Projeto de prevenção e combate à leishmaniose, implementado pela Secretaria Municipal de Saúde de Marcos Parente, no Piauí, nasce em 2017, após a notificação de um caso de leishmaniose visceral humana. A doença é foco da Saúde Pública, por ser infecciosa e grave, de evolução crônica, com alta letalidade, especialmente em indivíduos não tratados e crianças desnutridas, podendo levar a óbito até 90% dos casos. Ela é transmitida por meio da picada de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros, face a sua coloração amarelada ou de cor palha. A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania Chagasi.
O projeto visou sensibilizar os proprietários de cães sobre a importância das ações de combate e prevenção da leishmaniose visceral. A equipe da Vigilância Epidemiológica, incluindo a Estratégia Saúde da Família e agentes de saúde ambiental, realizaram ações nas zonas urbana e rural do município, como a realização de testes rápidos em cães, coleta de sangue, orientações à população sobre medidas de prevenção e controle da proliferação do mosquito transmissor da doença. Entre 2017 e 2019, o município realizou 615 testes rápidos em cães, além de testagens em humanos. As ações refletem o esforço em prevenir e controlar a leishmaniose visceral por meio de vigilância ativa e educação em saúde.
Confira aqui a prática completa.
Por: Ana Karolina Carvalho (jornalista e bolsista IdeiaSUS Fiocruz)