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“Implementação da Declaração de Vacinação Atualizada na Rede Municipal de Ensino de Afonso Cláudio”

O relato foi desenvolvido a partir de setembro de 2022 na cidade de Afonso Claudio situado na região serrana do estado do Espirito Santo, após implementação da lei 10.913 que torna-se obrigatória, em todo o território estadual, a apresentação do Cartão de Vacinação no ato da matrícula dos alunos de até dezoito anos de idade, em todas as escolas da rede pública ou privada, que ofereçam educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Baseado nisso, em 26/08/2022 foi publicada a Portaria Municipal SEMED Nº 004/2022 que estabelece procedimentos de controle do cartão de vacina a ser apresentado às unidades escolares como documento obrigatório que comporá o prontuário dos alunos da rede pública municipal de Afonso Cláudio, como instrumento de auxilio foi criado um modelo de declaração de vacinação atualizada (DVA) sendo entregue pela escola ao aluno para ser levado à unidade de saúde e pudesse ser vacinado para assim receber a assinatura do profissional vacinador e posterior devolução à escola. O público alvo do relato foram os alunos e profissionais da Secretaria Municipal de Educação, participaram do experimento 35 escolas Municipais de Afonso Cláudio, totalizando 3680 alunos. Após o prazo de 30 dias do início do ano letivo foi feito um levantamento pelas escolas que informaram a SEMED que aproximadamente 110 alunos ainda não haviam devolvido a DVA na escola, algumas escolas enviaram um oficio para o Conselho Tutelar para que fosse feita busca ativa dos faltosos, aproximadamente 110 alunos ainda não haviam devolvido a DVA na escola, algumas escolas enviaram um oficio para o Conselho Tutelar para que fosse feita busca ativa dos faltosos, observamos que houve uma adesão de 97,02% dos alunos tornando o projeto um sucesso. O conselho tutelar juntamente com a equipe de imunização ainda continua no processo de busca ativa das crianças faltosas afim de realizar a vacinação caso necessário e atingir a meta de 100% de alunos com cartão de vacinação atualizado no município de Afonso Claudio

Grande extensão territorial, ausência de transporte publico na maioria dos distritos, salas de vacina fechando para horário de almoço, funcionamento das salas de vacina somente no horário de 07:00 as 16:00 dificultando o acesso do publico trabalhador do comercio, pouca mão de obra.

A maior estratégia foi a normatização da lei estadual através da portaria municipal e a utilização da DVA como instrumento para aumento da cobertura vacinal, consequentemente conscientizar a população sobre a importância da homogeneidade das coberturas vacinais garantindo o acesso às vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), melhorando a cobertura e a proteção vacinal da comunidade escolar, contribuindo para o controle, eliminação ou erradicação de doenças imunopreveniveis, além de: empregar a internet como um meio de divulgação das ações em imunização; estimular a prática de vacinação por meio de campanhas com a participação do mascote do PNI o Zé Gotinha, panfletos e mídias sociais, solucionar problemas de locomoção levando a vacina até os locais mais distantes do Município; facilitar o acesso da população às salas de imunização através de horários estendidos e campanhas em sábados previamente definidos; Desenvolver habilidade de comunicação, trazendo a informação de forma clara, objetiva e acessível durante os atendimentos nas salas de imunização; estabelecer uma conexão e vínculo transparente com a comunidade em parceria com as Equipes de Estratégia Saúde da Família; estreitar o vínculo entre Equipe de Imunização e Secretaria Municipal de Educação.

