A reativação efetiva das ações em saúde do PSE em Macapá (AP) no ano de 2022

O Programa Saúde na Escola visa contribuir para o pleno desenvolvimento dos estudantes da rede pública de ensino por meio do fortalecimento de ações que integram as áreas de Saúde e Educação no enfrentamento de vulnerabilidades vigentes no território. Entretanto, no ciclo correspondente aos anos de 2021-2022 observou-se a existência de variados entraves que dificultavam a sua aplicabilidade em campo, sendo os maios pertinentes: A evasão escolar e a intermitência de frequência por problemas de saúde, uma vez que, especificamente durante o período correspondente a pandemia ocasionada pelo COVID-19, houve também o crescimento exponencial da sobrecarga das equipes de saúde ao reproduzir seu papel profissional, fato esse que, teve como consequência, o enfraquecimento do propósito do programa nesse período, interferindo diretamente quanto à efetivação das atividades que tem como compromisso a execução da atenção, promoção e prevenção em saúde mediante 13 eixos temáticos propostos pelo decreto presidencial de nº 6.286/2007, como por exemplo: Imunização, saúde bucal, alimentação saudável dentre outros.

Criar estratégia com potencial agregador mediante aos déficits anteriormente citados, para assim, resgatar gradativamente os meios de produtividade do PSE através de um olhar humanizado e flexível as demandas de cada equipe atuante no território, levando em consideração as diretrizes de regionalidade, universalidade, equidade e integralidade intrínsecos ao SUS.

Como consequência das intervenções realizadas, alcançamos diversos avanços significativos:
• Estreitamento das Relações: A gestão conseguiu estreitar as relações com as equipes atuantes nas escolas, resultado da presença mais ativa da chefia da Divisão do Programa em campo. Essa proximidade gerou um aumento na motivação, credibilidade e percepção de gerenciamento efetivo do PSE, sendo bem recebida tanto pelos agentes de saúde quanto pelas escolas pactuadas.
• Colaboração Intersetorial: No último semestre, houve progresso na participação de outros departamentos no Grupo de Trabalho Intersetorial (GTIM). Realizaram-se treinamentos voltados para o preenchimento adequado da ficha de notificação de violência (Eixos 4 e 5) e imunização (Eixo 8). Além disso, houve envolvimento no comitê técnico para a construção do plano operacional LGBT em Macapá (Eixo 11) e capacitações para o uso da escala de Snellen (Eixo 12), facilitando o acesso a consultas oftalmológicas no Centro Especializado em Reabilitação (CER) em Macapá.
• Aumento da Atuação das Equipes: Observou-se um crescimento significativo no número de equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) atuantes em campo, passando de 38,47% no primeiro quadrimestre para 71,72% até o final de 2022 na zona urbana de Macapá.
• Expansão das Ações em Saúde: O número de ações em saúde executadas também aumentou, registrando um crescimento de 61,54% ao comparar os dados do primeiro e do quarto quadrimestres de 2022.
Esses resultados demonstram o impacto positivo das intervenções adotadas, refletindo em um melhor desempenho do PSE e em uma maior integração entre os diferentes setores envolvidos no atendimento à saúde nas escolas e na comunidade.

Apesar das complicações inerentes ao levantamento de informações, ao planejamento e à execução de intervenções, conseguimos observar, ao final, uma gradativa reconquista da essência do Programa Saúde na Escola (PSE). Um dos principais avanços foi a descentralização da responsabilidade das atividades, que antes recaía exclusivamente sobre as equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). Com isso, conseguimos distribuir os encargos indispensáveis entre os componentes do Grupo de Trabalho Intersetorial (GTIM), promovendo maior fluidez e eficácia nas atividades, e tornando-os agentes ativos no processo de execução do PSE. Essa abordagem integral é fundamental, pois, no contexto do PSE, a escola é vista não apenas como um espaço de ensino, mas como um dispositivo social de relação familiar e comunitária. Por isso, acreditamos que os municípios que aderirem ao Programa precisam reconhecer que a escola deve ser inserida na rede de Atenção Primária à Saúde (APS), compreendendo que a atenção à saúde do estudante não deve se limitar ao ambiente escolar. O território em que a escola está inserida é o grande espaço de produção de saúde, e o Sistema Único de Saúde (SUS) é mais abrangente do que muitos imaginam. Ele ultrapassa os limites físicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS), envolvendo a comunidade de maneira ampla e integral.

Principal

Samara Dos Santos Rabelo

Samara.rabeloieq@outlook.com

CHEFE DE DIVISÃO DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA- PSE

Coautores

SAMARA DOS SANTOS RABELO

A prática foi aplicada em

Macapá

Amapá

Norte

Esta prática está vinculada a

SEMSA Secretaria Municipal de Saúde de Macapá - Avenida Henrique Galucio - Central, Macapá - AP, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Monique Melo Gomes

Conta vinculada

03 set 2024

CADASTRO

03 set 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

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