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Círculos de Cultura com Mulheres Idosas: Práticas Educativas em Sexualidade e Climatério

FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA:Quanto à sexualidade no envelhecimento, práticas educativas libertadoras, baseadas na dialogicidade, podem contribuir para o planejamento da assistência à mulher no seu processo de envelhecimento, de forma mais livre, crítica e libertadora. Essa experiência permitiu contextualizar uma prática educativa que foi ao encontro das demandas da população idosa, especialmente na práxis da enfermagem, consolidando-a pelo diálogo, transformação de saberes e emancipação dos sujeitos, como propõe Paulo Freire.DINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOS: A dinâmica da experiência se deu através da utilização dos Círculos de cultura propostos por Paulo Freire. No Círculo de Cultura, não se negam os conflitos, mas se busca acolhê-los e dar-lhes encaminhamentos. O conhecimento é circular, se completa com a participação de cada membro do grupo social. Nesse sentido, a proposta pedagógica freireana ultrapassa uma mera técnica e passa a ser compreendida a partir da experiência prática de cada um. Para a promoção da saúde em idosos, a perspectiva da educação popular de Paulo Freire parece ser a mais apropriada, não apenas por utilizar conscientização e reflexão, mas também pelo fato de a organização dos conteúdos e das ações ter como ponto de partida os conhecimentos trazidos pelos aprendizes – e, ao mesmo tempo, agentes de processos de aprendizagem – e o contexto de cada grupo. Assim, a problematização, a práxis e o diálogo apresentam-se, nas práticas de saúde, como caminhos capazes de contribuir com a estratégia de promoção da saúde que conforme a Carta de Ottawa expõem-seem cinco eixos de ação para a promoção da saúde, quais sejam: construção de políticas públicas saudáveis, criando ambientes favoráveis a saúde, reforço da ação comunitária, desenvolvimento de habilidades pessoais e reorientação dos serviços de saúde.INDICADORES/VARIÁVEIS/COLETA DE DADOS: OBSERVAÇÕES/AVALIAÇÃO/MONITORAMENTOA prática educativa realizada permitiu a dialogicidade e conduziu à reflexão acerca da sexualidade. Desta forma, a dialogicidade que permeou o debate da temática sexualidade com essas mulheres permitiu que desatassem as amarras do preconceito relativo à sexualidade no envelhecimento, bem como edificou a construção do conceito ampliado da temática.A utilização do percurso metodológico de Freire proporcionou as idosas a oportunidade de, por intermédio da dialogicidade, perceber sua situação-limite, olhar criticamente para sua realidade, e ir ao encontro da sua emancipação dentro da temática.

O envelhecimento populacional, sua feminização e as questões relativas à sexualidade nessa fase vital são realidades que fazem com que a promoção da qualidade de vida nesse processo seja um desafio a ser vencido. Observa-se a necessidade de visualizar a mulher idosa de maneira aprofundada, sem pré-conceitos, para assim, proporcionar e adequar práticas educativas tão importantes para essa população. As práticas educativas em saúde possibilitam a criticidade para o alcance da qualidade de vida, sobretudo quando alicerçadas em bases teórico-metodológicas que conduzem ao empoderamento[1] das pessoas. Para isso, prescindem articular-se ao paradigma emergente de educação e saúde que refuta a transmissão de saberes e sua alienação, sugerindo como recurso viável a adoção de postura dialógica no percurso de seu desenvolvimento. A superação do então modelo tradicional de educação – pautado na transmissão passiva de conteúdos – se dará na medida em que se reconhece os educandos como partícipes na construção de seus conhecimentos que se estruturam a partir de suas vidas e das realidades em que estão inseridos. Tal perspectiva, portanto, permite a introdução do diálogo entre o indivíduo/grupo e o educador, com resgate dos problemas do cotidiano e pautado na reflexão crítica. Assim, vislumbrando atentar para os aspectos pedagógicos das práticas educativas voltadas para as mulheres idosas, busca-se inovação por meio do diálogo, no sentido de promover a autonomia.[1] Do inglês “Empowerment”: Conscientização

SUGESTÕES DE APLICABILIDADE/IMPACTOS: As abordagens, definidas como dialógicas e emancipatórias, contribuem para a sedimentação do aprendizado dos sujeitos e estimula o pensamento crítico-reflexivo, gerando um conhecimento mais dinâmico, em função da possibilidade de interação entre a teoria abordada com a experiência prática e a busca ativa de estudos, relatos e vivências. Freire referia à seguinte concepção: Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade da libertação? (FREIRE, 2011b). Então exprimi- se a necessidade de levar a dialogicidade aos oprimidos – nesse caso, as mulheres idosas – para permitir sua libertação.O dialogo permitiu revelar que as ações educativas desenvolvidas com aplicação da metodologialibertadora, entremulheres idosas, foi capaz de proporcionar o desvelamento crítico e empoderamento das mulheres, de forma a alcançar o objetivo da libertação. Assim, é possível afirmar ainda, que avaliar a construção de saberes através de abordagem dialógica é de grande valia, uma vez que foi capaz de desvelar criticamente e, portanto, emancipar saberes das idosas participantes desse gruponas temáticas apresentadas. Estudos que apontam práticas educativas dialógicas com avaliação permeadas pela formação da consciência crítica e libertação dos educandos ainda são incipientes na literatura, sendo necessário que novos estudos sejam realizados.

Principal

Daysi Mara Murio Ribeiro Rodrigues

A prática foi aplicada em

Maria Helena

Paraná

Sul

Esta prática está vinculada a

Instituição

Av. Paraná, s/n

Uma organização do tipo

Outra

Foi cadastrada por

Daysi Mara Murio Ribeiro Rodrigues

Conta vinculada

A prática foi cadastrada em

04 dez 2015

e atualizada em

14 set 2023

Início da Execução

Fim da Execução

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

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