Incluir e apreender: parceria entre saúde e educação no acompanhamento multidisciplinar de escolares com necessidades especiais

A seguridade do direito a inclusão escolar dos alunos com necessidades específicas passou a gerar insegurança nos profissionais das escolas pela falta de formação e de orientação de como lidar com os alunos atípicos. No intuito de assistir esses alunos na rede municipal de ensino para garantir a educação inclusiva, a Secretaria Municipal de Educação elaborou o Projeto Incluir e Aprender que visa organizar juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde as formas de assistência as crianças como o acolhimento das famílias, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e os atendimentos pela equipe multifuncional promovido pelos profissionais da Saúde (psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e neurologistas, entre outros).
Assim, o projeto está estruturado com ações direcionadas inicialmente as famílias, aos profissionais das escolas em termo de qualificação profissional, estruturação das formas de atendimento promovidas pela SME e pela SMS no atendimento aos alunos.
Tendo em vista o aumento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e do TDAH, e de outros transtornos e deficiência no município de Belém do Brejo do Cruz (PB), aumentou também a matrícula de alunos atípicos e a exigência das famílias pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), por cuidadores, psicopedagogos, psicólogos e outros profissionais da área da saúde. A Secretaria Municipal de Educação vem desenvolvendo ações nessa área que precisam ser sistematizas e melhor articuladas com a saúde.

Para acolher, incluir e promover a aprendizagem de crianças atípicas nesta proposta nos pautaremos na perspectiva sociohistórica (VIGOTSKY, 2008) que entende o processo de aprendizagem como único, individual, mas que acontece na interação social. A ação de acolhimento segundo Brechmer e Verdi (2010, p. 3570) “[…] traduz a ação humana de reconhecer a dimensão subjetiva do ser humano, considerando-o como sujeito histórico, social e cultural”. Portanto, deve-se respeitar as subjetividades dos sujeitos para que eles possam se reconhecerem como protagonistas do seu próprio processo de inclusão, conferindo significado pessoal à sua aprendizagem (LÓ, 2010).

O acolhimento dos alunos com necessidades educacionais específicas deve se desenvolver na abordagem interdisciplinar e atendimento multiprofissional, pelas quais se devem considerar as dimensões histórica, social e cultural que organizam a subjetividade de cada criança. Neste sentido, para incluir, a acolhida dos estudantes atípicos precisa considerar seu contexto de vida, as expectativas e suas potencialidades para que a escola e a saúde possa cumprir a legislação vigente e principalmente realizar a inclusão com a integração de todos no processo de aprendizagem. Com as parcerias estabelecidas entre as secretaria pode-se promover cursos de formação continuada aos profissionais das escolas sobre as principais deficiências, transtornos e dificuldades de aprendizagens que alguns alunos apresentam e precisam saber como lidar. As formações tinham como foco identificar as principais necessidades educacionais específicas, as formas de acolhimento das famílias e alunos, e principalmente o respeito as suas limitações, bem como as estratégias de como melhor lidar com cada criança dentro de suas necessidades.

A secretaria municipal de educação através da prefeitura municipal conseguiu montar as salas de Atendimento Educacional Especializada (AEE) onde pôde proporcionar um atendimento especializando de 4h semanais de assistência a essas crianças e consequentemente melhora significativa no desenvolvimento. Bem como, o aumento na interação entre escola-família-criança.
Outro ponto positivo do projeto foi à comunicação entre os profissionais da educação e saúde, onde a secretaria de saúde tinha como objetivo assistir todas as crianças do projeto com atendimento de psicológico, nutricional, fisioterapêutico e neurológico. Para que os pais entendesse a importância do conjunto de assistência para evitar a resistência em realizá-lo e que pôde proporcionar a melhora do desenvolvimento das crianças.
Nos dois últimos anos as SME e SMS vêm realizando eventos de acolhimento e socialização das ações e do desenvolvimento das crianças em seus atendimentos.

Principal

Maria Jédina de Andrade Santos

jedinaandrade@gmail.com

Nutricionista

Coautores

Eudikessy Pimenta Maia, Katia Alves, Jacicleide Ferreira Targino, Heloisa Marques Da Silva, Francisca Edilma Braga Soares Aureliano

A prática foi aplicada em

Belém do Brejo do Cruz

Paraíba

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Rua Cônego José Viana, 2, Belém do Brejo do Cruz - PB, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Maria Jédina de Andrade Santos

Conta vinculada

08 maio 2024

CADASTRO

30 jul 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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