A Beleza do Crepúsculo: Um Registro Audiovisual -Curta-Metragem- Que Aborda a Experiência do Envelhecer a Partir da Perspectiva de Cinco Idosos Moradores do Morro do Dendê, uma Tradicional Favela Cari

Foi realizado um registro audiovisual -curta-metragem- que aborda a experiência do envelhecer a partir da perspectiva de cinco idosos moradores do morro do Dendê, uma tradicional favela carioca. Inspirado em um modelo de documentário chamado documentário de personagem, este trabalho retrata a velhice a partir da entrevista destes sujeitos, que convidados a narrar suas experiências de vida, constroem-se como personagens e expressam suas subjetividades. A transformação da experiência de vida em uma experiência de narrar a si próprio, o resgate e a escolha das memórias que serão narradas e como serão, faz parte deste processo de construção. Dentre as temáticas abordadas estão: memórias, família, saudades, limitações/rotina, saúde e proximidade da morte. A realização das entrevistas e a sua gravação possibilitaram a promoção de um espaço de fala e de protagonismo, no qual os idosos puderam narrar a si e as suas trajetórias de vida, dando vazão às suas memórias vivas. Além disso, sua elaboração produziu o fortalecimento do vínculo entre profissional de saúde (entrevistador) e usuários (entrevistados), aliando-se a prática do Método Clínico Centrado na Pessoa em seus passos compreender a pessoa como um todo e intensificar a relação entre médico e paciente. Espera-se provocar a partir deste registro um olhar mais sensível às subjetividades e à poética do envelhecer. A escolha da produção audiovisual como metodologia teve a intenção de aproximar o espectador/profissional de saúde da realidade dos entrevistados e despertar identificação e afetações.

Como motivação para partilha desta experiência destaca-se a necessidade de compreender o olhar do idoso sobre seu próprio processo de envelhecimento e, após adentrar neste universo subjetivo, produzir reflexões que contribuam para a construção de um cuidado em saúde que dialogue e busque se adequar às complexidades e particularidades desta etapa da vida.

Construir espaços de troca com entrevistas/conversas abertas. Permitir que o tempo e o ritmo sejam guiados pelos entrevistados. A curiosidade pelas histórias de vida, o desejo do encontro e a escuta acolhedora são os pilares pra tornar esse um potente momento de promoção de saúde e formação de vínculo com a comunidade e com seus moradores mais antigos.

Principal

Raissa de Araujo Ferreira Cardoso

raissaafcardoso@gmail.com

A prática foi aplicada em

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Sudeste

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Raissa de Araujo Ferreira Cardoso

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04 dez 2015

CADASTRO

14 set 2023

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