Ao sinalizarmos sobre a importância de planejar e avaliar a qualidade a gestão e assistência em saúde, pensamos, logo, no PMAQ que é uma proposta fundamental na melhoria e qualidade do acesso a saúde, apresenta indicadores avaliativos que contribuem com o padrão de qualidade, porém, a minha proposta está para além do PMAQ e de outros instrumentos avaliativos que temos como referencias indicados pelo ministério da saúde. Para alcançarmos o resultado dos impactos das ações de saúde à população e a fim de atender e consolidar a proposta de planejar e monitorar, constantemente, as ações de saúde, realizou algumas intervenções:a)
A Política Municipal de Atenção à Saúde assume as diretrizes operacionais e as prioridades previstas no Pacto pela Saúde, os princípios e diretrizes do SUS: universalidade, equidade, integralidade, resolutividade, descentralização e participação popular, presente na CF de 1988 e nas Leis Orgânicas da Saúde (8080/90 e 8142/90).A Política de saúde do município atua no modelo de gestão da atenção básica em saúde e apresenta diversos setores e equipamentos de saúde que estão à disposição da população, através de atendimentos e ações de saúde que priorizam a prevenção de doenças e agravos, isso exige compromisso, conhecimento e compreensão acerca da demanda e das intervenções que deverão ser realizadas. (Plano municipal de gestão 2014). Como eixo norteador e de fundamental importância para consolidação do processo de gestão foi necessário implementar uma proposta de planejamento no que se refere à avaliação e o monitoramento dos serviços e ações de saúde. Nesse período, dois anos e quatro meses, ao qual estou à frente da secretaria de saúde, na condição de secretária, foi possível observar a complexidade da política de saúde no que tange a organização dos serviços e ações de saúde, impossibilitando a visão, enquanto gestora, dos resultados e impactos dessa política na vida dos usuários do serviço de saúde. Para dar conta dessa situação e, posteriormente, realizar intervenção foi necessário a identificação dos problemas e a priorização do principal problema a ser discutido além de elencar as causas e consequências da falta de planejamento, no que incide a avaliação e o monitoramento dos serviços e ações de saúde.A função planejamento, neste compreendido o monitoramento e a avaliação, é inerente a todos profissionais, independentemente de onde atuem. O planejamento permite, debater, organizar, priorizar, construir as ideias e acima de tudo monitorar e avaliar a ações referentes a política de saúde nas três esferas de governo (Assis, dez 2013). Consideramos o planejamento um instrumento de gestão, que possibilita verificar a eficiência dos serviços, porém, constata-se que a consolidação de uma cultura de uso do planejamento, ainda, é um grande desafio e na execução da política de saúde do município de Mutuípe, essa prática se reproduz na medida em que, não temos instituído como cultura a efetivação do ato de planejar, monitorar e avaliar e para que essa proposta se constitua foi necessário estabelecermos diálogos constantes com as equipes de saúde além de dedicação dos que compõem, diretamente, a gestão da política de saúde no processo de elaboração de instrumentos que permitam verificar, no cotidiano, a qualidade dos nossos serviços ofertados à população na perspectiva da saúde enquanto política de direito (Sistema de Planejamento do SUS, 2009).
A instituição do planejamento, o monitoramento e avaliação, tende a se tornar estratégia permanente, inerente a gestão de saúde, possibilitando os profissionais de saúde a estarem sempre em contato com a proposta de planejar, monitorar e avaliar as ações de saúde modo a atender a população com qualidade e ter oportunidade de verificar os resultados e avaliar os impactos das ações direcionadas aos usuários do SUS para isso precisamos do envolvimento de diversos atores.O principal desafio à instituição da política de planejamento, monitoramento e avaliação está na adesão da equipe em aderir à proposta, por exigir dedicação e conhecimento de todas as intervenções executada pelas equipes, que devem possuir registros, dados, resultados e impactos além da maturidade e habilidade no sentido de direcionar os momentos de avaliação com base em critérios técnicos e que priorizem a política de saúde como direito da população.Contudo, o desdobramento dessa proposta vislumbra-se na possibilidade de instituição de um modelo inovador de gestão, somado a um conjunto de sujeitos ativos, com vistas a gerar mudanças no encaminhamento da saúde municipal. A execução da proposta depende de uma soma de iniciativas apontadas, que a meu ver, possibilita a geração de mudanças no processo de gerir com vistas à consolidação de uma gestão que tem o ato de planejar, monitorar e avaliar as ações pensando na eficiência da oferta dos serviços e ações de saúde enquanto direito da população.
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