PROVIDÊNCIA ODS3 BEM-ESTAR E SAÚDE NAS FAVELAS

A iniciativa Providência ODS 3 Bem Estar e Saúde nas Favelas nasceu da urgência de enfrentar ás desigualdades no acesso à saúde na Morro da Providência e Região Portuária. A ausência de políticas públicas eficazes, a precariedade dos serviços básicos e a insegurança alimentar são desafios diários enfrentados pela população local. Além disso, a falta de informações acessíveis sobre saúde e o impacto do racismo estrutural agravam a vulnerabilidade da comunidade.

Objetivos:
– O projeto tem como principal objetivo assegurar o direito à saúde integral e promover o bem-estar da população, alinhado à Agenda 2030 da ONU;

– Engajar moradores na construção de um território mais saudável e sustentável;

– Formar e fortalecer lideranças comunitárias, especialmente mulheres e jovens, para atuarem como promotores populares de saúde;

– Criar espaços de troca de conhecimento e multiplicação de informações sobre saúde na favela;

– Distribuir cestas básicas e itens essenciais para combater a insegurança alimentar, incentivando a participação ativa no projeto.

Justificativa:

A necessidade de promover a autonomia dos moradores na busca por melhores condições de saúde foi o principal motivador da iniciativa. Dados da FIOCRUZ apontam que a insegurança alimentar tem impactos irreversíveis no desenvolvimento infantil, e a precariedade no acesso à informação sobre direitos básicos contribui para a exclusão social. Dessa forma, o projeto visa não apenas suprir carências imediatas, mas também capacitar a comunidade para lutar por melhorias duradouras.

Implementação e Desenvolvimento:

A experiência se concretiza por meio da criação do Fórum de Saúde na Favela, um espaço de formação e mobilização com encontros mensais. Utilizando a Cartilha Saúde na Favela Numa Perspectiva Antirracista, os encontros abordam temas essenciais, como: promoção da saúde, racismo e violência armada, direitos reprodutivos e saúde mental.
Além disso, o Núcleo de Saúde Mental da Providência (NUSAMP) promove a saúde mental e o coletivo Galo da Provi atua na comunicação comunitária, garantindo que a informação chegue de forma acessível a todos os moradores.

Para incentivar a participação e fortalecer o compromisso social, o projeto prevê a entrega de cestas básicas bimestrais a lideranças comunitárias envolvidas nas ações. Essa estratégia também contribui para minimizar os impactos da insegurança alimentar, promovendo o bem-estar da população de forma integral.

Com essa abordagem, a iniciativa não apenas oferece assistência imediata, mas constrói bases sólidas para a transformação social da comunidade, garantindo que a própria população seja protagonista na promoção da saúde e no combate às desigualdades.

O projeto surgiu da necessidade de garantir acesso à saúde integral na Morro da Providência e Região Portuária, considerando desigualdades sociais e raciais que dificultam esse direito. A ausência de políticas públicas eficazes, aliada à insegurança alimentar e à falta de informação sobre saúde, motivou a criação de um fórum de formação para lideranças comunitárias. A proposta busca empoderar moradores, especialmente mulheres e jovens, promovendo conhecimento e ações concretas para um território mais saudável, sustentável e com maior autonomia social.

O Fórum se propõe a ser um espaço de formação e multiplicação de conhecimentos com o uso da Cartilha Saúde na Favela Numa Perspectiva Antirracista, material elaborado como um produto do projeto de mesmo nome com as seguintes temáticas:

Tópicos da Cartilha:
1) A periferia quer garantia de direitos e tem proposta;
2) Favelas, conjuntos habitacionais e loteamentos clandestinos: diferenças, semelhanças e contribuições à cidade;
3) Promotores populares de saúde antirracista: a atuação dos promotores e da população em busca de direitos da saúde.
4) Racismo e violência armada: saúde sem violência é direito de todos e dever do Estado;
5) Crimes raciais: o primeiro passo é entender o que é, a fim de que esse mal seja combatido e reduzido em todas as suas formas;
6) ÁFRICA: História, racismo e intolerância;
7) Saúde e violência obstétrica: o conceito do que é violência obstétrica com a perspectiva de aproximar as mulheres da compreensão do termo e entender como o mesmo acontece no dia-a-dia dessas pessoas gestantes.

Como contrapartida serão oferecidas cestas básicas a cada 02 (dois) meses a 05 (cinco) lideranças sociais parceiras que estarão envolvidas na participação dos 06 (seis) encontros temáticos formativos, objetivando municiar o contínuo combate a insegurança alimentar e desnutrição em nosso país, que atinge principalmente as crianças, onde o impacto é profundo e irreversível em muitos casos comprovado inclusive com dados da Fiocruz em 2021, que alega que oito entre dez delas foram levadas a hospitais todos os dias por falta de comida.

Para facilitar a implementação, recomenda-se:

– Envolver moradores na promoção das ações, garantindo participação ativa e autonomia.

– Criar um fórum permanente de formação de lideranças, com encontros periódicos para fortalecer o conhecimento sobre saúde na favela.

– Utilizar materiais educativos como a Cartilha Saúde na Favela Numa Perspectiva Antirracista, abordando temas relevantes à comunidade.

– Associar incentivos, como cestas básicas, para fortalecer o engajamento das lideranças sociais.

– Contar com apoio de coletivos e comunicação comunitária para garantir que as informações cheguem de forma acessível a todos os moradores.

autor Principal

Hugo Oliveira

hugo@instituitocaminhates.org

Coordenador Geral

Coautores

Hugo Oliveira e Edilma de Carvalho

A prática foi aplicada em

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Rua Bento Ribeiro - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20221-430, Brasil

Uma organização do tipo

Terceiro Setor

Foi cadastrada por

Gabriel Jonathan Queiroz Ferreira

Conta vinculada

01 abr 2025

CADASTRO

01 abr 2025

ATUALIZAÇÃO

18 set 2024

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