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Plantão psicológico na escola

O Plantão Psicológico na escola foi uma proposta de tornar o espaço escolar como potência de ser e de viver. A ideia consistiu que os estudantes, no acolhimento e atendimento de sua dor, “se ouvissem” e, pela via da linguagem, pudesse ascender um outro destino ao sofrimento, para além do corpo ou experiência impulsiva. Para que o Plantão pudesse acontecer, em um primeiro momento, houve a divulgação na escola com cartazes; depois, houve a realização do plantão, em dia e turno matutino, com escuta de fala livre por demanda espontânea; terceiro momento, a avaliação do plantão pelos participantes; quarto, devolutiva à gestão escolar; quinto, desdobramentos (Oficina de Corpos e Assembleia dos Estudantes). Na “seleção” dos graduandos voluntários, foram feitas 3 perguntas para alinhamento das ideias: o que eles pensavam sobre o plantão, o que eles compreendiam sobre a autolesão e se achavam possível realizar a proposta dentro da escola.

Após a gestão de uma escola pública estadual procurar o CAPS do município pedindo ajuda com os adolescentes que “se cortavam” (autolesão), realizamos, com a parceria de graduandos voluntários de Psicologia-UPE (10 período), o plantão psicológico aos jovens dentro da escola.

O público alvo precisou ser ampliado durante o plantão pela alta procura: identificamos que, além dos jovens que “se cortavam”, havia os jovens que pensavam nesse recurso para “aliviar” seu sofrimento, e a busca de professores, merendeiras, serviços gerais. Observamos a conjuntura trabalhista como produtora de adoecimentos, como a não garantia de alguns direitos, sobrecarga ou os trabalhos tercerizados nas relações institucionais com os trabalhadores da educação. Sobre os jovens, foi observado intersecções/camadas de vulnerabilidade socioeconômica e familiar como pais alcoolistas, violências psicológicas interpessoal, renda familiar abaixo de um salário mínimo. O espaço de associação livre possibilitou aos estudantes participantes que questionassem o lugar da escola e o que ela oferta. O significante “alívio” foi trazido com frequência na fala do estudantes com ou sem experiência de autolesão, algo que volta para o próprio sujeito, mas ainda de forma intesa e ativa, suscitando sensações de angústia e aniquilamento.

Recomendo que, os profissionais que implementarem essa prática, tenham acordos explícitos com os gestores escolares: não pudemos praticar a Assembleia dos Estudantes pela inviabilidade da gestão (que achou um absurdo a proposta). Vale muitíssimo a pena se articular com a Universidade/Faculdade de sua cidade e conhecer a discponibildiade de estudantes para participar dessa prática, enriquece muito o trabalho do serviço e, ao mesmo tempo, forma estudantes para uma realidade territorial de um país com tantas iniquidades pela perspectiva humanizada de clínica ampliada (e não uma formação para o “mercado de trabalho”).

Principal

Wanessa Alessandra Braga Chagas

wanessa.alessandra@yahoo.com.br

psicóloga

A prática foi aplicada em

Todos os Municípios (AL)

Todos os Municípios (BA)

Todos os Municípios (CE)

Todos os Municípios (MA)

Todos os Municípios (PB)

Paranatama

Todos os Municípios (PI)

Todos os Municípios (RN)

Todos os Municípios (SE)

Pernambuco

Nordeste

Esta prática está vinculada a

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Instituição Pública

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A prática foi cadastrada em

23 ago 2023

e atualizada em

23 ago 2023

Início da Execução

01/09/2018

Fim da Execução

30/09/2018

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Concluída

Arquivos

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