A utilização da metodologia ativa para construção dos instrumentos de gestão no SUS

No munícipio onde atuamos, oitenta por cento dos coordenadores de áreas técnicas iniciaram na gestão da saúde há poucos meses. Alguns realizando tomada de decisão sem conhecimento do problema. Quando não se conhece bem o problema, como fazer um projeto de intervenção para mudar a realidade? As fragilidades apontadas são comuns em vários municípios da Baixada Fluminense, em especial Belford Roxo, o qual a equipe de planejamento composta atualmente com 1 diretora de planejamento, 1 funcionária efetiva, equipe técnica, 1 administrativo resolveram colocar em pratica a utilização da Metodologia Ativa como ferramenta de envolvimento e estímulo a participação dos gestores e áreas técnica para construção dos instrumentos de Gestão. Feuerwerker e Lima (2002) durante o Seminário Internacional sobre Políticas de Recursos Humanos em Saúde, discutiram os paradigmas da formação de recursos humanos em saúde e indicaram que as metodologias ativas seria o referencial pedagógico apropriado para promover processos de formação. A metodologia ativa coloca o sujeito como ponto central do aprendizado, o importante é proporcionar aprendizagem significativa, centrada em conhecimentos, experiências e interesses imediato dos atores. Acreditando que a metodologia ativa é capaz de estimular o raciocínio lógico, a crítica reflexiva e a transformação de processos de trabalho de Gestores envolvidos, aplicamos em esfera municipal estratégias educacionais para construção dos principais instrumentos de planejamento no SUS, Plano Municipal de Saúde (PMS), programação Anual de Saúde (PAS), relatório quadrimestral, e relatório anual de gestão. A gestão envolve uma complexidade de conhecimentos e subsídios como politicas orientadoras de ação que devem levar a práticas de melhora da saúde de uma população, muitas vezes encontramos gestores que utilizam uma racionalidade tecnológica, ou um pensar que quase qualifica o ser humano em coisa, a intencionalidade é quebrar paradigmas, e fazer o gestor refletir, pensar, comunicar , trocar experiência e modificar ou produzir um trabalho em equipe, despertar nas pessoas envolvidas a vontade de curar, valorizar o desejo do usuário a levar em conta seu ambiente, e quando passar para a construção de ações e metas, que não fique realmente só no papel, mas que concretamente aconteçam, com controle e responsabilização. O usuário deve participar desta etapa de planejamento de ações, dar sua opinião, bem como o envolvimento do controle social que traz as falas de uma outra ótica, cabe a gestão municipal propiciar espaços com esses atores e área técnica, para elencar macroproblemas e o investir nas pessoas estratégicas de resolução e ações. Para desenvolvimento do processo de construção dos instrumentos de Gestão do SUS no município de Belford Roxo e condução da preparação dos documentos de forma permanente, durante o percurso do ano são realizadas atividades em grupo e assim trocamos experiências e vivenciamos a experiência deste relacionamento.

O planejamento em saúde foi recolocado na agenda do gestor na edição do Decreto n° 7.508, de 28 de junho de 2011, e da Lei complementar n° 141, de 13 de janeiro de 2012, em razão das inovações políticas, gestoras e assistenciais ali estabelecidas. Determinaram a necessidade de revisão normativa, de aprimoramento de estruturas instrumentais e de construção de novos processos e novas ferramentas de apoio ao planejamento no SUS. Sendo assim a construção dos instrumentos de Gestão no SUS é um grande desafio para os gestores, principalmente quando inicia uma nova gestão que necessitam vivenciar o cumprimento legal de prazos. A interação com os entes federativos e também a percepção complexidade da construção dos documentos que em sua essência devem expor uma realidade são demandas do Gestor no SUS. Sendo assim, como provocar a participação dos atores importantes para construção? E de forma participativa? Planejar, definir metas, estabelecer objetivos e programar ações representam como deveria ser o dia-a-dia dos gestores do setor público em saúde

Recomenda-se aos gestores municipais que a equipe de Planejamento e as demais áreas técnicas, estejam em constante processo de ensino-aprendizagem buscando novos saberes e conhecimentos para desta forma contribuir nas tomadas de decisão da gestão.

Principal

Marta Regina Gonçalves Tenório, Marcia Cristina Tenório Freire

martinhatenorio@outlook.com

Coautores

Marta Regina Gonçalves Tenório, Marcia Cristina Tenório Freire

A prática foi aplicada em

Belford Roxo

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Secretaria Municipal de Saúde de Belford Roxo (RJ)

Av. Benjamin Pinto Dias, 610 - Centro, Belford Roxo - RJ, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Marta Regina Gonçalves Tenório, Marcia Cristina Tenório Freire

Conta vinculada

02 jun 2023

CADASTRO

07 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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