Abordagem quântica, restaurativa, integrativa e sistêmica (AQRIS): uma síntese transdisciplinar do cuidado em saúde e consciência

Abordagem Quântica, Restaurativa, Integrativa e Sistêmica (AQRIS): Uma Síntese Transdisciplinar do Cuidado em Saúde e Consciência

Diego da Rosa Leal
Enfermeiro, terapeuta sistêmico, Coordenador do NPICS Brasil, Facilitador de práticas integrativas no SUS e no CEJUSC. COREN ID 98607.

Resumo
Este artigo apresenta a metodologia autoral da Abordagem Quântica, Restaurativa, Integrativa e Sistêmica (AQRIS), desenvolvida ao longo de práticas clínicas, terapêuticas e comunitárias. Fundamentada em referenciais do Reiki, toque quântico, constelações sistêmicas, medicina energética e autores clássicos e contemporâneos tanto do Oriente quanto do Ocidente, a AQRIS articula ciência, espiritualidade e justiça restaurativa em um modelo inovador de cuidado em saúde. A técnica é descrita como um campo de consciência relacional e fenomenológico que promove equilíbrio energético, reparação simbólica e restauração da ordem sistêmica.

1. Introdução
O presente artigo apresenta a Abordagem Quântica, Restaurativa, Integrativa e Sistêmica (AQRIS), uma metodologia autoral desenvolvida ao longo de quase duas décadas de práticas em saúde, espiritualidade e justiça social. Esta técnica nasceu da confluência entre vivências pessoais profundas, atuação profissional no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Poder Judiciário brasileiro, especialmente junto ao CEJUSC da Comarca de Santa Cruz Cabrália (Bahia), e formação em diferentes tradições de cura, tanto do Ocidente quanto do Oriente.
A AQRIS emerge como resposta concreta ao sofrimento humano crônico, invisível e multifatorial — aquele que se manifesta nos corpos, nas relações e nos sistemas familiares e sociais de forma repetitiva, transgeracional e aparentemente sem solução pelas vias convencionais. Por isso, a técnica integra saberes ancestrais e contemporâneos, ciência e espiritualidade, saúde mental e justiça restaurativa, promovendo uma escuta fenomenológica e energética das histórias humanas.
Este trabalho é fruto de um percurso marcado pela espiritualidade cristã restauradora, pela ética do cuidado e por uma compreensão sistêmica e vibracional da vida. Com base em três mestrados em Reiki e ampla formação nas terapias integrativas, o autor expandiu sua atuação como enfermeiro, terapeuta, professor e articulador comunitário, desenvolvendo uma abordagem que unifica práticas como imposição de mãos, constelação familiar, florais de Bach, meditação, física quântica aplicada e leitura do campo energético.
O conceito de “cura”, nesta abordagem, transcende a eliminação de sintomas. Ele passa a ser compreendido como um processo de reconexão com a ordem do amor, com o pertencimento ao sistema familiar e com os propósitos da alma — em sintonia com o campo quântico de possibilidades, conforme proposto por autores como Barbara Brennan, Richard Gordon, Bert Hellinger, Gregg Braden e muitos outros.
A proposta deste artigo é, portanto, apresentar a AQRIS como uma tecnologia leve de cuidado, aberta ao diálogo com o SUS, com as práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), com o campo da justiça restaurativa, com os saberes da espiritualidade oriental e com os fundamentos da física quântica contemporânea. A técnica vem sendo aplicada com resultados significativos em contextos como o ambulatório Terra Máter (Extensão CEJUSC), nas práticas comunitárias com povos tradicionais, em escolas, fóruns, unidades básicas de saúde e iniciativas voluntárias vinculadas ao NPICS Brasil.
O momento atual da humanidade — marcado por crises éticas, ecológicas, subjetivas e relacionais — demanda abordagens que unam lucidez, compaixão, ciência e espiritualidade. A AQRIS é uma resposta a esse chamado.

2. Fundamentação Teórica
A Abordagem Quântica, Restaurativa, Integrativa e Sistêmica (AQRIS) nasce da confluência de diferentes escolas do saber, que dialogam entre si por meio do campo da consciência e da energia sutil. Seus fundamentos se organizam em quatro eixos que, embora distintos, operam de maneira integrada na prática: quântico, restaurativo, integrativo e sistêmico.

