ATIVIDADE AQUÁTICA, ESTRATÉGIA NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM TEA DENTRO DA REDE DE SAUDE MENTAL

As atividades aquáticas são uma abordagem terapêutica eficaz para o desenvolvimento infantil, estimulando habilidades motoras, sensoriais e sociais. No caso de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), caracterizado por desafios na comunicação, interação social e sensibilidade sensorial, a água oferece um ambiente lúdico e acolhedor, auxiliando na regulação emocional e na adaptação a novos estímulos. Portanto, esse projeto busca avaliar os impactos da atividade aquática no desenvolvimento de crianças assistidas pela saúde mental de Queimadas-PB. Inicialmente voltado para crianças de 0 a 4 anos e posteriormente ampliado para outras faixas etárias, visando potencializar seus benefícios. A metodologia inclui a seleção de crianças acompanhadas pela rede de saúde mental, triagem com critérios específicos e autorização dos responsáveis. Antes das atividades, foram realizadas avaliações físicas para garantir a segurança dessas crianças, sendo essas atividades ocorridas no Centro de Fisioterapia do município, devido à falta de piscina no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Embora a maioria das crianças diagnosticadas com TEA compartilhem características semelhantes, a definição de critérios é essencial para assegurar que todas se beneficiem da intervenção de maneira eficaz. Com essa abordagem, o projeto busca promover inclusão, desenvolvimento e qualidade de vida para crianças com TEA, consolidando a atividade aquática como uma estratégia terapêutica eficaz.
O objetivo do projeto é avaliar a atividade aquática como uma ferramenta para promover o desenvolvimento motor, cognitivo e social de crianças portadora de TEA.

A metodologia adotada neste estudo é de caráter descritivo, do tipo relato de experiência, e foi desenvolvida no primeiro semestre do ano de 2024 no município de Queimadas-PB, com continuidade até os dias atuais. O projeto foi idealizado e executado por um Educador Físico, com apoio da coordenadora de saúde mental, um fisioterapeuta e uma enfermeira. O projeto foi implementado seguindo uma série de etapas bem definidas. Inicialmente, foi realizado um levantamento das crianças atendidas pela rede de saúde mental do município que se enquadravam no perfil para participar das atividades aquáticas, os critérios utilizados foram de crianças não verbais, com sensibilidade ao toque e dificuldade de interação. Em seguida foi realizada uma reunião com os profissionais e responsáveis para a apresentação da proposta do projeto Após a apresentação, e com o consentimento dos responsáveis, foi agendado uma consulta com a enfermeira, onde a criança e o responsável passaram por uma avaliação, já que ambos participam da atividade juntos, a qual incluiu uma anamnese detalhada e inspeção de pele, com o objetivo de identificar possíveis lesões ou condições que contraindicassem a participação nas atividades, como micoses ou infeções. Com as avaliações concluídas e os protocolos de segurança e higiene estabelecidos, as atividades aquáticas foram iniciadas, com foco no desenvolvimento físico, motor e sensorial das crianças. Dentre as atividades realizadas, destacam-se: Flutuação assistida, Mergulho lúdico, Atividades com boias e pranchas e saltos na água.

O estudo evidenciou progressos consideráveis nas crianças participantes, abrangendo diversas áreas do desenvolvimento físico, cognitivo e social. As principais melhorias foram observadas no domínio físico, com avanços significativos na postura, resistência, força, equilíbrio e flexibilidade. Houve também uma notável melhoria na coordenação motora e no desempenho em atividades cotidianas, o que favoreceu a autonomia e a independência das crianças. No campo cognitivo, notou-se um aprimoramento da atenção, foco e da capacidade de compreender e seguir comandos simples. Além disso, foi possível observar que as crianças apresentaram avanços importantes em suas habilidades sociais, demonstrando maior facilidade para interagir com outras crianças e profissionais, o que contribuiu para um ambiente mais colaborativo e harmonioso. Ou seja, as atividades aquáticas, por sua vez, proporcionaram benefícios fisiológicos relevantes, como a melhoria na capacidade respiratória, na circulação sanguínea e no bem-estar geral. Esses fatores, combinados, contribuíram para um aumento significativo na qualidade de vida das crianças, promovendo um estado de saúde mais equilibrado e um maior conforto físico e emocional. Dessa forma, evidencia-se que esses resultados destacam a importância das intervenções propostas, que não apenas favoreceram o desenvolvimento físico e motor, mas também fortaleceram as capacidades cognitivas e sociais das crianças, demonstrando o impacto positivo de atividades integradas no bem-estar geral.

Planejamento e Estruturação do Projeto definição de objetivos claros, Determine as metas terapêuticas do projeto (desenvolvimento motor, social e cognitivo). Montagem de uma equipe multidisciplinar: Inclua profissionais como educadores físicos, fisioterapeutas, enfermeiros e psicólogos para um acompanhamento completo. Parcerias institucionais: busque apoio de órgãos municipais de saúde, ONGs e instituições acadêmicas para viabilizar recursos e ampliar o alcance do projeto. Espaço adequado: Se não houver piscina no CAPS ou outra unidade de saúde, busque alternativas em centros de fisioterapia, clubes ou academias. Seleção e Preparação dos Participantes Critérios de inclusão: Estabeleça critérios claros para selecionar as crianças, considerando níveis de sensibilidade ao toque, dificuldades de interação e comunicação. Avaliação inicial: Realize exames médicos para garantir a segurança, incluindo inspeção de pele para evitar infecções. Envolvimento dos responsáveis: Apresente o projeto às famílias, esclarecendo benefícios e garantindo seu comprometimento na participação ativa das atividades. Metodologia das Atividades Adaptação ao perfil das crianças: Personalize as atividades conforme as necessidades individuais, respeitando sensibilidades sensoriais e limitações motoras. Uso de materiais lúdicos: Utilize boias, pranchas e brinquedos aquáticos para tornar a experiência mais envolvente e estimulante. Monitoramento contínuo: Registre a evolução das crianças para ajustes na abordagem, garantindo melhores resultados. Benefícios Expansão
Registro e divulgação dos resultados: Compartilhe os impactos positivos do projeto por meio de relatórios e eventos, incentivando novas iniciativas. Capacitação da equipe: Promova treinamentos contínuos para os profissionais envolvidos, garantindo atualização e aperfeiçoamento das práticas. Ampliação do projeto: Com base nos resultados positivos, busque expandir a faixa etária atendida e incluir novas atividades complementares.

autor Principal

ANDERSON RAMON DA SILVA PEREIRA

pe*******@yahoo.com.br

EDUCADOR FISICO

Coautores

ANDERSON RAMON DA SILVA PEREIRA, KAROLAYNE SABINO DE ARRUDA, RACHELL DE FARIAS, ARTHUR CELLYS TAVARES DA SILVA, LIVIA MARIA TAVARES MIRANDA, JULIANA FREIRE TAVARES DA SILVA, ESTEFANI DE FATIMA ALVES DA SILVA, RAIANE MARIA MACEDO CALAFANGE

A prática foi aplicada em

Queimadas

Paraíba

Nordeste

Esta prática está vinculada a

RUA EUZEBIO FERREIRA DANTAS- QUEIMADAS PB

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

ANDERSON RAMON DA SILVA PEREIRA

Conta vinculada

01 abr 2025

CADASTRO

01 abr 2025

ATUALIZAÇÃO

01 abr 2024

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