Práticas
- Saúde Mental e Atenção Psicossocial
RACHELL DE FARIAS
- 31 mar 2025
Atuando com a equipe de apoio matricial a atenção primária Município de Tanguá, foi observado a necessidade de diversificarmos as formas de abordagem em atenção psicossocial, e ampliar as opções de atenção aos usuários em território, fortalecendo a integração do usuário e a construção de redes de apoio social. Desta forma, temos trabalhado na articulação de redes intra e intersetoriais, desenvolvendo parcerias e promovendo trocas com outros pontos da rede de saúde, e também educação, assistência social, e realizando a identificação de outros recursos comunitários presentes no território, a fim de potencializar ações que propiciem uma maior oferta de cuidado ao usuário em seu território. Este trabalho ocorre de forma dinâmica, tendo sofrido alterações de acordo com a demanda observada nos atendimentos dos serviços, considerando características regionais, e buscando fornecer a resposta necessária as questões que nos desafiam.
Metodologia:
Desenvolver ações territoriais buscando oportunizar espaços terapêuticos aos usuários, considerando os determinantes sociais da saúde do território, tendo como principais estratégias de trabalho, ações em grupo na comunidade, fortalecer a interação com Atenção Primária, NASF, CRAS, ESCOLAS, e outros dispositivos presentes na comunidade. Estimulando parceria com indivíduos da comunidade, afim de multiplicar esta iniciativa na comunidade.
1) Desenvolver ações territoriais em grupos voltadas a atenção psicossocial, considerando os determinantes sociais da saúde do território;
2) Pactuar parcerias com a comunidade, buscando atuar como Multiplicadores, para que outras iniciativas sejam desenvolvidas;
3) Potencializar o acesso do usuário aos serviços através de parcerias com outros equipamentos.
O apoio matricial pode colaborar para o aumento na oferta de cuidados em atenção psicossocial no território, que possam vir a refletir na melhoria do cuidado aos usuários?
– Melhoria de indicadores de suicídio no município, diversificando abordagens e alternativas de cuidado em saúde mental;
– Diminuição do fluxo de usuários ao serviço ambulatorial de saúde mental, nas áreas onde a equipe de apoio matricial está atuando;
– Diminuição da demanda por leitos de suporte psiquiátrico, em hospital geral, por agravamento do quadro psiquiátrico, através de compartilhamento do cuidado entre a equipe de Saúde Mental, Atenção Primária e outros serviços de base territorial, com fortalecimento da busca ativa, e trabalho de sensibilização junto aos usuários e familiares, fortalecendo o suporte para manutenção do acompanhamento em saúde mental;
– Melhoria no atendimento das demandas do usuário, que tem se apresentado de forma multifatorial, sendo observado principalmente um grande número de famílias em condição de vulnerabilidade social, situação que tem agravado a condição de saúde mental do indivíduo;
– Alternativa terapêutica que pode prevenir uma futura dependência medicamentosa, com oferta de escuta qualificada e acompanhamento compartilhado com outros serviços, ao usuário em condição de sofrimento em seu território;
– Facilitação do acesso do usuário aos serviços, de acordo com as necessidades afetadas;
– Melhoria na articulação e comunicação com os serviços de Atenção Primária, ofertando respostas mais rápidas e em parceria com as equipes da Estratégia de Saúde da Família.
No que se refere a recomendações, entendo que um ponto de vital importância é entender a demanda que os serviços de saúde mental recebem, quais são os pontos territoriais com um maior número de usuários que buscam por atendimento nestes equipamentos, e quais as principais demandas encontradas. Manter diálogo constante com a vigilância epidemiológica, com as equipes de estratégia de saúde da família, também é essencial.
RUA JOSE TEIXEIRA 125 CENTRO - TANGUA/RJ
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ATUALIZAÇÃO