2.1 Pilar Quântico – Energia, Campo e Vibração
A dimensão quântica da AQRIS reconhece que todo ser humano está inserido em um campo de energia sutil, interligado ao todo. A cura é compreendida como um fenômeno de ressonância, onde o campo vibracional do terapeuta pode interagir com o campo do paciente, promovendo ajustes, desbloqueios e realinhamentos.
Barbara Brennan, em Mãos de Luz, descreve com precisão científica os corpos sutis e o sistema energético humano, baseado em sua experiência como ex-cientista da NASA e clarividente. Sua abordagem fundamenta o mapeamento do campo áurico e a leitura energética no toque terapêutico.
Richard Gordon, criador do Toque Quântico, desenvolveu técnicas de respiração, visualização e imposição de mãos que ativam a força vital (prana/chi) a partir da intenção focada e da amplificação do campo do coração.
Bruce Lipton, com A Biologia da Crença, demonstrou que crenças podem alterar a expressão genética e o funcionamento celular, reforçando a tese de que o pensamento e a emoção atuam como frequências vibracionais no corpo.
Gregg Braden, em O Efeito Isaías e O Código de Deus, propõe uma reconexão entre ciência e espiritualidade, mostrando que o DNA responde ao ambiente vibracional.
Fritjof Capra, em O Tao da Física, integra a física moderna com as cosmologias orientais, demonstrando que a realidade é uma rede de inter-relações em constante movimento.

2.2 Pilar Restaurativo – Reconciliação e Justiça Sistêmica
No campo restaurativo, a AQRIS se alinha aos princípios da justiça restaurativa, à reconciliação das partes em conflito e à escuta empática dos sistemas familiares e sociais. A cura se dá também na reintegração simbólica do excluído, do não-dito, da dor transgeracional.
Bert Hellinger, criador da Constelação Familiar, introduziu o conceito das Ordens do Amor: pertencimento, hierarquia e equilíbrio. Sua contribuição foi decisiva para reconhecer os emaranhamentos invisíveis que produzem repetições de sofrimento nos sistemas humanos.
Joan Garriga, com O Amor que nos Faz Bem, aprofundou a pedagogia sistêmica do afeto, reconhecendo os vínculos que libertam e os que aprisionam.
Jan Jacob Stam e Carola Castillo desenvolveram formas de constelação voltadas ao campo organizacional, político e social — hoje aplicadas, inclusive, em fóruns e tribunais.
No campo do SUS e da atenção psicossocial, o trabalho de Adalberto Barreto com a Terapia Comunitária Integrativa propõe a escuta do sofrimento coletivo com base em vínculos e circularidade, o que converge com os fundamentos da justiça restaurativa.

2.3 Pilar Integrativo – Saberes e Práticas Complementares
A dimensão integrativa busca acolher os diversos saberes terapêuticos que contribuem para o cuidado integral do ser. A AQRIS reúne práticas validadas no SUS (PICS) e saberes tradicionais ancestrais, respeitando sua origem cultural e seu campo espiritual.
Reiki, com seus três mestrados vividos pelo autor, constitui a base energética e espiritual da prática, fundamentada nos princípios do Mestre Mikao Usui: só por hoje, seja grato, seja bondoso, trabalhe com dedicação, viva com serenidade.
Florais de Bach, utilizados como moduladores vibracionais, restauram a harmonia emocional e espiritual.
Medicina Tradicional Chinesa (MTC), através da auriculoterapia e do shiatsu, auxilia no desbloqueio dos meridianos energéticos.
Medicina Ayurveda, com foco na alimentação, nos ritmos da natureza e nos doshas, complementa o cuidado integral com o corpo e a alma.
Meditação guiada, práticas de silêncio e respiração consciente são fundamentos da reconexão interior.

2.4 Pilar Sistêmico – Relações, Pertencimento e Fenomenologia
O olhar sistêmico da AQRIS reconhece que cada indivíduo é parte de um sistema familiar, cultural e espiritual mais amplo. As dores individuais, muitas vezes, são expressões de desordens coletivas.
O trabalho fenomenológico do campo, como ensinado por Hellinger, é continuado por práticas de observação silenciosa e escuta da alma, favorecendo o surgimento espontâneo de imagens e movimentos restauradores.
A espiritualidade cristã está presente na técnica como base de valores éticos, compaixão, entrega e serviço.
A técnica reconhece que “o sintoma é uma mensagem de amor deslocada”, como dizia Hellinger, e trabalha para restabelecer a ordem invisível que permite a vida fluir.
A constelação organizacional, aplicada no contexto do CEJUSC, da gestão pública e de comunidades vulneráveis, amplia o campo de aplicação da AQRIS para além do consultório.

