- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
O município de Antônio Almeida está localizado no estado do Piauí, foi fundado em 1964. Os habitantes são chamados de antonio-almeidense. Possui uma área territorial de 645,78 km e sua população foi estimada em 3.114 habitantes (IBGE, 2018) O atual prefeito é Marcelo Toledo Laurini. A Atenção Básica é composta por duas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). As consultas de especialista em cardiologista são realizadas uma vez por mês, assim como exames de ultrassom mensais por um clínico geral. O município não possui unidade hospitalar. O horário de funcionamento é das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30. Ainda existe uma parcela da população que não é visada com as informações necessárias ou acredita em fake news. A composição do Nasf conta com quatro profissionais, sendo uma fisioterapeuta, uma nutricionista, uma fonoaudióloga e uma psicóloga. Em muitas áreas rurais, falta informação e conscientização sobre a importância da vacinação. As ações de vacinação ocorreram por meio da divulgação de cartões nas redes sociais (WhatsApp e Instagram) e busca de desaparecidos por agentes comunitários de saúde (ACS) A imunização ocorreu em dias fixos na zona rural, sendo o dia escolhido a sexta-feira férias. A escolha do dia se deu pelo fato de o fluxo na unidade básica de saúde ser menor. As regiões de saúde devem trabalhar de forma vinculada e articulada para identificar os territórios que fazem fronteira com os municípios e que se localizam na zona rural. Levando em conta a baixa cobertura vacinal que o país vem enfrentando, é importante destacar a necessidade de priorizar a população com dificuldade de locomoção.
Torna-se necessário abordar os motivos para as atuais baixas de cobertura vacinal e para a não adesão da vacinação por parte dos pais, motivos estes que muitas vezes estão relacionados ao desconhecimento em relação à importância das campanhas vacinais, mesmo nos dias atuais onde se veiculam diversas estratégias de divulgação. O fato é que ainda têm uma parcela da população que não é alvejada com as informações necessárias ou acreditam nas fake news. Existiram outros problemas e desafios para que conseguíssemos alcançar nosso objetivo. Dificuldade na locomoção devido as condições das estradas, principalmente em períodos chuvosos em que algumas estradas são cortadas por riachos e os mesmos ficavam cheios impedindo a passagem de carros. Sem contar do difícil acessos a algumas casas, sendo necessário a locomoção a pé. Outra dificuldade encontrada foi a questão dos horários, pois algumas vezes aconteciam imprevistos e não tinha como chegar na localidade no horário marcado. Em muitas áreas rurais, há uma falta de informação e conscientização sobre a importância da vacinação. As pessoas muitas vezes não sabem quando devem receber uma vacina, ou acreditam em mitos e rumores sobre os perigos da vacinação.
As ações de vacinação ocorreram através de divulgações de cards em redes sociais (whatsapp e Instagram) assim como a busca dos faltosos pelos agentes comunitários de saúdes (ACS), onde identificamos através do prontuário eletrônico do cidadão (PEC), as crianças que estavam em atraso com a vacinação. A imunização acontecia em dias fixos nas zonas rural, no qual o dia escolhido foi as sextas férias, foram contemplados três ACS das seguintes localidades: o assentamento beleza e suas regiões circunvizinhas, sendo 10km o local mais distante dessa área; a formiga e suas regiões circunvizinhas, sendo a região mais distante com 23 km de distância da cidade; e o brejão e as regiões circunvizinhas, sendo a mais distante com 25 km da cidade. Essas localidades tem uma população de aproximadamente 950 habitantes. A escolha do dia, se deu por conta do fluxo na unidade básica de saúde ser menor e não ter prejuízo com a vacina do pessoal da cidade, e por nesse dia não haver atendimento medico nas localidades. Assim ficaria uma sexta-feira fixa no mês para cada localidade. Em algumas situações a vacinação acontecia no domicilio devido as dificuldades de locomoção dos pacientes ou devido o distanciamento dos centros de apoio. Para mantes as vacinas armazenadas em temperaturas específicas utilizamos duas caixas térmicas, onde uma ficava com os fracos das vacinas que estavam em uso e a outra ficava com os frascos fechados para não perder a eficácia das mesmas.
Levando em consideração a baixa cobertura vacinal que o país vem enfrentando e os efeitos econômicos pós-pandemia, é importante destacar a necessidade de priorizar a população com dificuldades de locomoção e que vivem em locais distantes dos centros, levando vacinas até essas pessoas, e mais que isso, realizando educação em saúde, enfatizando a relevância das vacinas.
Antônio Almeida, PI, Brasil
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