Na grande maioria das vezes os fóruns, seminários e palestras no campo da saúde servem-se de um modelo essencialmente acadêmico, caracterizado, na maioria das vezes, por uma linguagem (jargão científico) extremamente hierarquizado e vertical, que acaba por dificultar o acesso e a participação mais abrangente da população em geral. Mesmo quando os temas são de interesse do público em geral, o formato e a centralidade do discurso científico dificulta o engajamento, sendo necessário, portanto, encontrar mecanismos didaticamente mais criativos, de modo a facilitar a participação mais horizontal de público-alvo, sem que isto represente a perda da consistência científica dos dados discutidos. Desta forma, a organização da metodologia de cines-debate, traz para um cenário normalmente cheio de pompa e circunstância um clima de maior leveza para a discussão dos mais diferentes temas da saúde coletiva, e, entre estes, os voltados para o campo da humanização das práticas de saúde e gestão, notadamente quando estas se referem ao cuidado / assistência de pessoas com deficiências e/ou autismo no âmbito do SUS. Esta metodologia (CINES-DEBATE) é considerada como tecnologia social (sendo inclusive cadastrada na Fundação Banco do Brasil como tal) pela Equipe desenvolvedora, motivo pelo qual reputamos sua importância no IdeiaSUS. Podemos destacar como principais objetivos da prática: a) a busca por uma linguagem menos reificada por parte dos profissionais de saúde