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Wellness Practices in Hospitals: An Experience Report from the ZENCancer Institute
Barbara Mello Dias da Costa
barbara.mello@brasil.zencancer.org
Brasil
Práticas de Bem-Estar em Hospitais: Um Relato de Experiência do Instituto ZENCâncer
Descrição

Este relato de experiência apresenta a implementação de intervenções estruturadas de bem-estar em dois hospitais públicos do Rio de Janeiro: o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSE). Desde 2020, sessões semanais de Yoga Restaurativa, Meditação e relaxamento guiado têm sido adaptadas às rotinas hospitalares e realizadas em diversos ambientes, incluindo auditórios, salas de quimioterapia, leitos de pacientes, salas convencionais com cadeiras e espaços preparados com colchonetes. As sessões duram entre 25 e 60 minutos e integram mobilização articular suave, automassagem e relaxamento profundo guiado com foco na respiração consciente, atenção plena e autorregulação emocional. Um protocolo específico, o RestauraZEN, desenvolvido a partir de anos de experiência hospitalar, garante segurança e consistência metodológica. Mais de 140 sessões são conduzidas anualmente, beneficiando entre 1.100 e 1.400 participantes por ano, incluindo profissionais de saúde, pacientes e cuidadores. Todos os facilitadores passam por treinamento teórico e prático abrangente, que combina habilidade técnica, ética e sensibilidade ao ambiente hospitalar.

Problemas abordados

Ambientes hospitalares, especialmente no cuidado oncológico, expõem tanto profissionais quanto pacientes a estresse crônico, sobrecarga emocional e exaustão física, muitas vezes sem acesso a estratégias estruturadas e não farmacológicas de autorregulação ou alívio. As equipes de saúde enfrentam longos plantões com oportunidades limitadas de pausa, enquanto pacientes e cuidadores vivenciam ansiedade e vulnerabilidade em contextos de alta pressão. A intervenção foi desenhada para preencher essa lacuna, integrando práticas de bem-estar seguras, acessíveis e baseadas em evidências às rotinas hospitalares, promovendo estabilidade emocional e recuperação física. Um grande desafio na implementação foi a hesitação institucional em permitir programas externos conduzidos por voluntários em contextos clínicos sensíveis. A construção de confiança exigiu a criação de um protocolo rigoroso alinhado aos padrões hospitalares, treinamento formal para facilitadores e avaliação contínua para demonstrar segurança, eficácia e relevância para a comunidade hospitalar.

Resultados (opcional)

Ao longo de cinco anos de implementação contínua, a iniciativa demonstrou impacto consistente e mensurável. Mais de 140 sessões anuais, com média de 7 a 10 participantes cada, proporcionam a mais de 1.000 indivíduos por ano acesso direto a técnicas de relaxamento guiado e regulação emocional. Avaliações pós-sessão realizadas com trabalhadores da saúde em 2025 revelaram que 100% relataram melhora do bem-estar e maior equilíbrio emocional imediatamente após a prática, com muitos destacando melhor foco e resiliência durante o trabalho. Os relatos qualitativos reforçam esses resultados: “Minha vida se divide em antes e depois dessas práticas”; “Aprendi a controlar uma crise de pânico com as técnicas de respiração”; “Apenas alguns minutos mudam completamente o meu dia.” Pacientes frequentemente relatam diminuição da dor, melhora do sono e sensação de leveza e calma, enquanto cuidadores descrevem momentos de presença e reconexão em meio ao estresse contínuo. Esses resultados indicam que mesmo intervenções breves e de baixo custo podem gerar benefícios significativos para a saúde física e emocional em ambientes hospitalares.

