O município de Pedra Branca localizado no sertão central do Estado do Ceará a 280 km da Capital com uma população de 41.480hab., ao final do ano de 2011 vivenciou algo excepcional em seu sistema de saúde, haja vista que na 1ª quinzena do mês de novembro foi observado no Hospital Municipal de Pedra Branca um aumento significativo de atendimento a um grupo de escolares, apresentando sintomas parecidos. Inicialmente foram atendidos 51 estudantes e um professor, além de 20 pessoas que não fazem parte do grupo escolar, mas que eram contatos dos adolescentes acometidos. Os principais sintomas apresentados pelos acometidos foram febre, cefaleia, tosse, mialgia e dor de garganta. Após investigação in loco, a equipe do CIEVS/CE (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) encaminhou amostras de espécimes clínicos dos pacientes para investigação de vários agravos, inclusive influenza. Das 18 amostras coletadas de swap de nasofaringe, 11 eram positivas para Influenza H1N1.a) Objetivos e metas: Diante da confirmação do surto do vírus H1N1, o Sistema Único de Saúde local foi categórico no empenho ao controle e eliminação do mesmo iniciando com as seguintes ações: -Ofício à instituição de ensino onde surgiram os casos informando sobre a ocorrência de uma possível virose e solicitando que suspendesse o funcionamento das atividades da escola até que o caso fosse esclarecido (Esta ação foi revogada sob orientação do CIEVS Estadual, solicitando a retomada das atividades da instituição, uma vez que os casos detectados foram prontamente identificados e, permanecendo a Escola funcionando, poderia monitorar os discentes e seus familiares e adotar medidas imediatas). -Contactar à 8ª CRES – Quixadá (Núcleo de Vigilância Epidemiológica) -Encaminhamento do paciente caso-índice com sintomatologia ao Hospital São José (Referência em Infectologia do Estado). -Criação de um Grupo Gestor de Enfrentamento de Crise, constituído pelas principais coordenações de saúde, setores administrativos e sociedade civil. -Visita técnica para inspeção das instalações e estrutura física da escola onde surgiu o caso-índice. b) Indicadores disponíveis para caracterizar a situação inicial (ponto de partida): Foram analisadas 791 fichas de notificação de surto, sendo 52 fichas de atendimento dos estudantes da escola e que, em 47 dessas foi possível estabelecer uma prevalência dos sintomas apresentados pelos mesmos. Foram registrados em uma planilha o nome, idade, sintomas endereço e data do atendimento de todos os estudantes. Foram ouvidos 5 estudantes e 2 professores, que exprimiram suas opiniões sobre porquê do grande número de doentes na escola. c) Dinâmica do funcionamento e recursos empregados: -Mobilização de todos os profissionais da rede de atenção a saúde para planejar o enfrentamento do surto. – Sensibilização de todos os serviços para diagnosticar, tratar, notificar e investigar os casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), – Formação de equipes para realização do trabalho de mobilização e prevenção da doença realizando palestras nas escolas, repartições, praças, instituições publicas e privadas, comercio, com distribuição de álcool gel e panfletos. -Recrutamento de todos os Agentes comunitários de saúde e Agentes de endemias para monitoramento dos grupos de riscos. Ressalte-se que Pedra Branca apresenta cobertura satisfatória (?95%) nas campanhas vacinais, bem como de rotina, demonstrando que a população estava de certa forma imunizada e orientada para o enfrentamento da H1N1
Controle e eliminação de surto do vírus H1N1.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO