PRIMEIRA INFÂNCIA: PROPOSTA DE ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO EM EQUIPE DE SAÚDE MENTAL

Apresentação: O projeto Primeira Infância foi desenvolvido no município de Queimadas, Estado da Paraíba, Brasil, com o objetivo de promover intervenções precoces em crianças de 0 a 4 anos com ou sem diagnóstico. O atendimento ocorreu no Centro de Atenção Pssicossocial (CAPS-I) no municipio citado anteriormente. A atuação fonoaudiológica foi pensada como base desse processo terapêutico para a promoção do desenvolvimento infantil de forma mais assertiva minimizando demandas futuras.

Objetivos: O projeto visa proporcionar atendimento terapêutico integrado para crianças com ou sem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros transtornos do desenvolvimento visando minimizar atrasos no desenvolvimento da linguagem, proporcionar suporte terapêutico por meio de atividades multidisciplinares executadas em conjunto e favorecer a participação dos responsáveis no processo terapêutico.

Com o surgimento da demanda infantil e o aumento de diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista e outros transtornos compkrtamentais a demanda por atendimentos aumentou. Desse modo, observamos que existia um desgaste na equipe e o surgimento de filas de espera. Por esse motivo, foi elaborada uma dinâmica de atendimento onde fossem possíveis a criação de grupos terapêuticos que englobasse todos os profissionais do atendimento infantil do município em menor quantidade de atendimentos, conseguindo sanar a grande demanda e mantendo a qualidade dos resultados e diminuição do tempo de espera.

Metodologia: As crianças passaram por acolhimento, avaliação fonoaudiológica e psicológica antes de serem inseridas em grupos terapêuticos semanais. As intervenções incluíram oficinas terapêuticas em grupo, circuitos com estimulação variada, observação e intervenção e atividades psicológicas. O atendimento fonoaudiológico era realizado com as crianças em conjunto com apoio de demais profissionais e vice-versa. Nesse processo, as demandas eram observadas e caso apresentasse necessidade de acompanhamentos de outras especialidades como, nutricionista, fisioterapia e atendimento médico com psiquiatra ou outras especialidades, a equipe realizava os encaminhamentos acompanhado dos devidos relatórios. As evoluções das crianças eram planejadas e debatidas com toda a equipe diariamente em reunião de passagem para melhores condutas.

Resultados: Passaram pelo atendimento, 130 crianças, sendo destas, 80% inseridas nos grupos terapêuticos. Observou-se evolução significativa na linguagem oral, contato visual, expressividade, interação, aceitação do “não”, coordenação motora fina e grossa, na autonomia da execução das atividades, resistência a ruídos e resgate do prazer em brincar coletivo. Mais de 30% dos casos receberam alta durante o período e os demais seguem em acompanhamento, com previsão de encaminhamento para serviço ambulatorial e alta nos próximos meses.
Conclusão: O modelo de atendimento fonoaudiológico em grupo terapêutico multidisciplinar demonstrou-se mais eficiente que o modelo padrão de atendimentos em grupo. O processo permite que os grupos possam ser realizados com maior quantidade de usuários e com menor custo para execução das atividades, por promover menor quantidades de atendimentos de cada especialidade, mantendo a qualidade nos resultados. Desse modo, a modalidade realizada em conjunto de profissionais, incluindo o fonoaudiólogo, promove diminuição dos gastos públicos e maior benefício, com redução de listas de espera pelo atendimento fonoaudiológico na saúde mental. e maior benefício, com redução de listas de espera pelo atendimento fonoaudiológico na saúde mental.

Recomendamos treinamento da equipe multidisciplinar e planejamento de ações que visem a realização de atividades globais em conjunto para que dessa forma, seja possível minimizar o tempo dos atendimentos e a necessidade de sessões extras ou que possam comprometer o processo terapêutico. Sugerimos, também a realização de reuniões diárias para passagens dos casos clínicos e fechamento do diagnóstico das crianças de 0 a 4 anos para que sejam diminuídos os diagnósticos indevidos que possam gerar transtornos de toda a equipe, familiares dos pacientes, benefícios indevidos e gastos públicos em excesso.

autor Principal

Daniel Fonseca Nicolau Costa

danielfnicolau@hotmail.com

FONOAUDIólogo

Coautores

Daniel Fonseca Nicolau Costa, Jéssica da Silva Mendonça Nóbrega, Anderson Ramon da Silva Pereira

A prática foi aplicada em

Queimadas

Paraíba

Nordeste

Esta prática está vinculada a

R. Manoel P. de Menezes Lacerda, 225, Queimadas - PB, 58475-000, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Daniel Fonseca Nicolau Costa

Conta vinculada

02 abr 2025

CADASTRO

02 abr 2025

ATUALIZAÇÃO

01 dez 2023

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