Curso de shiatsu na abordagem integrativa e sistêmica: noções de mtc

RESUMO
Este relato descreve a experiência formativa do Curso de Shiatsu na Abordagem Integrativa e Sistêmica com noções de Medicina Tradicional Chinesa (MTC), realizado no contexto pós-pandêmico em Santa Cruz Cabrália – BA. A formação foi conduzida pelas professoras Luceni Ransolin e sua aluna, Mariana Pivetta, integrando elementos do Zen Shiatsu, Shiatsu Funcional, auriculoterapia, constelação familiar e Terapia Comunitária Integrativa e sistêmica. O curso atendeu à demanda por práticas seguras, eficazes e comunitárias no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em diálogo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde e da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS). Destaca-se a aplicação prática em rodas sistêmicas, ambulatório e atendimentos comunitários. O relato também discute os fundamentos filosóficos e espirituais do Zen Shiatsu, enfatizando o toque como ponte terapêutica entre o cuidador e o cuidado de si. A experiência integra saberes ancestrais orientais, abordagens modernas ocidentais e práticas de cuidado coletivas.
Palavras-chave: Shiatsu; Práticas Integrativas; Medicina Tradicional Chinesa; Saúde Integral; Terapia Comunitária.

ABSTRACT
This report describes the formative experience of the Shiatsu Course in an Integrative and Systemic Approach with foundations in Traditional Chinese Medicine (TCM), conducted in the post-pandemic context in Santa Cruz Cabrália – BA. The training was led by Professor Luceni Ransolin, integrating elements of Zen Shiatsu, Functional Shiatsu, floral therapy, auriculotherapy, family constellation, and Integrative Community Therapy. The course responded to the demand for safe, effective, and community-based practices within the Unified Health System (SUS), aligned with the World Health Organization guidelines and the Brazilian National Policy on Integrative and Complementary Practices in Health (PNPICS). Practical applications included systemic healing circles, outpatient clinics, and community care. The report also explores the philosophical and spiritual foundations of Zen Shiatsu, highlighting the touch as a therapeutic bridge between caregiver and self-care. The experience integrates ancestral Eastern knowledge, modern Western approaches, and collective healing practices.
Keywords: Shiatsu; Integrative Practices; Traditional Chinese Medicine; Integral Health; Community Therapy.

1. Introdução
A prática do Shiatsu, enquanto terapia corporal de origem japonesa, tem ganhado espaço crescente nos serviços públicos de saúde integrativa no Brasil, especialmente após a consolidação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICS) no Sistema Único de Saúde (SUS). Inserido nesse movimento de valorização dos saberes tradicionais e das abordagens holísticas, o Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (NPICS Brasil), por meio do Programa de Apoio e Promoção de Saúde Integral (Extensão CEJUSC), promoveu uma formação específica sobre Shiatsu em abordagem integrativa e sistêmica, incorporando também noções de Medicina Tradicional Chinesa (MTC).
Essa formação surgiu da necessidade de capacitar cuidadores, terapeutas, educadores populares e profissionais da saúde a atuarem em contextos de pós-trauma coletivo, especialmente no período subsequente à pandemia da Covid-19. A partir do conhecimento transmitido pela professora Luceni Ransolin, o curso destacou a vertente Zen Shiatsu, fundamentada na escola de Masunaga, e também apresentou outras abordagens, como o Shiatsu Funcional, que se mostrou especialmente útil para intervenções comunitárias e rodas terapêuticas sistêmicas.
O presente relato de experiência tem como objetivo registrar os principais aspectos desse processo formativo, suas fundamentações teóricas e filosóficas, suas práticas associadas (tais como constelação familiar e auriculoterapia), bem como suas contribuições para a saúde integral e comunitária. Trata-se de uma experiência situada na interface entre saberes tradicionais e inovação terapêutica, alinhada aos princípios da universalidade, integralidade e equidade do SUS, ao mesmo tempo em que dialoga com os ensinamentos de Bert Hellinger, Adalberto Barreto, Richard Gordon, Barbara Brennan, e outros autores das práticas integrativas.
Este texto também insere-se no esforço de documentar e validar, por meio de instrumentos acadêmicos e científicos, práticas populares e espirituais de cuidado que promovem não apenas a cura do corpo, mas a reconexão do ser com sua fonte vital, como ensinado nas tradições orientais. O uso do toque consciente, do campo de energia e da escuta empática constituem os eixos fundamentais dessa proposta pedagógica e terapêutica.