Autores do Oriente que fundamentam o campo vibracional e espiritual da AQRIS:
Lao Tzu (Tao Te Ching), sobre o fluxo e o não-agir (wu wei).
Paramahansa Yogananda, com sua visão sobre a energia crística universal.
Thich Nhat Hanh, pela atenção plena e a escuta profunda.
Sri Aurobindo, sobre a consciência supramental e a transformação do ser.
Masaru Emoto, sobre a memória vibracional da água como metáfora da consciência.
Tenzin Wangyal, com práticas de cura do budismo tibetano.
Deepak Chopra, como ponte entre Ayurveda e medicina moderna.
Dalai Lama, pela conexão entre compaixão e neurociência.
Ayya Khema, pela pedagogia meditativa voltada à liberdade interior.
Osho, com técnicas de desidentificação do ego e meditações ativas.

Autores ocidentais contemporâneos de base quântica e integrativa:
David Bohm, com a teoria do holomovimento.
Joe Dispenza, sobre neurociência, intenção e cura quântica.
Lynne McTaggart, com O Campo e experimentos sobre a intenção coletiva.
Caroline Myss, com seus mapas energéticos e arquétipos de cura.
Danah Zohar, pela inteligência espiritual nas organizações.
Ken Wilber, com sua Teoria Integral aplicada à saúde e ao desenvolvimento humano.
Rupert Sheldrake, com a teoria dos campos morfogenéticos.
Ervin László, com o campo akáshico e a ciência da consciência.

3. Descrição da Técnica AQRIS
A Abordagem Quântica, Restaurativa, Integrativa e Sistêmica (AQRIS) é uma metodologia viva, inspirada pelo campo da consciência, pelas práticas ancestrais e pelas necessidades emergentes dos contextos sociais e espirituais contemporâneos. Sua aplicação não segue um protocolo rígido, mas um fluxo terapêutico adaptável, guiado por princípios como escuta fenomenológica, intuição, sintonia vibracional, restauração simbólica e reconexão espiritual.
A seguir, descreve-se o modelo operativo da técnica, em seis fases interligadas:

3.1 Acolhimento Multidimensional
Todo encontro inicia-se com um momento de presença e abertura, em que se estabelece uma escuta empática e energética. Aqui são consideradas as dimensões:
Verbal: o que o cliente expressa em palavras.
Não verbal: posturas, expressões e sinais do corpo.
Sutil: percepções intuitivas do campo energético, sentimentos captados, sincronicidades, sonhos relatados, imagens internas.
Espiritual: intenções elevadas, presença de guias espirituais, registros de fé, orações e pedidos.
A escuta é feita “com o corpo inteiro”, como ensina Hellinger. O terapeuta é presença amorosa, sem julgamento, sem pressa de conduzir, permitindo que o campo revele aquilo que está pronto para emergir.

3.2 Leitura Energética e Diagnóstico Intuitivo
Após o acolhimento, realiza-se uma leitura energética. Isso pode ocorrer por meio da:
Percepção tátil durante a imposição de mãos (calor, frio, densidade, magnetismo).
Leitura intuitiva dos chakras e centros de força.
Avaliação do campo áurico conforme descrito por Barbara Brennan.
Observação do olhar, da respiração e do “peso” do corpo no espaço.
Uso de instrumentos sutis como florais, pêndulo, cristais ou imagens.
Essa etapa visa identificar bloqueios, rupturas, desequilíbrios, exclusões e padrões repetitivos vinculados ao campo familiar, ancestral ou espiritual.

3.3 Alinhamento Quântico
Com base na leitura energética, realiza-se o alinhamento quântico, que pode envolver:
Imposição de mãos com a técnica do Reiki, do Toque Quântico ou das escolas de cura energética que você domina.
Ativação de símbolos espirituais, mantras ou orações.
Harmonização dos chakras com respiração guiada.
Reconexão com arquétipos de cura, imagens de luz, guias espirituais ou figuras parentais significativas.
Uso de florais de Bach ou preparados vibracionais para reorganizar padrões emocionais.
Esse momento é silencioso, intuitivo, contemplativo — um espaço onde o invisível opera através do amor, da intenção e da entrega.

3.4 Escuta Fenomenológica Sistêmica
Com o campo ativado, surgem imagens, lembranças, emoções, frases interrompidas. Neste momento:
Podem ser realizadas constelações familiares (verbais, internas ou com objetos).
Pode-se utilizar a técnica da visualização sistêmica, conduzindo o cliente a observar, perdoar, incluir ou se afastar de determinados vínculos.
Acontece a verbalização de frases de cura sistêmica, inspiradas por Hellinger, que devolvem ao cliente o lugar que é dele no sistema.
Permite-se o choro, o silêncio, a reação espontânea. Tudo é respeitado como movimento da alma.

