Experiência da articulação intersetorial em Embu Guaçu, a partir da necessidade de discutir as situações complexas e de difícil solução, como relacionadas a violências. A iniciativa foi incentivada pela gestão municipal, diante das situações trazidas pelas equipes de UBS e Nasf em função dessa realidade vulnerável. Grande parte das situações eram crônicas, graves e de alta vulnerabilidade social. Ações fragmentadas, sem compartilhamento intersetorial, julgamentos morais interferindo no cuidado, descrédito entre serviços e falta de voz dos usuários. Convidou-se técnicos da assistência social e da educação, conselho tutelar, fórum de justiça e hospital regional. A partir da discussão de casos, percebeu-se a necessidade de definir papeis, protocolos e fluxos para o enfrentamento das situações, com respostas e integrativas. O fórum intersetorial, em construção, vem possibilitando ações mais potentes para situações de violência, já se mostrando um dispositivo propositivo e permanente.
Qualificar o cuidado às pessoas em situação de violência a partir do trabalho intersetorial, articulando serviços para compartilhamento e de situações complexas com EP estratégias para a integralidade no cuidado, divulgação das ações e avaliação. A implantação do Fórum como dispositivo de organização do cuidado intersetorial ocorreu através de: encontros itinerantes e mensais com profissionais da saúde, educação, assistência social, fórum, conselho tutelar, centro de referência em assistência social, delegacia de polícia e comunidade Identificação de casos por critérios de emergência, vulnerabilidade e complexidade Criação de subcomissões para articulação nos diversos serviços como: urgência e emergência delegacia, hospital regional de referência, escolas, abrigos etc. Visitas compartilhadas ao território e domicílios proposição de projetos terapêuticos singulares e coletivos com responsabilização compartilhada e discussão de temas como violência, notificação, legislação.
Protagonismo dos profissionais envolvidos e familiares no cuidado. Maior colaboração e solidariedade entre os profissionais. Constante reflexão sobre a importância da Atenção Básica como ordenadora do cuidado e da necessidade do acompanhamento longitudinal das condições crônicas • Articulação e proposição entre os diversos serviços e população. Criação do protocolo intersetorial de cuidado a pessoa em situação de violência sexual. A partir da criação deste espaço de discussão coletiva dos casos complexos observou-se maior integração, participação e envolvimento dos profissionais, trazendo um olhar mais ampliado e com proposições mais ousadas como a construção de políticas públicas voltadas para as necessidades locais. A atuação compartilhada e apoiada tem proporcionado aos participantes maior tranquilidade/segurança e a aprendizagem de que os caminhos para o cuidado se fazem no caminhar.
Rua Santo Antônio, 55 - Centro, Embu-Guaçu - SP, Brasil
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