2. Fundamentação Teórica
2.1 O Shiatsu e suas Escolas: Namikoshi e Masunaga
O Shiatsu é uma técnica de origem japonesa baseada no toque terapêutico com pressão dos dedos, mãos, cotovelos ou joelhos em pontos energéticos específicos do corpo, os chamados tsubos. É uma prática que combina o conhecimento tradicional oriental com fundamentos anatômicos e fisiológicos da medicina ocidental.
A escola de Tokujiro Namikoshi foi a primeira a formalizar o Shiatsu como prática reconhecida no Japão. Seu enfoque baseava-se na anatomia ocidental, promovendo a regulação do sistema nervoso autônomo, melhora da circulação sanguínea e equilíbrio muscular. Namikoshi afirmava que “o coração do Shiatsu é o amor” — refletindo a dimensão afetiva do toque terapêutico.
Já a vertente de Shizuto Masunaga, conhecida como Zen Shiatsu, introduz uma abordagem mais filosófica e energética, baseada nos meridianos da Medicina Tradicional Chinesa. Masunaga integrou o conhecimento do zen-budismo, da psicologia e da MTC, oferecendo uma leitura mais holística e subjetiva dos desequilíbrios, em que não há necessidade de fala, mas sim presença meditativa e escuta pelo toque. Como Hellinger enfatizava, “a fonte não precisa perguntar pelo caminho”, uma vez que o corpo revela o que precisa ser cuidado.
No curso promovido pelo NPICS Brasil, a base formativa iniciou com o Zen Shiatsu, por sua força meditativa e acolhedora, sendo ideal para o processo de escuta sensível e não verbal nos atendimentos comunitários.
2.2 Medicina Tradicional Chinesa e os Cinco Movimentos
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) oferece a base diagnóstica fundamental para o exercício do Shiatsu. O entendimento do fluxo de Qi (energia vital) através dos meridianos, assim como os conceitos dos cinco elementos ou cinco movimentos (Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água), permite uma leitura sistêmica do paciente, integrando corpo, mente e espírito.
O diagnóstico energético baseado nos cinco elementos é sempre utilizado nas práticas ensinadas no curso, onde se considera também o aspecto emocional associado a cada meridiano, promovendo uma escuta profunda das causas internas e sistêmicas do adoecimento.
2.3 O Shiatsu como Prática Sistêmica e Comunitária
A experiência formativa contou com a consultoria da professora Luceni Ransolin, que apresentou diferentes escolas de Shiatsu. A partir desse aprendizado, houve uma forte identificação, por alguns alunos, com o Shiatsu Funcional, por sua flexibilidade de aplicação em rodas comunitárias e círculos de cuidado. Essa abordagem se mostrou essencial para o período pós-pandêmico, quando muitas atividades aconteceram de forma coletiva, com as comunicações respeitando os combinados da Terapia Comunitária Integrativa (TCI), de Adalberto Barreto.
Nesse sentido, o Shiatsu se tornou uma ferramenta de autoregulação energética, emocional e espiritual acessível, capaz de atuar em contextos de trauma coletivo, como o vivido durante e após a pandemia de Covid-19. Técnicas simples, como o uso de sementes de auriculoterapia, também foram integradas para facilitar o acesso ao autocuidado.
2.4 Shiatsu, Meditação e Espiritualidade
A dimensão espiritual do Shiatsu foi continuamente valorizada. A prática do Zen Shiatsu permite o silêncio, a contemplação e o encontro com o sagrado no outro. Conforme descrito por Diego da Rosa Leal, Coordenador do NPICS Brasil:
“Zen Shiatsu é uma abordagem integrativa e sistêmica muito poderosa, meditativa, que como o próprio Masunaga diz, se conecta com a fonte. E a fonte não precisa perguntar pelo caminho. Durante aquela sessão, o terapeuta está curando e se curando, cuidando e sendo cuidado, em uma profunda troca de energia.”
A prática permite não apenas o cuidado do outro, mas o autocuidado do terapeuta, o que fortalece os vínculos e promove uma cultura de paz e reconexão entre as pessoas. Essa conexão sutil é o que fundamenta sua potência como prática energética de cura.

