Diferente do prontuário médico tradicional, o Prontuário Afetivo chega nas unidades hospitalares como forma de humanizar e individualizar o paciente. Este deixa de ser um número, deixa de ser uma patologia e passa a ser um indivíduo com suas subjetividades, seus gostos, seus desejos.
O Serviço de Psicologia do Hospital Estadual 2 de Julho elaborou junto ao setor de comunicação o próprio modelo de Prontuário Afetivo para utilização. Iniciamos o uso desse instrumento com o objetivo principal de retomar a singularidade do sujeito adoecido. Quem é aquela pessoa que está deitada no leito? Do que ele gosta? O que gosta de comer? Essas e outras perguntas são respondidas pelo próprio paciente durante a confecção do prontuário, ou na sua impossibilidade, a família responde. Sempre que possível agregamos as perguntas fotos das pessoas mais queridas do paciente e deixamos no leito para que ele possa ver e minimizar a saudade deles.
Geralmente, o Prontuário Afetivo é realizado com pacientes em longo internamento e/ou cuidados paliativos. E, então, um objetivo secundário do Prontuário Afetivo é a maior vinculação da equipe com a família/paciente através da interação do profissional que realizará o atendimento ao ver as informações que o paciente escreveu.
Nossos pacientes que passaram por essa experiência, de maior atenção para a sua subjetividade, relatam sentimentos de alegria, de se sentirem acolhidos e falam de forma positiva como o SUS pode ser realizado. Os familiares quando chegam para a visita e se deparam com o prontuário afetivo expressam a satisfação em terem seus entes queridos bem cuidados.
Esperamos que essa ação seja amplamente divulgada e que demais hospitais estejam interessados no atendimento singular ao paciente de forma que este seja visto para além de sua patologia de motivo de internamento favorecendo o acolhimento adequado ao paciente e seus familiares.
Hospital 2 de Julho - Avenida Sete de Setembro - Barra, Salvador - BA, Brasil
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