Este relato de experiência descreve a implementação de práticas de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (MTCI) no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) da Santa Casa de Assis durante a campanha Setembro Amarelo — uma iniciativa nacional brasileira de prevenção do suicídio e conscientização em saúde mental.
A intervenção teve como objetivo promover o bem-estar emocional dos profissionais de saúde que atuam em um ambiente institucional de alta pressão.
A iniciativa respondeu à crescente demanda por estratégias preventivas de saúde mental nos ambientes de trabalho em saúde, incentivando a valorização da vida e o equilíbrio psicológico.
Principais Desafios:
Adaptar técnicas ao traje formal e à estrutura física do ambiente.
Manter o foco e a atmosfera de introspecção em meio à rotina de trabalho.
Superar ceticismo ou resistência inicial de alguns profissionais.
Impacto dos Desafios:
Os desafios foram superados com adaptações cuidadosas, abordagem acolhedora e condução consciente, o que tornou a experiência acessível e transformadora para todos os participantes.
Houve melhora imediata na consciência corporal, emocional e mental dos participantes.
A atmosfera ao final das sessões foi de calma, leveza e gratidão.
Depoimentos Representativos (Qualitativos):
Mulher 1 (25–30 anos), com insônia e diagnóstico de transtorno depressivo:
“Uau, fazia muito tempo que eu não me sentia tão leve. Aquela música me levou a um lugar de paz profunda e silêncio — meu corpo inteiro relaxou, como se eu estivesse na natureza. Lembrei das vezes em que vou à cachoeira.”
Mulher 2 (35–40 anos), ansiosa e de personalidade explosiva:
“Meu Deus, essa prática é muito relaxante. No final, parecia que meu corpo estava flutuando. Uma paz enorme — quero fazer isso sempre!”
Lições Aprendidas:
Mesmo quando realizadas de forma esporádica, as práticas oferecem técnicas que os profissionais podem levar para suas rotinas pessoais, promovendo autonomia no autocuidado e maior consciência sobre sua saúde mental e emocional.
Houve participação voluntária, retorno positivo, sensação imediata de bem-estar e desejo de continuidade das práticas.
Recomendações Práticas:
Incluir práticas de MTCI no calendário institucional;
Designar um profissional dedicado à condução das práticas de MTCI, garantindo continuidade e expansão;
Disponibilizar recursos básicos, como óleos essenciais e playlists terapêuticas.
Perspectivas Futuras:
Ampliar a frequência e o alcance das práticas;
Implementar protocolos de avaliação com retorno sobre o bem-estar;
Integrar práticas de MTCI em iniciativas regulares de valorização profissional.
Contribuição para o Campo:
A experiência do AME Assis demonstra que práticas de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (MTCI) — reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) — são estratégias eficazes, viáveis e de baixo custo para promover a saúde mental entre profissionais de saúde.
Cuidar de quem cuida impacta positivamente a qualidade da assistência prestada aos pacientes.
This experience report describes the implementation of Traditional, Complementary and Integrative Medicine (TCIM) practices at the Medical Specialties Outpatient Clinic (AME) of Santa Casa de Assis during the Yellow September campaign—a Brazilian national suicide prevention and mental health awareness initiative.
The intervention aimed to promote the emotional well-being of health professionals who work in a high-pressure institutional environment.
The initiative addressed the growing demand for preventive mental health strategies in healthcare workplaces, fostering life appreciation and psychological balance.
Main Challenges:
Adapting techniques to formal attire and the physical structure of the environment.
Maintaining focus and an atmosphere of introspection amidst the work routine.
Overcoming initial skepticism or resistance from some professionals.
Impact of Challenges:
Challenges were overcome with careful adaptations, a welcoming approach and conscious guidance that made the experience accessible and transformative for all participants.
There was an immediate improvement in the participants’ bodily, emotional, and mental awareness.
The atmosphere at the end of the sessions was one of calm, lightness, and gratitude.
Representative Testimonials (Qualitative):
Woman 1 (25–30 years old), with insomnia and a diagnosis of depressive disorder:
“Wow, it had been a long time since I felt this light. That music took me to a place of deep peace and stillness—my whole body relaxed, like I was in nature. It reminded me of when I go to the waterfall.”
Woman 2 (35–40 years old), anxious and with an explosive personality:
“My God, this practice is so relaxing. By the end, it felt like my body was floating. Such enormous peace—I want to do this always!”
Lessons Learned:
Even when done sporadically, the practices offer techniques that professionals can carry into their personal routines, promoting self-care autonomy and greater awareness of their mental and emotional health.
There was voluntary participation, positive feedback, an immediate sense of well-being, and a desire to continue the practices.
Practical Recommendations:
Include TCIM practices in the institutional calendar;
Assign a dedicated professional to conduct TCIM practices, ensuring continuity and expansion;
Provide basic resources such as essential oils and therapeutic playlists.
Future Directions:
Increase frequency and reach of the practices;
Implement evaluation protocols with well-being feedback;
Integrate TCIM practices into regular professional appreciation initiatives.
Contribution to the Field:
The AME Assis experience demonstrates that Traditional, Complementary and Integrative Medicine (TCIM) practices—recognized by the Unified Health System (SUS), Brazil’s public healthcare system—are effective, feasible, and low-cost strategies to promote mental health among health professionals.
Caring for caregivers positively impacts the quality of patient care.
