O projeto Favela Agroecológica Produz Saúde tem como objetivo realizar ações formativas articuladas em rede em territórios dos municípios do Rio de Janeiro e Itaguaí, com foco na educação popular em saúde, ampliando saberes e fazeres agroecológicos em gestão comunitária de resíduos, disseminando práticas com uso de tecnologias sociais para cultivo e uso de plantas medicinais como fomento à implantação e fortalecimento de farmácias vivas. Além de realizar círculos de autocuidado com as mulheres, intercâmbio nas instituições parceiras, Encontro de Composteiros, estímulo à comercialização justa através de feirinha local em Pedra de Guaratiba, com venda de produtos agroecológicos, produção de feituras como tinturas e pomadas com ervas medicinais, implantação de viveiros de mudas e hortas agroecológicas. Para alcançar esses objetivos também serão realizadas atividades com (as)os participantes para ampliar o acesso às informações dos serviços e Práticas Integrativas de Saúde (PICS) no SUS, integrando as comunidades e possibilitando espaços de diálogo sobre as questões que afetam a saúde comunitária.
Em pesquisa realizada pelo Instituto Pereira Passos no período de 1999 a 2019, aponta as favelas que mais se expandiram horizontalmente (22,07% ou 2,9 milhões de metros quadrados). No topo do ranking está a favela do Piraquê, em Guaratiba. Foram 196 mil metros quadrados de expansão em duas décadas, numa área de mangue, que enche de esgoto quando chove (os problemas de saneamento não foram resolvidos pela urbanização do Programa Bairro Maravilha). Como estratégia de enfrentamento às dificuldades vivenciadas em favelas localizadas em diversas regiões do Rio de Janeiro (Piraquê, em Pedra de Guaratiba, Vila Aliança, em Bangu, Comari, em Campo Grande, favela do Curupaiti, Jordão e Bateau Mouche, em Jacarepaguá, Serra da Misericórdia, Colônia Juliano Moreira, na Taquara) e de Itaguaí, serão promovidas ações em rede.
Proporcionar o encontro de educadores populares das favelas participantes desta rede realizando trocas de saberes para disseminar as tecnologias sociais através de metodologias participativas, a partir do minicurso de compostagem, plantas medicinais, feituras e pomadas; Fortalecimento de uma feira agroecológica com produtos dos quintais; Encontros desta rede para trocas de experiências das favelas em espaços itinerantes; Encontros de composteiros para apresentações de resultados e fortalecimentos de novas tecnologias; Realização da Feira Viva Melhor, com feira agroecológica, rodas de conversas, palestras, apresentações culturas e outras atividades; Produção de um vídeo contando o desenvolvimento do projeto; Sistematização do projeto, contando as atividades ocorridas.
Utilizar conceitos da agroecologia, por meio de metodologias participativas, para dialogar com os territórios e lideranças a fim de entender as realidades e demandas locais e a partir desses promover atividades que contextualizem a importância dos resíduos orgânicos como um cuidado que devemos ter com o solo; e dos usos de plantas medicinais tanto no âmbito de acesso às PICS, quanto seus usos tradicionais. E a partir desse diálogo, também identificar a viabilidade de implementar tecnologias sociais como composteiras.
Rua Belchior da Fonseca, 1025 - Pedra de Guaratiba, Rio de Janeiro - RJ, Brasil
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