O projeto de assistência domiciliar aos pacientes com mobilidade reduzida e com diagnósticos HIV foi planejado pela equipe do Centro de Referência em IST/Aids, hepatites virais e violência (CR IST) do município de Vila Velha tendo em vista o crescente número de absenteísmos de tratamento neste público. Conforme relato dos familiares desses pacientes o principal motivo para este abandono estava relacionado a dificuldade em trazer o paciente até o serviço de saúde (acessibilidade do local de moradia, transporte adequado entre outros).
A equipe identificou os pacientes em absenteísmo de tratamento por meio de realização de busca ativa em prontuário, um trabalho de sensibilização.Após análise dos prontuários os pacientes identificados com menos de duas consultas médicas e duas coletas de exames (CD4/CV e rotina) por ano é marcado uma visita domiciliar para avaliação clinica e social do paciente. Nos casos das PVHIV com mobilidade reduzida em absenteísmos no tratamento é ofertado o serviço de assistência em domicílio para o cuidado integral em relação ao tratamento de HIV realizado pela equipe multiprofissional do CR Vila Velha, a saber: enfermeiro, técnico de enfermagem, psicóloga, assistente social e médico.
Ao analisar a presente prática consideramos como uma estratégia exitosa possível de ser aplicada em outro ponte de atenção as PVHA, tendo em vista a melhora na adesão ao tratamento da maioria das pessoas que vivem com HIV com mobilidade reduzida por sequela da infecção ou doenças oportunistas características de PVHIV. Em relação ao único óbito que ocorreu neste período foi possível concluir que mesmo a causa morte ter sido adversa ao HIV, mas potencializada pela infecção, acreditamos que o paciente fosse acompanhado pela assistência domiciliar anteriormente poderia ter proporcionado uma qualidade de vida maior ao paciente.
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