3. Metodologia
3.1 Natureza do Estudo e Abordagem
Este trabalho trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, fundamentada na educação popular em saúde, nos princípios da Medicina Tradicional Chinesa e nos referenciais da sistêmica fenomenológica e da justiça restaurativa. As práticas foram desenvolvidas entre os anos de 2022 e 2023, com foco no território de Santa Cruz Cabrália, no extremo sul da Bahia.
A metodologia utilizada fundamenta-se no fazer para aprender e no aprender fazendo, com forte ênfase na pedagogia do oprimido de Paulo Freire e no princípio de que “ninguém cuida de ninguém se não cuida de si”. A integração entre o ensino, o cuidado e a espiritualidade esteve presente em todos os momentos da formação.
3.2 Público-Alvo e Local de Atuação
As atividades foram desenvolvidas no âmbito do NPICS Brasil em parceria com:
Fórum da Comarca de Santa Cruz Cabrália – CEJUSC;
Secretaria de Saúde;
Fundação Meu Lar;
Espaço Flor de Lótus;
Associações comunitárias;
Rede de terapeutas voluntários e cuidadores populares do território (clubinhos sistêmicos).
Os participantes incluíam terapeutas, cuidadores informais, agentes comunitários de saúde, educadores, lideranças religiosas e usuários do SUS interessados no autocuidado e no cuidado com o outro.
3.3 Etapas da Formação
A formação em Shiatsu Sistêmico foi dividida em três momentos principais:
a) Sensibilização e Convocação Comunitária
Foram realizados círculos de escuta, encontros presenciais e online com a proposta de mobilizar saberes populares e criar vínculos afetivos e espirituais. As primeiras rodas foram conduzidas com práticas simples de autoaplicação, respiração e meditação, articulando o conhecimento ancestral com a escuta fenomenológica.
b) Formação Técnica-Teórica
Com apoio da professora Luceni Ransolin, foram apresentados diferentes estilos de Shiatsu, com destaque ao Zen Shiatsu e ao Shiatsu Funcional, que permitiu a aplicação em círculos comunitários e dinâmicas de grupo. Também foram incluídos fundamentos da MTC, como os cinco movimentos e os padrões de desarmonia energética.
c) Vivências Práticas e Sistêmicas
As rodas de cuidado foram organizadas em ambientes comunitários e espaços terapêuticos parceiros. Os encontros seguiram os moldes da Terapia Comunitária Integrativa, com rituais de abertura, partilha, aplicação do Shiatsu entre pares e escuta sensível. Em diversos momentos, foram incluídas a Constelação Familiar Sistêmica e a Imposição de Mãos, quando indicadas, de forma espontânea e respeitosa.
3.4 Estratégias de Registro e Sistematização
Cada encontro foi registrado em forma de diário de campo, áudios, vídeos e fotografias, com consentimento verbal dos participantes. Os relatos foram posteriormente organizados em sistema próprio no FamilySearch, respeitando os critérios de ética e privacidade.
Os resultados e reflexões gerados serviram de base para construção de relatórios enviados ao Advogado, Dr. Maxsuel Ribeiro, Coordenador do CEJUSC, em nome da Juíza da Comarca de Cabrália, Tarcizia Fonseca, e aos parceiros institucionais, como forma de prestação de contas e partilha dos saberes construídos.

