O acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico agudo representa uma das
emergências médicas mais críticas e tempo-dependentes na prática clínica. No
Brasil, onde o AVC figura como segunda principal causa de óbito, a utilização do
tratamento padrão-ouro com ativador do plasminogênio tecidual recombinante (r
tPA) permanece abaixo de 15% dos casos elegíveis, com os atrasos pré
hospitalares respondendo por mais de 70% das oportunidades terapêuticas
perdidas. Este estudo prospectivo avaliou a implantação de um protocolo
estruturado para atendimento de AVC no Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU) de Volta Redonda-RJ, cidade polo do Médio Paraíba fluminense
com 260 mil habitantes. O trabalho analisou de forma abrangente: 1. O tempo
médio de resposta (período entre a ativação do serviço e chegada no local) 2. A
eficiência do atendimento em cena (triagem e estabilização) 3. O tempo total de
transporte até o hospital de referência 4. A qualidade do registro clínico e
comunicação inter-hospitalar A metodologia incluiu análise retrospectiva de 63
casos atendidos entre outubro e dezembro de 2024, com avaliação quantitativa dos
tempos de resposta e análise qualitativa dos registros médicos. Os resultados
demonstram como a padronização de processos no atendimento pré-hospitalar
pode reduzir significativamente os atrasos, oferecendo um modelo replicável para
outras regiões do país.
O caso apresentado revela uma oportunidade valiosa de salvar vidas e reduzir sequelas em pacientes com AVC, uma das emergências mais críticas e tempo-dependentes. Ao implementar um protocolo estruturado no SAMU de Volta Redonda-RJ, foi possível reduzir em 22% o tempo de chegada ao local e garantir que 78% dos casos chegassem ao hospital dentro da janela terapêutica ideal (menos de 60 minutos). Isso mostra que a padronização de processos no pré-hospitalar pode ser um divisor de águas, especialmente em um país como o Brasil, onde menos de 15% dos pacientes elegíveis recebem o tratamento adequado devido a atrasos.
No entanto, o estudo também expõe problemas graves que ainda impedem um atendimento ideal: falhas na comunicação (39% dos casos sem pré-notificação ao hospital) e registros incompletos (37% sem informação sobre o início dos sintomas). Essas lacunas mostram que, além de melhorar a velocidade do atendimento, é essencial investir em sistemas de comunicação eficientes, treinamento contínuo das equipes e integração tecnológica. A humanização do cuidado passa não só por agilidade, mas por garantir que nenhum detalhe se perca no caminho, pois cada minuto e cada informação correta podem significar a diferença entre uma recuperação plena e sequelas permanentes.
Este caso é um exemplo de como a organização e o investimento em saúde pública podem transformar realidades, mas também alerta para a necessidade de melhorias na documentação e no trabalho em rede, para que nenhum paciente deixe de receber o tratamento que merece por falhas evitáveis.
a importância de começar com um olhar sensível às realidades locais. Cada região tem suas particularidades, e um protocolo só funciona se for adaptável, construído em diálogo com as equipes que estarão na linha de frente. A primeira dica seria: “Ouçam os profissionais do SAMU—eles sabem onde os gargalos estão”. Treinamentos frequentes e simulações práticas ajudam a engajar a equipe, transformando protocolos em rotina natural, não em burocracia. Outro conselho crucial é “invistam em comunicação afetiva e eficiente”—seja com sistemas de pré-alerta automatizado, aplicativos ou até mesmo grupos de mensagens dedicados, pois a ligação entre pré-hospitalar e hospital pode salvar vidas quando feita com agilidade e clareza.
Também recomendariam “não subestimar o poder dos pequenos registros”. Um prontuário bem preenchido, com hora exata dos sintomas, parece simples, mas é a base para decisões rápidas no hospital. Por isso, ferramentas eletrônicas intuitivas e checklists visuais podem evitar lapsos. Por fim, mas não menos importante: “celebre cada avanço, mesmo que pequeno”. Reduzir 5 minutos no tempo de resposta ou aumentar em 10% a taxa de pré-notificação já são vitórias que motivam a equipe e justificam o esforço. A mensagem final seria: “Implementar mudanças exige persistência, mas cada minuto ganho no atendimento ao AVC é um futuro restaurado para alguém”.
Atenção a importância de começar com um olhar sensível às realidades locais. Cada região tem suas particularidades, e um protocolo só funciona se for adaptável, construído em diálogo com as equipes que estarão na linha de frente. Ouçam os profissionais do SAMU—eles sabem onde os gargalos estão. Treinamentos frequentes e simulações práticas ajudam a engajar a equipe, transformando protocolos em rotina natural, não em burocracia. Invistam em comunicação afetiva e eficiente, seja com sistemas de pré-alerta automatizado, aplicativos ou até mesmo grupos de mensagens dedicados, pois a ligação entre pré-hospitalar e hospital pode salvar vidas quando feita com agilidade e clareza.
Não subestimar o poder dos pequenos registros. Um prontuário bem preenchido, com hora exata dos sintomas, parece simples, mas é a base para decisões rápidas no hospital. Por isso, ferramentas eletrônicas intuitivas e checklists visuais podem evitar lapsos. Por fim, mas não menos importante: celebre cada avanço, mesmo que pequeno. Reduzir 5 minutos no tempo de resposta ou aumentar em 10% a taxa de pré-notificação já são vitórias que motivam a equipe e justificam o esforço. Implementar mudanças exige persistência, mas cada minuto ganho no atendimento ao AVC é um futuro restaurado para alguém.
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