Na área da saúde, principalmente a promoção da saúde, tem se observado um movimento de aproximação cada vez maior com as linguagens artísticas no seu cotidiano de trabalho. Esse cruzamento vem ocorrendo de diversas formas e envolve uma pluralidade de saberes e práticas. Dentre as linguagens artísticas, o teatro do oprimido parece surgir como uma opção oportuna para as ações de promoção da saúde, sobretudo diante das aspirações democráticas e participativas do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta perspectiva, o grupo de Boas Práticas de uma USF de João Pessoa, se reúne quinzenalmente desde 2018 até os dias atuais, aberto para as faixas etárias adultos e idosos, sempre às terças feiras pela manhã no salão da Igreja Betel do bairro, onde são trabalhadas diversas temáticas que possam contribuir com a melhoria da qualidade de vida, gerar autonomia e renda para os participantes.
Relatar experiência de um Grupo de Boas Práticas em saúde nas atividades de promoção da saúde em uma USF de João Pessoa/PB no período de 2018 até os dias atuais. Trata-se de um relato de experiência descritivo.
Foi um momento rico de aprendizado, de muita diversão, reflexão e percepção da comunidade de como o processo saúde doença ainda está muito ligado ao modelo biomédico, centrado na figura do médico, pouco resolutivo e sem estímulo da autonomia. A troca de papéis buscou discutir as contribuições do teatro do oprimido na promoção da saúde, visando colaborar para a consolidação desse diálogo de maneira que as repercussões no desenvolvimento das experiências práticas sejam potencializadas.o estímulo à participação comunitária nos processos teatrais está diretamente relacionado à dimensão dialógica que compõe a essência do teatro do oprimido e a efetivação de um processo grupal que tenha como diretrizes ser dialógico, crítico, libertário e transformador exige um constante processo de ação-reflexão-ação.
Rua: Golfo De Guiné, 37 Apto 201 Intermares – Cabedelo/Pb