De repente eles se foram: o fim da cooperação internacional do Programa Mais Médicos e o papel do apoio nas ações junto aos gestores municipais

Objetivo: Relatar a experiência de assistência realizada pelo Apoio Institucional do COSEMS-BA aos secretários no momento do fim da Cooperação Internacional Brasil X Cuba no Programa Mais Médicos.MetodologiaRelato de experiência, envolvendo as macrorregiões do sul, sudoeste e centro-leste no estado da Bahia. Diante da suspensão do contrato com o governo de Cuba, ocorrido de maneira abrupta, na véspera de um feriado nacional brasileiro, os médicos da cooperação foram convidados a retornar a seu país de origem. Assim, segundo sensibilização da presidente do COSEMS, frente ao respeito pelos mesmos, foi estabelecida uma força tarefa, a fim de que os secretários pudessem fornecer estruturas de transporte e de recursos humanos aos médicos cubanos. Para tanto, a equipe do apoio COSEMS, ofertou suporte com orientações rápidas aos gestores através de contatos telefônicos e pelo whatsapp, realizou um levantamento situacional dos municípios.

A fixação da mão obra médica foi um desafio que perdurou por mais de 20 anos na história do SUS. Estando mais próximo da população, bem como pela sua responsabilidade na garantia das ações na Atenção Básica os secretários municipais de saúde são rotineiramente cobrados em relação a não fixação e/ou inexistência de médicos. A partir de 2013, pela primeira vez na história, Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena, Unidades Básicas fluviais, comunidades rurais, quilombolas, assentamentos, periferia e morros das grandes cidades que não contavam com acesso à AB passaram a contar com médicos. Apesar das regras do programa colocarem os cubanos no fim da lista de prioridade para preenchimento de vagas, em 2018, eles representavam quase metade do total. A rescisão repentina desses contratos apontou para um cenário desastroso em pelo menos, 3.243 municípios do Brasil.

O fim da cooperação internacional marca o término de um momento de tranqüilidade aos gestores municipais pela garantia da mão de obra médica. O desfalque dos profissionais e a volta do mercantilismo, sem citar a barganha com a carga horária, vêm agravando a qualidade da atenção básica. O relato, além de reforçar a importância dos gestores municipais na implementação das políticas de saúde, apresenta o Apoio institucional do COSEMS como função que contribuí na gestão municipal do SUS na Bahia.

Principal

Adilson Ribeiro dos Santos

A prática foi aplicada em

Amparo do São Francisco

Sergipe

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Instituição

Uma organização do tipo

Instituição Privada

Foi cadastrada por

Ideiasus/Fiocruz, Conasems

Conta vinculada

02 jun 2023

CADASTRO

28 fev 2024

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Condição da prática

Concluída

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