A baixa cobertura vacinal no país tem sido uma grande preocupação há anos, pois doenças consideradas erradicadas voltaram a aparecer, em 2019 com a pandemia da covid-19 agravou ainda mais as baixas coberturas vacinais, no nosso município durante os primeiros meses da pandemia o atendimento de imunização foi centralizado em apenas uma unidade de saúde, além do medo de se contaminar pelo covid que os usuários tinham prejudicando ainda mais a busca pela vacina, esses fatores influenciaram negativamente o comprometimento das famílias em relação a manter o cartão de vacinação atualizado. Mesmo após o encerramento do período de isolamento, a retomada das campanhas não havia adesão do publico alvo como exemplo as campanhas de sarampo, poliomielite e influenza. Ao considerar a importância do programa nacional de imunização (PNI), tornou-se indispensável a busca por altas coberturas vacinais novamente, em setembro de 2022 a coordenação do programa municipal de imunização de Afonso Claudio participou na cidade de São Paulo da XXIV Jornada Nacional de Imunizações- SBIm que possibilitou o conhecimento de outros estados em relação a implementação da DVA em parceria com a secretaria de educação, servindo como inspiração para que fosse adaptado e colocado em prática em nosso município. Foi observado que a cobertura vacinal no Município em relação à 5 anos antes da implementação da DVA teve um aumento significativo de doses aplicadas de determinados imunobiológicos, exemplo da vacinas contra HPV, Meningite ACWY e Febre Amarela descritas e que apresentam dados da cobertura vacinal. Com exceção da vacina contra Febre Amarela que devido ao surto da doença em 2017 ocasionou uma vacinação em massa da população em geral, justificando uma maior cobertura vacinal anterior de 33,01%, em 2018 4,91%, em 2019 5,31%, em 2020 7,06%, em 2021 9,17%, em 2022 antes da DVA 8,03% e depois da DVA 17,05%. Observa-se que nos anos 2017,2018,2019 não havia no calendário do Plano Nacional de Imunizações a vacina Meningo ACWY que protege contra meningite, em 2020 e 2021 respectivamente teve a cobertura de 11,29 e 8,98%, em 2022 antes da DVA 5,12% e após DVA 53,05%. A cobertura vacinal de HPV quadrivalente em 2017 foi 33,77%, em 2018 42,61%, em 2019 36,04%, em 2020 30,09%, em 2021 27,00%, em 2022 antes da DVA 25,84% e depois da DVA 46,21%. Após o prazo de 30 dias do inicio do ano letivo foi feito um levantamento pelas escolas que informaram a SEMED que aproximadamente 2,98% dos alunos ainda não haviam devolvido a DVA na escola, e que parte delas enviaram oficio para o Conselho Tutelar para que fosse feita busca ativa dos faltosos. Diante te todo o exposto apresentado no relato podemos observar que muitas crianças não frequentavam o serviço de vacinação há anos, muitas sem esquema primário completo de vacinas contra paralisia infantil, ou com apenas uma dose de febre amarela, outras começaram o esquema de HPV e não retornaram para completa-lo, crianças com mais de 10 anos com atraso no reforço da dupla adulto, criança de 3 anos que não havia sido vacinada com BCG ao nascer, entre outras. A dificuldade de aceitação de alguns pais em relação a algumas vacinas obrigatórias ´principalmente a vacina contra HPV atrasou a devolutiva da DVA, assim como a resistência por parte de alguns diretores em encaminhar o oficio com a relação do nome dos faltosos ao conselho tutelar fazendo com que o prazo de conclusão do experimento fosse estendido além do prazo de 30 dias após início do ano letivo como determinado na portaria municipal. Podemos citar a parceria e empenho da SEMED representados pela secretária municipal de educação, diretores e demais profissionais das escolas como um aspecto que potencializou o sucesso da experiência. É importante ressaltar que a vacinação continua sendo feita, assim como a emissão da DVA de acordo com procura dos responsáveis para entrega à escola. Aproveitando a parceria com a SEMED também faremos o comprovante de vacinação contra influenza no mesmo formato da DVA para crianças de 06 meses a menores de 6 anos e professores, permitindo assim um acompanhamento da adesão da campanha nacional contra influenza e caso necessário realizaremos a busca ativa em tempo oportuno.

Principal

EMILY ALMEIDA TONOLI PRATES

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A prática foi cadastrada em

23 dez 2023

e atualizada em

23 dez 2023

Início da Execução

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Concluída

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