- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
A educação em saúde é uma ação básica cujo objetivo é capacitar indivíduos e/ou grupos para assumirem ou ajudarem na melhoria das suas condições de saúde. Os grupos têm sido utilizados como um instrumento valioso e até mesmo imprescindível para o alcance deste objetivo. Diante disto, contribuímos de modo efetivo para o fortalecimento das ações de vigilância em saúde no enfrentamento à epidemia da aids no município de Tianguá, com foco nas populações vulneráveis, a saber: adolescentes em conflito com a Lei. Este trabalho foi embasado nas metodologias ativa de Paulo Freire que favorece uma reação crítica e transformadora. Idealizado entre a Secretaria de Trabalho e Assistência Social (SETAS) e Secretaria de Saúde do Município de Tianguá e relata os seis encontros com duração de duas horas cada, em semanas intercaladas e horários factíveis a todos os atores. Os participantes foram os adolescentes que cumpriam medidas socioeducativas no Centro de Referência da Ação Social (CRAS). Foram abordadas as seguintes temáticas: sexualidade na adolescência, métodos contraceptivos, prevenção de DST/HIV/Aids e hepatites e imunização. No desenvolvimento das atividades, observou-se o interesse pelo tema sexo e sexualidade, já que, adotam práticas e/ou comportamentos que os deixam mais vulneráveis, destacando que as famílias, escola e profissionais de saúde não discutem sobre sexualidade com os adolescentes como deveriam. Os participantes perceberam a real importância da transformação da realidade com a mudança do comportamento e aquisição de hábitos saudáveis e atitudes positivas. Em algumas falas percebeu-se uma autoimagem negativa, marcada pelo ato infracional cometido ou pela imagem que possuem de si como jovens infratores.
Os dados epidemiológicos referem a aids como doença grave e emergente, sendo considerado um dos maiores problemas de saúde pública no país e no mundo As modificações bio-psico-sociais que ocorrem no adolescente podem interferir no processo natural do seu desenvolvimento, fazendo com que ele sinta necessidade de experimentar comportamentos que os deixem mais vulneráveis a riscos para a sua saúde, inclusive no aspecto da sexualidade.
Diante da experiência realizada, inferimos a impossibilidade de um trabalho preventivo que dispense uma prática educativa, a qual deve levar em conta as peculiaridades de cada grupo ou população assistida. Mostra-se do mesmo modo imprescindível a ação intersetorial para o atendimento das populações no sentido da integralidade, buscando práticas mais responsivas às suas demandas, essas que variam conforme o grau de vulnerabilidade encontrada.
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