Observar qual o nível de aceitação e adesão do uso dos preservativos feminino e masculino, pelas profissionais do sexo do bairro Boa Vista, em Augustinópolis (TO). A aplicação do instrumento de coleta de dados foi realizada no local selecionado, levando-se em consideração o absoluto sigilo das informações, que são exclusivamente para fins da pesquisa e com a concordância das pesquisadas, através da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi realizado tendo como população-alvo 18 profissionais do sexo de uma casa de prostituição do município de Augustinópolis (TO), com uma amostragem de 100%.
Na saúde pública, doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas problemas encontrados em todo o mundo, sendo classificadas como uma das cinco causas principais de procura por um serviço de saúde. No Brasil ocorrem cerca de 12 milhões de casos de DST ao ano. Acredita-se que cerca de 70% das pessoas com alguma DST procuram tratamentos alternativos ou atendimentos em farmácias, mascarando, com isso, uma real situação epidemiológica. Aliado a isso a, houve uma mudança em relação à visão da AIDS, atingindo vários grupos populacionais ao longo da sua história, inúmeros grupos apresentaram a patologia ao longo do tempo. As mudanças ocorridas alteraram comportamentos ou provocaram mudanças em determinadas situações que diminuíram a fragilidade das pessoas quanto à exposição a fatores de risco para a mesma, como: comportamento sexual, o uso de drogas injetáveis ou situações como a transfusão de sangue e acidentes com materiais biológicos contaminados. Entre as mulheres, ocorreu um aumento significativo da epidemia, se acrescendo a população de baixa renda e tendendo a um direcionamento às cidades de médio porte. Neste contexto, as profissionais do sexo estão enquadradas em um grupo onde se percebe um risco maior para adquirirem uma DST devido à exclusão social, agravado pela não participação de grupos sociais, o que as leva a não receberem informações importantes. (OLTRAMARI).
Como sugestão para novas ações, e tendo como parâmetro a aceitação pelo público alvo e resultados obtidos, propomos atividades informativas para essa população alvo, em relação ao uso dos preservativos masculinos e femininos, visando à proteção e prevenção contra as DST/HIV/Aids, sobretudo nos seus ambientes de trabalho, com parceiros e clientes. A falta de conhecimento, ainda é um fator de entrave, que requer atenção e soluções rápidas, para uma melhor qualidade na prestação dos serviços aos usuários do SUS, o que emperra em muitos casos qualquer tentativa de mudança de atitude que fomente o autocuidado. Falar sobre doença nunca foi e nem será fácil. E quando a temática é a vida intima das pessoas, e o que elas fazem entre quatro paredes, a dificuldade ainda é maior. Portanto, o adoecer ou o risco do adoecimento sob a ótica do descuido é algo que assusta e inibe, causando uma certa timidez no relato da intimidade, porque ninguém admite fazer coisa errada na cama. O trabalho realizado, foi além, foi na escuta, na observação das reações, nos risos envergonhados, nos cochichos, para obter as respostas mais reveladoras e verdadeiras. Foi na sensibilidade que se optou buscar as respostas, e foi nas respostas que a mudança de atitude em relação à prevenção as DST/HIV/Aids, foi se desenhando.
Rua das Mangueiras, 281, Augustinópolis - TO, Brasil
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