4. Resultados e Discussão
4.1 Resultados Observados nas Rodas de Cuidado
Durante o período de implementação da proposta, observou-se um aumento significativo no interesse por práticas integrativas, sobretudo por parte de cuidadores informais, terapeutas populares, profissionais da saúde e lideranças comunitárias. Os participantes relataram benefícios como:
Alívio de dores físicas e tensões musculares;
Melhora na qualidade do sono e do humor;
Aumento da percepção corporal e emocional;
Fortalecimento dos vínculos comunitários;
Ampliação do autoconhecimento e da consciência espiritual.
O Zen Shiatsu, aprendido por Diego da Rosa Leal com a professora Luceni Ransolin, foi adaptado para o estilo integrativo e sistêmico e foi um dos principais recursos terapêuticos utilizados. Como apontado por Masunaga, essa técnica é uma prática meditativa profunda, que conecta o terapeuta à Fonte, promovendo um cuidado bidirecional: “o terapeuta cuida e é cuidado, cura e é curado”.
4.2 O Shiatsu Funcional no Cuidado Coletivo
Segundo Diego R. Leal:
“A consultoria da professora Luceni foi muito importante, porque quando nos mostrou os outros estilos de Shiatsu, eu, por exemplo, me identifiquei muito com o Shiatsu funcional. E ele é mais tranquilo, porque pode ser utilizado dentro de uma roda, um círculo sistêmico, que foi o que nós fizemos muitas vezes no período pós-pandêmico. É muito importante, porque as pessoas podem fazer um Shiatsu básico e ainda seguir os combinados verbais da Terapia Comunitária Integrativa.”
Essa adaptabilidade permitiu que o Shiatsu fosse praticado em escolas, comunidades, abrigos, unidades de saúde e instituições religiosas, com acolhimento amoroso e respeito à diversidade cultural.
4.3 Impactos Sistêmicos e Reconhecimento Institucional
A experiência foi reconhecida em 2021 com a seleção de três projetos no edital APS Forte no SUS, iniciativa do Ministério da Saúde que destaca experiências exitosas na Atenção Primária. Conforme relatado em entrevista ao jornal Cabrália Brilha, a secretária de saúde Renata Pinheiro afirmou:
“Esses projetos trabalham integralmente o indivíduo, não vendo só a doença, mas toda a parte holística: corpo e espírito. São projetos que não se encerraram — ainda estão em andamento.”
A reportagem destacou os projetos coordenados por Diego R. Leal e Sérgio Costa, fortalecendo o papel da espiritualidade, da educação popular e da integração de saberes na saúde pública de Cabrália.
4.4 Práticas Restaurativas e Constelação Sistêmica
As práticas também foram integradas ao CEJUSC de Santa Cruz Cabrália. A constelação familiar, ainda considerada polêmica por alguns, foi incluída de forma interdisciplinar com apoio da justiça restaurativa. Essa integração permitiu um espaço de escuta e resolução de conflitos, especialmente em casos relacionados à violência doméstica, com resultados reconhecidos por instituições do sistema de justiça.
Diego destaca:
“Tem coisas que são mais fáceis, como a medicina tradicional chinesa. Muitos municípios têm. Mas constelação familiar ainda era muito polêmico. E com nossa rede, com apoio da secretária, aquele complexo início, com o apoio do Laboratório da UFSB, do CEJUSC, conseguimos incluir isso de forma segura e eficaz.”
4.5 A Espiritualidade no Cuidado
Os relatos também destacam o valor da espiritualidade como potência ‘curativa da alma’, especialmente após o luto, as perdas e os traumas da pandemia de Covid-19. A imposição de mãos, as orações e os cantos espontâneos surgiram naturalmente nas rodas, respeitando as crenças dos participantes.
Essa abordagem dialoga com os princípios da Justiça Restaurativa e da Inteligência Sistêmica, conforme proposto por Bert Hellinger, Adalberto Barreto e os 12 passos da espiritualidade.

