- Atenção Primária à Saúde
Mateus Emanuel da Silva Santos
- 22 maio 2024
Pelo menos 37% da população brasileira, ou 60 milhões de pessoas, relatam sentir dor de forma crônica, aquela que persiste por mais de três meses, de acordo com estudo feito pela Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED). Considerada como o principal motivo de consultas médicas, trazendo graves limitações físicas, sofrimento e perdas econômicas, a dor tem causas multifatoriais, devido a isso, não deve ser tratada de forma simplista apenas tentando descobrir sua causa por alguma estrutura lesada. O grupo de dor, iniciado em outubro de 2018, na UBS Estação, com frequência semanal, foi idealizado para diminuir os pacientes na fila de espera do atendimento secundário de fisioterapia e diminuir a frequência de pacientes crônicos reincidentes nesse serviço.
Objetivo geral: trabalhar a educação em dor em pacientes com dor crônica. Objetivos específicos: orientar sobre educação em dor no ambiente de saúde pública. Diminuir a demanda do serviço de fisioterapia. Ensinar técnicas para controle da dor através do grupo, que é formado através de encaminhamentos de profissionais de saúde e por demanda espontânea de pessoas com dor persistente por mais de 3 meses. No início do grupo, é realizado a escala visual analógica (EVA) para avaliar a dor dos participantes. As reuniões têm a duração de 50 minutos. As reuniões são divididas em Educação em dor, exercícios terapêuticos, meditação (atenção plena) e hipnoterapia para dor. No total, são realizados 10 encontros e, ao final, é realizado novamente a escala visual analógica de dor. De acordo com resultado da EVA, o paciente recebe a alta e é encaminhado para o grupo de atividades físicas.
Segundo observação direta e resultado da escala EVA, os pacientes relataram que após o aprendizado no grupo conseguem manejar a dor de forma mais efetiva, diminuindo o número de forma considerável na EVA. Durante a experiência do grupo, foi relatado diminuição na dor e a melhor qualidade de vida. Por se tratar de um grupo multidisciplinar, os pacientes , ao final, são encaminhados para o grupo de atividade física com a apoio de psicólogo, nutricionista, farmacêutico, assistente social e profissional de educação física, assim dando continuidade ao tratamento para dor crônica. Após 10 reuniões no grupo de dor, através da observação direta e o resultado no EVA, constata-se que terapias alternativas, a medicação como educação em dor, exercícios terapêuticos, atenção plena (meditação) e técnicas de hipnoterapia diminuem a dor crônica melhorando a qualidade de vida dos participantes na atenção primária.
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