabalho, composto por participantes das seguintes áreas técnicas da Secretaria Municipal de Educação: planejamento, atenção primária, saúde da mulher, IST aids, vigilância epidemiológica, Hospital Rio Doce. Elaboração e acompanhamento do plano de enfrentamento à sífilis congênita em Linhares, utilizando rodas de conversa, identificando e discutindo nós críticos de cada ação proposta para o plano, identificando atores responsáveis, prazos, monitoramento e avaliação da execução. Reuniões mensais do GT e roda de conversa com as equipes de atenção primária para estudar os casos com desfecho sífilis congênita identificados na maternidade do município, avaliar protocolos e construir estratégias de intervenção.
O conjunto de ações empreendidas nessa proposta, que envolve a educação permanente, elaboração do plano municipal de enfrentamento, discussão dos problemas que envolvem a execução das ações do plano, discussão de cada caso com desfecho sífilis congênita com as equipes da estratégia saúde da família (ESF) de cada território tem proporcionado uma revisão dos processos de trabalho, reconduzindo dos profissionais ao diálogo com suas equipes de saúde, no cuidado com as gestantes nos territórios, em especial no acompanhamento. Concluímos que a educação permanente promove o diálogo e a revisão dos processos de trabalho nos diversos pontos de atenção da rede de serviços. Nos estudos de casos, identificam-se alguns desafios importantes: adesão do parceiro ao tratamento ampliação das ações intersetoriais, ampliação do número de equipes, ampliação das ações de educação em saúde com a população nos territórios, investindo na pré-concepção e no tratamento da sífilis adquirida na população em geral, investimento no cuidado.
CADASTRO
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