5. Considerações Finais
Este artigo apresentou uma abordagem sistêmica e integrativa para o cuidado de quem cuida, com base em práticas como o Zen Shiatsu, a Terapia Comunitária Integrativa, a Constelação Familiar, a Medicina Tradicional Chinesa e a espiritualidade, conforme vivenciado no município de Santa Cruz Cabrália nos anos pós-pandêmicos.
A experiência evidenciou que o cuidado em saúde precisa ser ampliado para além da perspectiva biomédica, integrando dimensões emocionais, sociais, energéticas e espirituais da vida humana. As rodas de cuidado revelaram-se espaços terapêuticos potentes, que permitiram a expressão do sofrimento, a escuta ativa, o toque consciente, a reconexão com a fonte da vida e a restauração de vínculos afetivos.
As vivências promovidas em parceria com o Fórum, o CEJUSC, a Prefeitura de Cabrália, a UFSB, terapeutas populares e instituições religiosas demonstraram que é possível criar políticas públicas inovadoras, sustentadas por práticas ancestrais e saberes comunitários, com baixo custo e alto impacto social.
O reconhecimento nacional da experiência pelo Ministério da Saúde (APS Forte no SUS) fortaleceu o compromisso dos profissionais envolvidos com a integralidade do cuidado e inspirou novas ações no município.
Por fim, destaca-se que cuidar de quem cuida é um ato de justiça social e espiritual. E que a construção de uma cultura de paz e saúde exige o envolvimento consciente de toda a comunidade — em escuta, em presença, em espírito de serviço.

6. Referências
BARRETO, Adalberto. Terapia Comunitária Integrativa: passo a passo. Fortaleza: Gráfica LCR, 2008.

BARRETO, Adalberto. A escuta das dores da alma: o sentido da terapia comunitária integrativa. Petrópolis: Vozes, 2020.

BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz: Um guia para a cura através do campo de energia humana. São Paulo: Pensamento, 1991.

GARRIGA BACARDI, Joan. O Amor que nos Faz Bem. São Paulo: Cultrix, 2013.

GORDON, Richard. O Toque Quântico: O Poder de Curar. São Paulo: Cultrix, 2000.

GORDON, Richard. O Poder de Curar. São Paulo: Cultrix, 2009.

HELLINGER, Bert. A Fonte Não Precisa Perguntar Pelo Caminho. Petrópolis: Editora Atman, 2006.

HELLINGER, Bert. Ordens do Amor. Petrópolis: Editora Atman, 2003.

HELLINGER, Bert. Constelações Familiares: O Reconhecimento das Ordens do Amor. São Paulo: Cultrix, 2005.

MASUNAGA, Shizuto. Zen Shiatsu: How to Harmonize Yin and Yang for Better Health. Tokyo: Japan Publications, 1977.

NAMIKOSHI, Tokujiro. Shiatsu: Japanese Finger Pressure Therapy. Tokyo: Japan Shiatsu College, 1967.

STAM, Jan Jacob. O Campo do Nós. São Paulo: Atman, 2022.

CASTILLO, Carola. Cartas a Bert Hellinger. Venezuela: Carola Castillo Editions, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares no SUS: necessidade, acesso e oferta. Brasília: MS, 2018.

Brasil. Ministério da Saúde. Relatórios e experiências exitosas da APS Forte no SUS: relatos 2020–2024. Brasília: MS. Disponível em: https://aps.saude.gov.br

Plataforma Brasil. Base de dados científica com estudos aprovados nos últimos cinco anos sobre a implementação de práticas de MTC e medicina tradicional japonesa no SUS. Disponível em: http://plataformabrasil.saude.gov.br

