A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) constituem graves problemas de saúde pública, que, quando não controlados, podem causar sérios danos à saúde, como acidente vascular cerebral, insuficiência renal crônica e infarto agudo do miocárdio, entre outros. Nesse contexto, observa-se que muitas pessoas que convivem com essas doenças crônicas não possuem o conhecimento adequado sobre as possíveis complicações que elas podem causar, o que resulta em baixa adesão ao tratamento e representa um grande desafio para as Equipes de Saúde da Família (ESF). O município de Ferreira Gomes, com aproximadamente 8 mil habitantes, possui áreas de difícil acesso, características típicas de municípios amazônicos, o que dificulta o acompanhamento próximo das pessoas com doenças crônicas pelas ESF. Além disso, o fator cultural interfere diretamente na adesão ao tratamento da HAS e DM pelos munícipes de áreas remotas.
Diante dessa realidade, a ESF 01, que atende 180 pessoas com HAS e DM em áreas de difícil acesso, identificou que a maioria desses pacientes apresentava pressão arterial e glicemia descompensadas, utilizava mais de uma medicação e não havia implementado mudanças no estilo de vida. Em resposta, a equipe decidiu intervir por meio de ações de educação em saúde, com o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida desses munícipes, incentivando o autocuidado e garantindo o atendimento contínuo dos hipertensos e diabéticos, com foco também nas metas do programa Previne Brasil.