Territorialização em saúde: ferramenta para a construção da saúde na atenção básica no município de Balsas

A palavra territorialização nos remonta a uma determinada área populacional vinculada a uma determinada unidade básica de saúde (UBS). O modo de vida da referida população pode determinar e comprometer os determinadores de do processo saúde/doença ou seja, determinantes sociais de saúde (DSS) (MONKEN, 97). A organização de um plano de trabalho para uma determinada UBS depende dos DSS e do perfil epidemiológicos. Esses dados permitem levantar o diagnóstico situacional da população e organizar a rede de Atenção Primária à Saúde (APS). Portanto, o tripé que constitui a base para compreender a problemática, os desafios e as respostas para desenvolver as atividades na UBS são: DSS, situação saúde-doença e Rede de Atenção à Saúde. Durante o ano de 2017, realizou a planificação no intuito de reorganizar a APS e desenvolver as atividades de acordo com o levantamento territorial. Balsas, com uma população de aproximadamente 97.000 hab., possui 27 equipes de saúde da família entre zonas urbana e rural.

Reorganizar todo o território da Atenção Primaria em Saúde do Município de Balsas (MA). Foram realizados momentos formativos para todas as equipes de saúde da família durante todo o não de 2017 e a cada encontro ocorriam os exercícios de expansão, dentre eles a territorialização. Para essa fase da planificação, as equipes se reuniram em suas respectivas UBSs para uma nova delimitação de território e levantamento do diagnóstico situacional para programar as seguintes atividades: recadastramento, classificação de risco das família, estratificação de crianças, gestantes e condições crônicas, assim como a implementação do plano de cuidado. Inicialmente, escolheu-se uma UBS laboratório em 2017 e posteriormente 6 UBSs expansões em 2018 .Todo esse processo prático iniciou em 2017 com consolidação do processo em 2018.

Mediante a territorialização foi possível reorganizar as equipes da ESF, os processos de trabalhos nas APSs, estratificar 100% das gestantes e crianças das unidades laboratório e expansões, assim como a informatização dessas unidades. Também foi possível realizar matricialmente em saúde materno infantil e reprodutivo em aproximadamente 90% das UBSs. Hoje, o município conta com 30% de inserção de DIU nas UBSs. Houve um melhor monitoramento dos indicadores e melhora na qualidade da assistência na Atenção Básica e, pela primeira vez, o município de Balsas celebrou 401 dias de zero morte materna. Pela experiência realizada no município de Balsas, observou-se que é possível melhorar a Atenção Básica mediante a organização territorial. A formação para as equipes foi ousada, mas necessária para a mensuração da qualidade. Observa-se a satisfação dos servidores e dos usuários com as melhorias que foram implementadas, sobretudo do trabalho em equipe que é realizado hoje nas UBSs. É necessário acreditar e investir na formação e acompanhamento das esquipes com suporte e apoio.

Principal

Cátia Regina Coelho Lima

catiacoelholima@hotmail.com

Coautores

Camila Dias Milhomens Aguiar, Evelise Magri, Lucimara Baena Moura, Maria Luiza Nunes, Giltarlã Araújo Lima

A prática foi aplicada em

Balsas

Balsas

Balsas

Balsas

Balsas

Balsas

Balsas

Balsas

Balsas

Maranhão

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Luis Flávio de Lima Coelho

Conta vinculada

23 set 2023

CADASTRO

02 out 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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