7. Anexos
Anexo I – Entrevista concedida ao Jornal Cabrália Brilha (2021)
Túlio de Marco (repórter):
Olá, pessoal, aqui é o Túlio de Marco, do jornal Cabrália Brilha. Estou na Secretaria da Saúde para dar uma notícia daquelas que fazem Cabrália brilhar. A OMS tem, entre suas diretrizes, a valorização da qualidade da Atenção Primária à Saúde (APS). Dentro dessas diretrizes, no Brasil, foi instituída a premiação APS Forte no SUS, que destaca experiências inovadoras e com qualidade de saúde integrada da população.
E aqui em Cabrália, tivemos mais três projetos selecionados, demonstrando nossa qualidade! Para falar sobre isso, conversamos com a Secretária de Saúde, Enfa. Renata Pinheiro, e com o Diego Leal, um dos profissionais responsáveis pelos projetos.
Secretária Renata Pinheiro:
Túlio, a Atenção Primária é o pilar do SUS. É nela que cuidamos da população para evitar que adoeça. Trabalhamos com prevenção, promoção de saúde, com uma visão integral do paciente — corpo, mente e espírito.
Nessa gestão, fortalecemos a APS com projetos que mostram que estamos no caminho certo. Tivemos três experiências reconhecidas nacionalmente — duas do profissional Diego Leal e uma do professor Sérgio Costa. São trabalhos que olham o indivíduo de forma holística e trazem qualidade de vida.
Túlio de Marco:
Diego, do que trataram os dois projetos que você apresentou?
Diego Leal:
O mais importante foi a parceria inicial: com a Universidade Federal do Sul da Bahia e com o voluntariado. Isso nos permitiu fazer coisas difíceis. Medicina Tradicional Chinesa, por exemplo, já é mais comum, mas constelação familiar ainda é polêmica. Mesmo assim, com apoio da secretária e da equipe, conseguimos realizar encontros presenciais e online, com um alcance que hoje é até internacional, algumas vezes. É algo que precisa ser registrado. É histórico.

Anexo II – Falas complementares do curso, sobre o Shiatsu
Luceni Ransolin (fala transcrita):
“Com sementes (da auriculoterapia), eu vou conseguir uma autorregulação através desse meu toque, sem essa conexão, digamos assim, né?
Então, o Shiatsu é uma dessas colas. O Shiatsu é uma das ferramentas mais importantes, pois sempre foi uma ponte pela paz mundial.
Tenho formação em três escolas de Shiatsu, e uma delas é o Shiatsu dos Pés Descalços, muito divulgado na Revolução Industrial, época de guerras e intoxicação alimentar. Ele conecta as pessoas pela paz.
O Zen Shiatsu, por exemplo, não exige fala. Basta o toque para algo bom acontecer. Claro, com domínio de diagnóstico, de emoções, de energia — o Qi. Sempre que falamos de Medicina Chinesa, falamos dos 5 movimentos. E tudo visa harmonizar o fluxo da energia.”
Diego R. Leal
“Eu também vou fazer um comentário a respeito do Zen Shiatsu, que foi a escola matriz onde eu estudei com a Luceni Ransolin. Ele é uma abordagem integrativa e sistêmica muito poderosa, meditativa, que, como o próprio Masunaga diz, ele chama de Zen quando leva ao Ocidente, justamente pela meditatividade.
Pode-se considerar sim uma abordagem muito potente, porque você consegue se conectar com a Fonte — e a Fonte não precisa perguntar pelo caminho — durante aquela sessão. Ali, o terapeuta está curando e se curando, cuidando e sendo cuidado, numa profunda troca de energia.”
“A consultoria da professora Luceni foi muito importante, porque quando nos mostrou os outros estilos de Shiatsu, eu, por exemplo, me identifiquei muito com o Shiatsu funcional. E ele é mais tranquilo, porque pode ser utilizado dentro de uma roda, um círculo sistêmico — como fizemos muitas vezes no período pós-pandêmico. É muito importante, porque as pessoas podem fazer um Shiatsu básico e ainda seguir os combinados da Terapia Comunitária Integrativa.”

autor Principal

Diego da Rosa Leal

npicscabralia@gmail.com

Enfermeiro Terapeuta Sistêmico

Coautores

Diego da Rosa Leal e Mariana Pivetta

A prática foi aplicada em

Todo o Brasil

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Diego da Rosa Leal

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01 jul 2025

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07 ago 2025

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