3.5 Restauração e Reconexão
Nesta fase ocorre a integração do que foi revelado e transformado:
Sugere-se uma prática espiritual ou energética para continuar o processo em casa (oração, banho de ervas, silêncio, carta, meditação).
Pode-se recomendar o uso de florais por determinado período.
Em casos de constelação, o cliente pode ser orientado a “esperar” 21 dias para observar os efeitos no campo.
Utiliza-se a “frase de ancoragem”, um resumo do que foi curado, a ser repetido como forma de selar a nova frequência.

3.6 Registro Sistêmico e Encaminhamentos
Por fim, a sessão é registrada de forma sistêmica e clínica, conforme o perfil do profissional:
Pode ser feito um registro evolutivo de enfermagem, com linguagem técnica, caso esteja vinculado ao SUS ou a serviços públicos.
Pode-se arquivar relatórios terapêuticos em prontuário eletrônico, como os do NPICS Terra Máter e do CEJUSC, para integração com redes de apoio.
Quando necessário, há encaminhamento para outros profissionais: psicólogos, médicos, líderes religiosos, equipes multidisciplinares.

Características Distintivas da Técnica AQRIS:
Elemento
Detalhes
Base filosófica
Fenomenologia, espiritualidade cristã, física quântica, ciência sistêmica
Ferramentas principais
Reiki, toque quântico, constelação, florais, meditação, imposição de mãos
Campo de atuação
Clínico, comunitário, institucional, educacional, espiritual
Objetivo terapêutico
Restauração da ordem, equilíbrio energético, inclusão sistêmica, paz interior
Papel do terapeuta
Facilitador do campo, presença amorosa, condutor espiritual

4. Aplicações Práticas no SUS, CEJUSC e Comunidades
A técnica AQRIS, por sua natureza interdimensional e adaptável, vem sendo aplicada com êxito em diversos contextos, especialmente aqueles marcados por sofrimento psíquico, exclusão social, violência simbólica, desorganização familiar ou espiritualidade ferida. Os campos de atuação em que ela se consolida mostram sua eficácia como tecnologia leve, de baixo custo e alto impacto, em especial quando associada às políticas públicas de saúde, assistência e justiça.

4.1 No Sistema Único de Saúde (SUS)
A Abordagem Quântica, Restaurativa, Integrativa e Sistêmica está alinhada às diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e vem sendo aplicada nos seguintes contextos:
Nas unidades de saúde da família (USF), por meio de escuta terapêutica, imposição de mãos, florais e constelações pontuais realizadas durante grupos ou atendimentos individuais;
No Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), especialmente no período de 2019 a 2022, no projeto de cuidado dos cuidadores e na prevenção de síndromes como Burnout, ansiedade e depressão;
Em atendimentos a povos tradicionais, como aldeias indígenas e comunidades de terreiro, sempre respeitando a cosmovisão local e integrando saberes ancestrais à escuta terapêutica.
A técnica tem se mostrado útil também em acolhimentos de demanda espontânea, como suporte ao luto, à violência doméstica, aos conflitos familiares e aos quadros de sofrimento existencial. Com a abertura dos protocolos do SUS às PICS, a AQRIS encontra legitimidade e eficácia, especialmente quando associada a práticas de meditação, reiki, auriculoterapia, arteterapia e constelações familiares.

4.2 No CEJUSC – Justiça Restaurativa e Saúde Sistêmica
Desde 2017, a técnica AQRIS tem sido aplicada em articulação com o CEJUSC da Comarca de Santa Cruz Cabrália, sob orientação da Juíza Tarcizia Fonseca, em parceria com o Fórum, o NPICS e a Prefeitura Municipal. As ações incluem:
Acompanhamento terapêutico de casos judiciais envolvendo conflitos familiares, violência doméstica, alienação parental e medidas protetivas;
Sessões de constelação sistêmica integradas à justiça restaurativa, permitindo que as partes se vejam além do conflito, em seus contextos familiares e espirituais;
Relatórios terapêuticos sistematizados com linguagem técnica e sensível, entregues à magistratura como subsídio ampliado para a tomada de decisão judicial;
Ambulatório de Especialidades Terra Máter (Extensão CEJUSC), como campo estruturado para acolhimento de pessoas em sofrimento, inclusive agressores em acompanhamento psicossocial.
Nesse contexto, a AQRIS fortalece os vínculos entre saúde e justiça, oferecendo um cuidado que não separa corpo, alma, família e território. Atua como ferramenta de pacificação, não apenas jurídica, mas espiritual.

