Apresentação/introdução: o autismo no decurso do tempo teve sua história marcada por vários conceitos e nomenclaturas. Entretanto, atualmente é utilizada a seguinte terminologia: transtorno do espectro do autista (TEA), que é caracterizado por um distúrbio do neurodesenvolvimento apresentando um comprometimento funcional, evidenciando déficits na interação social e na comunicação, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados. Este diagnostico traz uma dinâmica nova para a rotina de todos os membros da família, pois, os cuidados e a dependência em relação aos pais são intensificadas em comparação aos filhos sem deficiência. Nessa perspectiva, a gestão de saúde do município de Sumé foi procurada para acolher um grupo de mães com filhos autistas, já neste primeiro momento ficou claro a necessidade de acolhimento não só das demandas trazidas pelas mesmas, mais da própria dor de cada família representada nas falas das genitoras. Desde então, do primeiro encontro em 31 de agosto de 2021, a gestão tem encontros periódicos com as mães e as crianças, em unidades básicas de saúde, ginásios esportivos, serviços da assistência social. Pois a tríade de assistência ao munícipe sumeense acredita que o cuidado é ofertado em todos os seguimentos públicos passiveis de acolhimento, seja ele na saúde, educação ou assistência social.
A dificuldade de visibilidade de grupos minoritário e fragilizados por questões históricas, socioculturais e econômicas, assim, constitui-se o espaço institucional de falas para as mães do grupo TEA, esta foi a estratégia de enfrentamento que a gestão de saúde do município de Sumé encontrou para assistir tanto as crianças como as mães e consequentemente as famílias. Compreendendo ainda a importância e necessidade de envolver os seguimentos da educação e assistência social, já que a segregação acontece em todos os ambientes institucionais e sociais, bem como no próprio seio da família. Portanto, de modo geral ocorre uma situação de impacto e transformações nas vidas dos envolvidos, e é necessário rever os planos e as expectativas para o futuro da criança e dos pais. A família é o principal elo entre a criança e o mundo, sendo a partir dessa conexão que suas relações serão definidas e desenvolvidas, pois as vivências é que definirão as formas de interação social. No caso da criança autista, a família torna-se muito mais importante e essa interação necessita ser melhor estudada e equilibrada para garantir o desenvolvimento dessa criança de forma qualitativa no mundo real, na sociedade civil.
Este movimento empoderou a gestão, trabalhadores e comunidade para organização da rede da pessoa com deficiência, destacando o fluxo da referência e contra referência dos serviços tanto da rede municipal como da referenciada, na otimização dos dados epidemiológicos e do setor de controle e avaliação dos sistemas de saúde. A cada encontro a motivação gerada no primeiro dia foi renovada, pois como qualquer grupo de pessoas com necessidades diferenciadas e com o desenvolvimento das crianças em crescente evolução, o planejamento das ações específicas foram construídas baseadas nas necessidades identificadas tanto pelas famílias, profissionais envolvidos nos atendimentos clínicos, professores e trabalhadores da assistência social. Portanto, de modo geral ocorre uma situação de impacto e transformações nas vidas dos envolvidos, onde é necessário rever os planos e as expectativas para o futuro da criança dos pais e dos trabalhadores. Já que a família é o principal elo entre a criança e o mundo, sendo a partir dessa conexão que suas relações serão definidas e desenvolvidas, pois as vivências é que definirão as formas de interação social.
Sumé, PB, Brasil
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