O Hiperdia na calçada surgiu da necessidade de acompanhamento dos hipertensos e diabéticos cadastrados na atenção básica municipal. Após a pandemia do covid-19 os usuários sentiam-se inseguros de comparecer a unidade básica para receber atendimentos e orientações de rotina, dessa forma percebeu-se a necessidade de traçar estratégias para ampliar e facilitar o acesso desse público as ações de saúde, tão importantes para a prevenção de agravos relacionados as essas DCNTS ( doenças crônicas não transmissíveis). A partir de conversas com os agentes comunitários de saúde da unidade básica Bárbara Tereza de Jesus, surgiu a ideia de levar a equipe aos pontos estratégicos da comunidade, aproveitando que eles costumavam ficar em frente a suas residências a observar o ir e vir das pessoas nas “calçadas” da vizinhança em horários específicos como o final da tarde. Diante disso, montou-se um cronograma para que os profissionais realizassem o atendimento em local diferenciado, com o acompanhamento médico e de enfermagem, bem como procedimentos de verificação de pressão arterial e glicemia capilar, definido por área de cada agente comunitário de saúde, aproveitando as calçadas onde já estavam reunidos os nossos hipertensos e diabéticos. Para que a ação atingisse os objetivos de ampliar o acesso desse público aos serviços de saúde foi necessário o engajamento de todos da equipe, principalmente os agentes comunitários de saúde e equipe de enfermagem, que são peças fundamentais para que a comunidade seja efetivamente assistida em suas necessidades.
Objetivos
Objetivo geral:
– Facilitar o acesso dos hipertensos e diabéticos aos serviços de acompanhamento e promoção a saúde, fortalecendo as ações de atenção primária no território;
Objetivo específico
– Ampliar o número de hipertensos e diabéticos cadastrados e acompanhados;
– Proporcionar ações educativas para a comunidade de hipertensos e diabéticos da área;
– Melhorar o fluxo de usuários com doenças crônicas na unidade básica de saúde Bárbara Tereza de Jesus.
O primeiro passo foi reunir os profissionais que iriam participar dos atendimentos e juntamente com eles elaborar o projeto definindo as datas, locais e temas a serem abordados.
Atualmente a unidade de saúde Barbara Tereza possui 972 usuários cadastrados na respectiva unidade básica de saúde e identificados como portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus através da condição ativa no PEC, prontuário eletrônico do cidadão.
Os profissionais da unidade básica de saúde se deslocam até pontos estratégicos na comunidade para levar serviços como verificação de pressão arterial, glicemia capilar e orientações, visando a promoção da saúde desses usuários e ampliando o cuidado a este público que por diferentes razões não estavam comparecendo com regularidade ao acompanhamento das suas condicionalidades.
Os encontros acontecem nos espaços de convivência da comunidade, especificamente nas calçadas e entornos, uma vez ao mês, desde janeiro do corrente ano.
Os temas são abordados através de rodas de conversas guiadas pelos profissionais de saúde, que orientam o uso correto da medicação, a necessidade da alimentação saudável para manutenção da saúde e a importância do acompanhamento periódico para evitar as complicações ocasionadas pela hipertensão e diabetes.
Após a pandemia, principalmente os usuários portadores de algumas doenças crônicas, deixaram de comparecer a unidade básica para o acompanhamento de suas condições de saúde, especificamente hipertensão e diabetes, dessa forma identificamos a necessidade de promover ações que incentivassem o retorno destes para o acompanhamento contínuo que tanto precisam para manutenção da sua saúde.
Os atendimentos descentralizados estão sendo realizados durante todo o ano e seguem o calendário estabelecido pelos profissionais, com encontros mensais oportunizando atendimentos de hipertensos e diabéticos em locais previamente definidos com auxílio dos agentes comunitários de saúde e enfermeira da unidade.
O primeiro tema abordado pelos profissionais nas rodas de conversa foi a importância do acompanhamento regular para a manutenção da saúde dos usuários. Em seguida foram as orientações sobre o uso correto das medicações e alimentação saudável.
Como resultados positivos tivemos a elevação dos índices de acompanhamento desse público e avaliando numericamente os atendimentos a cada quadrimestre. Além disso as ações educativas bem executadas proporcionaram informações para que os usuários adotassem hábitos mais saudáveis e desempenhassem papel mais efetivo na manutenção dos índices de pressão e glicemia controlados. De maneira geral o processo foi bem avaliado pelos participantes demostrando a importância da ação para o fortalecimento da atenção básica, potencializando o diálogo entre os profissionais e os pacientes.
A maior estratégia está vinculada ao comprometimento dos profissionais envolvidos, desde o agente comunitário de saúde até o médico da unidade.
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