O presente trabalho aborda acerca do uso de fitoterápicos em idosos, visto que em um cenário de pandemia aumentou se os sintomas relacionados à saúde mental dos mesmos. Nesse sentido, foi pensada uma ação voltada para a educação popular em saúde, sendo esta trabalhada com os idosos vinculados às equipes da Estratégia Saúde da Família – ESF II e III. Segundo o Ministério da Saúde (2006) os medicamentos fitoterápicos são formulados em resumo a partir das plantas medicinais, através da utilização de cascas, folhas, frutos, sementes ou raízes, que apresentem substâncias que proporcionem, cura, tratamento sintomático ou prevenção.A atividade foi realizada em março de 2022 e contou com 02 rodas de conversa nas ESF da zona rural do município de Santa Cruz-PB, sendo os distritos de São Pedro e Casinha do Homem, com a participação de 21 idosos, sendo 14 mulheres e 7 homens, da faixa etária a partir dos 60 anos.Teve-se como intuito promover estratégias para amenizar os sintomas mais recorrentes dos idosos através do uso de fitoterápicos, dialogando sobre o uso de plantas medicinais como aliado, acerca da origem das plantas, modo de obtenção, cultivo, indicações terapêuticas, modo de preparo e de uso.
A atividade foi pensada e desenvolvida pela equipe multiprofissional da atenção primária, equipe está formada por assistente social, psicóloga e nutricionista, junto com a coordenação da atenção básica, mediante a necessidade de discutir estratégias de amenizar os sintomas mais recorrentes e relatados pelos idosos como a ansiedade, a falta de sono, tristeza e depressão, sinais agravados pelo isolamento social gerado pela pandemia observados como recorrente nessa população, com isso a importância de discutir e trabalhar essa temática. A roda de conversa proporcionou trocar experiências e vivências, foi estimulada a participação e fala dos mesmos, visando refletir e pensar estratégias para amenizar os sintomas recorrentes e reforçar a importância que as plantas medicinais podem proporcionar na redução dos sintomas. O grupo colocou as plantas medicinais que já faziam uso e para quais finalidades gerando uma partilha entre os participantes. Notou-se que existia consenso entre os participantes quando conhecia a planta sobre sua finalidade e que quando estes desconheciam, gerava curiosidade e interesse de saber mais sobre o seu uso e benefícios.Assim, a atividade utilizou tecnologias leves através da elaboração e apresentação de material informativo e lúdico, evidenciando os benefícios das plantas medicinais na terceira idade, com receita de chás, orientações de uso e preparo.
Conclui-se que a avaliação e orientação sobre o uso de fitoterápicos pelos serviços de saúde na atenção aos idosos é necessária, levando em consideração a maior vulnerabilidade desta população aos potenciais riscos e a prática comum de uso pelos mesmos. Deste modo, informações acerca das plantas medicinais devem ser trabalhadas com a população, visto que esta é uma prática comum nas comunidades, enfatizando o modo de cultivo e colheita, bem como a melhor forma de utilização de cada espécie medicinal, estimulando seu uso, com maior eficácia e segurança.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO