- Vigilância em Saúde
ROSINETE FEITOSA NASCIMENTO
- 20 set 2024
Amapá
Com o surgimento dos primeiros casos de COVID-19 no estado do Amapá, o município de Vitória do Jari, com uma população de pouco mais de 15 mil habitantes, localizada na região sul do estado, iniciou o planejamento e a organização de suas ações e serviços de saúde específicas ao enfrentamento da pandemia, especialmente no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). Devido à limitada estrutura hospitalar do município, à escassez de profissionais de saúde e à ausência de aparelhos de ventilação mecânica, foi necessário desenvolver, em conjunto com os municípios da Região do Vale do Jari (Laranjal do Jari/AP, Vitória do Jari/AP e Almeirim/PA), um fluxo regionalizado de atendimento a pacientes com COVID-19. No entanto, planejou a oferta de serviços de saúde em meio a uma pandemia em um município localizado na região amazônica, com vastas áreas rurais e ribeirinhas, revelou-se um grande desafio, o que motivou a adoção de novas estratégias.
Organizar e ampliar a Atenção Primaria em Saúde para atendimento da população rural e ribeirinha do município de Vitória do Jari/AP, no enfrentamento ao COVID-19.
As ações implementadas desde o início da pandemia têm mostrado resultados positivos na manutenção de baixos índices de mortalidade por COVID-19 nas áreas rurais e ribeirinhas do município de Vitória do Jari/AP. Isso se deve ao enfoque integral em saúde, com estratégias voltadas para a promoção da saúde e prevenção da doença, especialmente para pacientes do grupo de risco. Segundo os dados da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Básica, até meados de julho de 2020, não foi registrado nenhum óbito por COVID-19 nessas comunidades. Essa situação reflete o sucesso das medidas adotadas e a eficácia dos serviços de saúde na proteção das populações vulneráveis em áreas remotas. A continuidade dessas ações é crucial para manter esse quadro positivo e garantir a saúde e segurança das comunidades.
O sucesso das iniciativas relatadas deve-se, em grande parte, à abordagem preventiva direcionada especialmente aos pacientes do grupo de risco. A atuação em regiões remotas com desafios logísticos exige um esforço significativo e coordenado por parte de uma equipe multidisciplinar, que frequentemente se desloca por meio de barcos e voadeiras, os principais meios de transporte na região. Garantir a Universalidade do SUS, mesmo em tempos de pandemia, é essencial para assegurar que todas as populações, independentemente de sua localização geográfica, tenham acesso a cuidados de saúde adequados. Esse compromisso com a saúde pública é crucial para manter a proteção das comunidades mais vulneráveis e garantir que a resposta à pandemia seja equitativa e eficaz.
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