Foram pensadas três estratégias de ações de ST: 1) A implantação é a primeira etapa de efetivação e integração da PNSST na Atenção Primária, onde a equipe do CEREST através de visitas técnicas nas UBS repassa orientações básicas aos profissionais quanto ao processo de reconhecimento, notificação e sistematização dos dados epidemiológicos dos agravos relacionados ao trabalho. 2) Estabelecimento de fluxo da população trabalhadora na rede de atenção à saúde após o reconhecimento do processo saúde/trabalho/doença pelos profissionais da atenção básica. 3) Levantamento do perfil produtivo do município de Araguaína a partir das informações coletadas pelos ACS definidas nos mapas de área e fichas de acompanhamento das famílias.
A partir do reconhecimento de que o trabalho é um fator determinante da condição de saúde da população é necessário que sejam traçados planos de estratégias e objetivos a partir da integração/estruturação dos órgãos que compõem a rede de atenção à saúde do trabalhador ST (BRASIL, 2012), onde os profissionais da Atenção Primária ao fazer o reconhecimento durante o atendimento ao trabalhador associando-o ao processo trabalho/doença permite o fluxo necessário para o diagnóstico, tratamento e reabilitação desses trabalhadores. No município de Araguaína a rede de atenção à ST é composta por 04 unidades sentinelas (Hospital Regional de Araguaína, Centro de Alta Complexidade, Hospital de Doenças Tropicais e Ambulatório) e 22 unidades notificadoras (Hospital São Lucas, Hospital e Maternidade Dom Orione, Unidade de Pronto Atendimento, Hospital Municipal de Araguaína e 18 Unidades Básicas de Saúde UBS). Observa-se que as ações voltadas para a ST no processo de notificação têm-se mostrado ineficiente no nível de Atenção Primária onde deveria, na prática, acontecer um maior fluxo de notificações por representar a porta de entrada na resolutividade dos problemas de saúde da população local.
A principal dificuldade está na identificação e notificação do agravo. Espera-se com o desenvolvimento das etapas posteriores à implantação tenhamos uma equipe de vigilância em saúde do trabalhador coesa e trabalhando de acordo com as especificidades do território, melhorando a qualidade dos indicadores e permitindo a continuidade do fluxo de atendimento dos trabalhadores o que gera perdas de dados relevantes para que as equipes realizem as ações de promoção e prevenção nos ambientes de trabalho.
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