Saúde mental na Atenção Básica: uma estratégia de ampliação de acesso e qualidade no atendimento

Objetivos: cobertura de acesso: aumentou ou diminuiu. Construção ou manutenção do vínculo com usuário: fortaleceu ou desconstruiu? Articulação com a atenção básica: ocorreu? Foi favorável?
Metodologia: propôs-se a investigar o numero de novos usuários cadastrados no Caps, no período de 10 de janeiro a 31 de dezembro de 2017, realizando uma auditoria dos registros dos usuários, com verificação de atendimento e novas triagens no prontuário. Utilizando a proposta metodológica de tratamento assertivo da comunidade. Usando a pesquisa quanti quali, através da pesquisa ação e participação. Foi realizado um grupo focal com a equipe técnica do Caps com o objetivo de promover uma avaliação desta mudança de estratégia e uma reflexão sobre as barreiras de acesso ao tratamento em saúde mental no município de Silva Jardim (RJ). Com relação aos modelos organizativos, a rede de cuidado foi organizada por bairros e por divisão da área programática da atenção básica de saúde, com suas gerências locais. Cada território sanitário foi dividido em uma das três mini equipe que compõe a equipe técnica do Caps. Durante o grupo foi discutido a Portaria publicada em 2011 pelo Ministério da Saúde que cria a Redes de Atenção à Saúde (RAS) que, segundo Mendes (2011), devem ser compreendidas como um arranjo poliárquico.

Silva Jardim tem 21.349 habitantes. De cobertura da atenção básica tem 98%. Na Raps tem rede completa para um município de pequeno porte. Em Janeiro de 2017, foi proposta a equipe técnica do Caps uma nova organização de acompanhamento aos usuários. Buscou-se considerar a necessidade e importância da aproximação com a atenção básica e foi alterada para o acompanhamento através de territórios. A divisão da equipe acontecia através da consideração de vínculos e projeto terapêutico. A nova proposta foi realizar o acompanhamento dos usuários por divisão de território através das áreas de cobertura de acordo a divisão da atenção básica.

Um dos grandes desafios do SUS é a viabilização e qualificação da atenção aos usuários que necessitam, de forma pontual ou continuada, de cuidado especializado. É sabido que no Brasil, em geral, não há tradição de diálogo personalizado entre profissionais de serviços diferentes, nem construção coletiva de projetos terapêuticos quando necessário, nos serviços e, muito menos, entre eles. No município de Silva Jardim não estava ocorrendo a parceria na construção do Projeto Terapêutico Singular dos usuários do Caps com a atenção básica e identificamos através da aproximação com a equipe da estratégia de saúde da família que isso pode ser fortalecido, e que podem e devem realizar, articulado com o suporte das mini equipes do Caps. Assim, é defensável que a mudança na estratégia do acompanhamento dos usuários do Caps não apenas aumentou como também qualificou o cuidado.

Principal

Renata Almeida Martins, Tereza Cristina Abrahao Fernandes

renata_martins21@hotmail.com

Coautores

Renata Almeida Martins, Tereza Cristina Abrahao Fernandes

A prática foi aplicada em

Silva Jardim

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Secretaria Municipal de Saúde

Silva Jardim, RJ, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Renata Almeida Martins

Conta vinculada

03 out 2020

CADASTRO

03 set 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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