Recomendações ou Desafios

A experiência destaca a importância de incorporar práticas estruturadas de bem-estar nos sistemas públicos de saúde como forma de humanizar o cuidado e apoiar aqueles que o oferecem e o recebem. A replicação bem-sucedida requer total alinhamento com protocolos hospitalares, treinamento rigoroso de facilitadores tanto em habilidades técnicas quanto interpessoais e comunicação constante com a liderança institucional para manter a confiança. A documentação consistente da participação e dos resultados fortalece a credibilidade e a sustentabilidade, enquanto a adaptação das práticas a diferentes espaços hospitalares garante acessibilidade para pacientes e profissionais diversos. A principal lição é que momentos intencionais de pausa guiada e respiração, quando oferecidos com sensibilidade e consciência clínica, podem gerar transformações profundas na regulação emocional e no bem-estar, contribuindo para ambientes de trabalho mais saudáveis e caminhos de cuidado mais compassivos.

Palavras-chave
Wellness Practices in Hospitals: An Experience Report from the ZENCancer Institute
Description

This experience report presents the implementation of structured wellness interventions in two public hospitals in Rio de Janeiro: the National Cancer Institute (INCA) and the Federal Hospital for State Employees (HSE). Since 2020, weekly sessions of Restorative Yoga, Meditation and guided relaxation have been adapted to hospital routines and delivered in various settings, including auditoriums, chemotherapy rooms, patient bedsides, standard rooms with chairs and spaces prepared with yoga mats. Sessions last between 25 and 60 minutes and integrate gentle joint mobilization, self-massage and deep guided relaxation focused on conscious breathing, mindfulness and emotional self-regulation. A specific protocol, RestauraZEN, developed from years of hospital-based experience, ensures safety and methodological consistency. More than 140 sessions are conducted annually, benefiting an estimated 1,100 to 1,400 participants per year, including healthcare professionals, patients and caregivers. All facilitators undergo comprehensive theoretical and practical training that combines technical skill, ethics and sensitivity to the hospital environment.

Problems Addressed

Hospital settings, especially in oncology care, expose both professionals and patients to chronic stress, emotional overload and physical exhaustion, often without access to structured, non-pharmacological strategies for self-regulation or relief. Healthcare teams face long shifts with limited opportunities for pause, while patients and caregivers experience anxiety and vulnerability in high-pressure environments. The intervention was designed to fill this gap by integrating safe, accessible and evidence-informed wellness practices into hospital routines, fostering emotional stability and physical recovery. A major challenge in implementation was institutional hesitation to allow external, volunteer-led programs in sensitive clinical contexts. Building trust required the creation of a rigorous protocol aligned with hospital standards, formal training for facilitators, and continuous evaluation to demonstrate safety, efficacy and relevance for the hospital community.

Results (optional)

Over five years of continuous implementation, the initiative has demonstrated consistent and measurable impact. More than 140 annual sessions, averaging 7–10 participants each, provide over 1,000 individuals per year with direct access to guided relaxation and emotional regulation techniques. Post-session evaluations conducted with healthcare workers in 2025 revealed that 100% reported improved well-being and greater emotional balance immediately after practice, with many highlighting better focus and resilience during work. Qualitative feedback underscores these results: “My life is divided into before and after these practices”; “I learned to control a panic attack with the breathing techniques”; “Just a few minutes completely change my day.” Patients frequently report decreased pain, better sleep and a sense of lightness and calm, while caregivers describe moments of presence and reconnection amid ongoing stress. These outcomes indicate that even brief, low-cost interventions can generate significant benefits for physical and emotional health in hospital settings.

Recomendations or Challenges

The experience highlights the importance of embedding structured wellness practices into public healthcare systems as a means of humanizing care and supporting those who give and receive it. Successful replication requires full alignment with hospital protocols, rigorous facilitator training in both technical and interpersonal skills, and ongoing communication with institutional leadership to maintain trust. Consistent documentation of participation and outcomes strengthens credibility and sustainability, while adapting practices to different hospital spaces ensures accessibility for diverse patients and staff. The key lesson is that intentional moments of guided pause and breath, when offered with sensitivity and clinical awareness, can create profound shifts in emotional regulation and well-being, contributing to healthier work environments and more compassionate care pathways.

Keywords
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