4.3 Nas Comunidades e Ambientes Educativos
A técnica AQRIS também tem sido implementada de forma voluntária, pedagógica e espiritual nos seguintes espaços:
Escolas públicas e projetos educativos, promovendo vivências de constelação, meditação e reconexão familiar com crianças, adolescentes e educadores;
Instituições de acolhimento de idosos, como a Fundação Meu Lar, onde são realizadas práticas de toque terapêutico, escuta e fortalecimento de vínculos familiares;
ONGs e movimentos populares, através de mutirões de saúde quântica, círculos restaurativos, rodas de florais e educação popular em saúde;
Redes religiosas, como A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, através da integração entre espiritualidade cristã, genealogia e práticas de cura familiar.
A espiritualidade é sempre respeitada e integrada como parte essencial do processo terapêutico. Muitas vezes, a cura não é apenas física, mas envolve perdão, reconciliação, reaproximação com os pais, com Deus, com os antepassados.

4.4 Resultados Observados
Os principais efeitos relatados por quem vivencia a técnica AQRIS incluem:
Sensação de leveza, reconexão e paz interior;
Redução de dores físicas, insônia, ansiedade e sintomas psicossomáticos;
Reconciliação familiar e mudança de postura diante de conflitos;
Retorno à prática religiosa ou fortalecimento da fé;
Liberação emocional profunda, com choro, visões, sonhos reveladores;
Aproximação com memórias esquecidas, cura de traumas e inclusão de excluídos.
Muitos desses efeitos são registrados em relatórios técnicos, relatos orais, vídeos de práticas e documentos encaminhados aos órgãos parceiros, como o Fórum, a Secretaria de Saúde e o FamilySearch, onde os registros sagrados da trajetória terapêutica são arquivados com respeito e segurança.

5. Considerações Finais
A criação e consolidação da Abordagem Quântica, Restaurativa, Integrativa e Sistêmica (AQRIS) representa não apenas um método de cuidado, mas uma expressão de espiritualidade aplicada ao serviço da cura, da reconciliação e da restauração da dignidade humana. Em sua origem, ela nasce da escuta profunda aos campos invisíveis, da fidelidade às ordens do amor descritas por Hellinger, e da sensibilidade clínica e espiritual do enfermeiro e terapeuta que a canalizou: Diego da Rosa Leal.
Essa abordagem não pretende substituir as técnicas tradicionais, mas ampliar os horizontes de cuidado, integrando ciência, fé, tradição, intuição e sensibilidade em uma proposta terapêutica compatível com os desafios contemporâneos da saúde pública, da justiça restaurativa e das espiritualidades encarnadas nas comunidades brasileiras.
Ao atuar com leveza, presença e amor, a AQRIS convida terapeutas, enfermeiros, juízes, professores, líderes religiosos e cuidadores em geral a reconhecerem a complexidade da dor humana e a se abrirem para os campos de cura que operam além do visível, mas que tocam, transformam e restauram a alma.
Este artigo é também um convite para que universidades, conselhos de classe, ministérios e gestores públicos reconheçam e estudem metodologias como essa — que nascem do chão, da escuta do povo e da relação viva entre ciência e espiritualidade.

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Agradecimentos
Ao Senhor Deus de Israel, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, fonte de toda luz, cura e revelação.
À Juíza da Comarca de Santa Cruz Cabrália, Tarcizia Fonseca, pelo respeito à escuta terapêutica e pela confiança nos saberes que nascem do campo da justiça e da alma.
À Prefeitura de Santa Cruz Cabrália e à rede de saúde pública que acolheu, desde 2017, as experiências do NPICS Brasil.
Ao CEJUSC Cabrália, ao Ambulatório Terra Máter e à rede de terapeutas voluntários que sustentam esse campo com amor, especialmente Vera Ruiz, Marialba Marthes, Susana Encina, Ieda Lima e os Senseis Energéticos e Quânticos do Npics Brasil.
Às Escrituras Sagradas, aos Profetas modernos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e a todos os ancestrais que tornaram possível esta missão.
Aos professores espirituais do Oriente e do Ocidente que nos legaram caminhos de cura além das palavras.

autor Principal

Diego da Rosa Leal

npicscabralia@gmail.com

Enfermeiro Terapeuta Sistêmico

Coautores

Diego da Rosa Leal

A prática foi aplicada em

Santa Cruz Cabrália

Bahia

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Forum Jutahy Fonseca, Santa Cruz Cabrália - BA, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Diego da Rosa Leal

Conta vinculada

01 jul 2025

CADASTRO

01 jul 2025

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

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