O presente relato de experiência aborda a implementação de um programa de educação permanente em biossegurança para auxiliares de serviços gerais (ASGs) em unidades de Atenção Primária à Saúde. O treinamento teve como objetivo qualificar esses profissionais para a adoção de práticas seguras ,reduzindo riscos de contaminação e garantindo a segurança dos trabalhadores e usuários.
A experiência evidenciou a importância da capacitação contínua e o impacto positivo das práticas seguras na prevenção de infecções e acidentes ocupacionais. A biossegurança é de suma importância para prevenir e avaliar os possíveis acidentes inerentes ao trabalhador.
A educação permanente em saúde é fundamental para integração entre o conhecimento e a conscientização do autocuidado e biossegurança que, para além de cumprir normas regulamentadoras, norteiam práticas seguras essenciais para os trabalhadores ASGs.
Acidentes resultantes de exposição ocupacional a materiais biológicos dão-se por esse ambiente ser considerado um local insalubre, complexo, com maiores riscos de contaminação e transmissão por agentes biológicos (BARROS, et al., 2021).
Superar a dicotomia entre teoria e prática através da educação foi a força motriz norteadora de experenciar essa vivência tão transformadora e relevante como solução para redução das estatísticas de acidentes de trabalho com material biológico e perfurocortante, especificamente.
Despertar interesse acadêmico e científico para o desenvolvimento de projetos de extenção de forma a otimizar condições de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) de trabalhadores Auxiliares de Serviços Gerais.
Através da observação direta comportamental,verbalização através das dinâmicas e resolução de problematização pelos grupos,concluímos que relatos dos participantes durante e após as oficinas alcançaram os resultados esperados.
As equipes de ASGs estiveram atentas, participativas e empenhadas nas ações propostas, notório a satisfação durante relato pessoal e em grupo, retratada pela vivência anteriores, com relatos de situações antes presenciadas, mas sem “ferramentas” que a falta do conhecimento aprisiona…..
Também relataram que sentiam-se com segurança com domínio técnico e sanitário, após participação nas oficinas, mesmo sendo apenas um encontro…
Tivemos uma nítida percepção do movimento cognitivo positivo demonstrado pela inquietação, apreensão, trocas de experiências e formulação de conhecimento, devidamente direcionado pelos facilitadores, corroborando com a literatura e legislação vigente, tudo isso de forma reflexiva, participativa, e esclarecedora ampliando a dimensão da importância e responsabilidade frente à técnicas e boas práticas no contexto da biossegurança.
De forma que habilitando ,definindo e validando o escopo de atribuições dos ASGs consequentemente dando-lhes maior visibilidade e notoriedade como conseguinte seguimento e manutenção do que rege a legislação de limpeza e desinfecção de superfícies, limpeza de superfície na presença de matéria orgânica, Segregação dos resíduos sólidos nos serviços de saúde, dentre outros.
Tudo isso reforça a importância do processo de educação permanente em biossegurança para esses trabalhadores que nos serviços de saúde,destacamos, são os mais expostos aos riscos ocupacionais devido a natureza de suas atribuições.
Compreendemos que o resultado dessa vivência favoreceu o desenvolvimento de práticas seguras que foram fortalecidas, oportunizou diálogos que demonstraram dúvidas, construtivamente e coletivamente esclarecidas, no geral a experiência evidenciou que a educação permanente em biossegurança para os ASGs proporcionou momentos de crescimento e integração entre a equipe que consequentemente refletirá na assistência à saúde com melhor qualidade e segurança microbiológica.
Ampliação de ações educativas permanentes e rotativas, para capacitação e atualização os ASGs de forma periódica em cenários diversos, e fazer cumprir uma capacitação básica por parte da em presa terceirizada, como um introdutório o que diminuiria os desafios encontrados pelos ASG no desenvolvimento do processo de trabalho, fazer cumprir a RDC ANVISA 222/2018 que “dispõe sobre a obrigatoriedade da implementação de Programas de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) em serviços de saúde, contemplando medidas de limpeza e desinfecção como parte integrante desses programas.”
Importante analisar a forma de recrutamento das empresas que prestam serviços terceirizados como agências que contratam os ASGs, quanto à instrução e qualificação básica para o necessário desempenho de atribuições que requerem uma formação mínima para um bom desempenho em suas atividades laborais, e pré-requisito para dar seguimento nas futuras capacitações planejadas pela educação permanente.
Av. Assis Chateaubriand - Estacao Velha, Campina Grande - PB, Brasil
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