A principal finalidade desse projeto desde o seu inicio objetivou-se investir em pessoas através de uma Rede de Educação Permanente local no sentido de preencher de um novo saber os usuários/pacientes e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), respeitadas a cultura e práticas locais, com o propósito de um melhor alcance a força do trabalho. Resgatar saberes ajudando a reforçar uma consciência coletiva e éticas humanizadas tem sido um dos propósitos principais das ações preconizadas. Desde formulação desse trabalho pensou-se em promover ações de educação permanente seguindo as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH) que atua a partir de orientações clínicas, éticas e políticas traduzidas em determinados arranjos no ambiente de trabalho. Importante salientar que HumanizaSUS (PNH) não se restringe a uma só ação mas a um modelo de gestão com ênfase na gestão do trabalho cujas principais diretrizes são: acolhimento, gestão participativa e cogestão, ambiência, clínica ampliada e compartilhada, valorização do trabalhador e defesa dos direitos dos usuários.
Com o advento do Sistema Único de Saúde e a consequente promulgação da Constituição Cidadã em 1988 emergiu na sociedade brasileira os conceitos preliminares de direitos à saúde dos cidadãos brasileiros. Aproximadamente, vinte e sete anos se passaram e o Sistema Único de Saúde, uma organização pública em construção que tem se mostrado carente e portadora de várias mazelas as quais a necessidade de intervenção, remodelação e humanização do cuidado se tornam prementes. Porém é natural, consequentemente, que um Sistema de Saúde tão jovem em um país continental apresente necessidades de ajustes já que por si só é um sistema novo, precursor e dinâmico. Os procedimentos e atendimentos no Sistema Único de Saúde, nesse momento, devem-se primar não somente pela quantidade como também pela qualidade o que significa resgatar um olhar holístico e subjetivo ao ser humano, sujeito de direitos ao cuidado. Os altíssimos contingentes de força de trabalho no Sistema Único de Saúde além de sua heterogeneidade com um número alto de trabalhadores da saúde exigem da gestão do trabalho criatividade e efetividade. Além disso, a gestão é um campo de ação humana que visa à coordenação, definindo os termos articulação e interação de recursos e trabalho humano para a obtenção de fins/metas/objetivos no compromisso e busca por melhores resultados da gestão pública da saúde. Trata-se, portanto, de um campo de ação que tem por objeto o trabalho humano que, disposto sob o tempo e guiado por finalidades, deveria realizar tanto a missão das organizações como os interesses dos trabalhadores.
Em suma, a oportunidade existe e institucionalizada para a que a prática da educação permanente adentre aos ambientes e redes de atenção à saúde como coprodutora de recursos pedagógicos necessários à capacitação dos profissionais da saúde bem como de gestores e controle social. A educação em serviço reconhece os municípios como fonte de vivências, autorias e desafios, lugar de inscrição das populações, das instituições formadoras, dos projetos político-pedagógicos, dos estágios para estudantes e de mobilização das culturas. O que se quer afinal como ápice é a criação de uma Escola de Saúde Pública no município fortalecendo sobremaneira a Gestão do Trabalho em saúde.
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