A intervenção da emulti às gestantes no enfrentamento da mortalidade materno-infantil na ESF

Em 2023 devido ao aumento da taxa de mortalidade materno infantil no município do RJ, especialmente na área programática (AP) 5.1, criou-se um Gabinete de Crise de Enfrentamento da Mortalidade Materno Infantil que propôs estratégias de evitabilidade. Circunstancialmente, a equipe eMulti, matriciadora de duas clínicas da família, com 14 equipes de saúde da família, no bairro de Realengo, pactuaram com a ESF a estratégia de Rodas de Conversa sobre mortalidade materno-infantil com as gestantes e a sua rede de apoio.
Objetivo: Promover a reflexão a partir dos dados demográficos da mortalidade materno infantil e no coletivo junto às gestantes e sua rede de apoio estabelecer estratégias de enfrentamento. O enfrentamento da morte materna-infantil tornou-se ponto focal em todas a s reuniões gerais, técnicas e de equipe. Configurando-se o diagnóstico situacional entre outros com atenção máxima. Para promover a discussão foram realizadas rodas de conversa em duas clínicas da família localizadas no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro. Os encontros ocorreram trimestralmente em 2024. Retornando em janeiro de 2025. Os encontros foram mediados pelas profissionais da equipe eMulti: Assistente Social e Nutricionista, apoiadas pela fisioterapeuta. O público alvo das rodas de conversa inicialmente foram as gestantes vulneráveis acompanhadas em unidades de alto risco. Nos primeiros encontros dividimos a convocação limitada a 12 gestantes, no primeiro encontro participaram oito gestantes. No segundo, apenas uma participante. Diante da baixa adesão, sendo um dos desafios e após a aplicação da oficina sobre Saúde da População Negra, ampliou-se o público às gestantes beneficiárias do bolsa família, residentes em território social, pardas e negras. O marcador raça/cor é fundamental nessa intervenção, visto que as gestantes negras apresentam o maior índice de mortalidade. Durante a roda de conversa buscou-se expor dados demográficos sobre mortalidade da AP 5.1, os fatores de risco e a prevenção dos casos evitáveis. Para garantir a participação e adesão passou-se a utilizar a gestão de listas, na semana da realização das consultas, utiliza-se a lista de gestantes e, agendar as consultas e convocar nominalmente, então a participação aumentou, média de 25 gestantes por consulta coletiva e sua rede de apoio (os companheiros, mães, sogras e outro familiar).

A ocorrência do aumento da taxa de mortalidade materno infantil no município do RJ, especialmente na área programática (AP) 5.1, criou-se o gabinete de crise, que ocasionou na adoção de estratégias de prevenção e promoção do enfrentamento, evitabilidade da morte materna infantil e a obtenção da redução da taxa de morte materna, na AP 5.1.

O tema mortalidade materno-infantil não fazia parte das consultas coletivas de gestantes, no entanto, considerando a adesão às rodas de conversa, o tema foi inserido nas consultas, é o tema de abertura dos ciclos de consulta coletiva de gestantes. Sendo esse um dos resultados alcançados, bem como o aumento expressivo da participação das gestantes, em média 28,6 gestantes por encontro. A intervenção da Roda de Conversa sobre o Enfrentamento da morte materno-infantil às gestantes proporcionou a incorporação do tema às consultas coletivas, maior adesão aos encontros, aumento dos atendimentos ampliando as oportunidades para abordagem do enfrentamento da mortalidade materno infantil. Além da garantia dos atributos da APS, a coordenação do cuidado, as gestantes passam por avaliação do pré-natal, a observação aos sinais e sintomas de risco, as gestantes que apresentam queixas são direcionadas ao atendimento médico imediato. E nos casos necessários o chamamento de vaga zero. A adesão dos participantes aos grupos é um desafio, convocar nominalmente as gestantes, demonstrou-se uma excelente estratégia. Recebemos feed back positivos das gestantes. No 1º ciclo (16/01 à 13/03 de 2025) o grupo de consulta coletiva atingiu um número expressivo de 75 participantes no ciclo e 143 participantes nos 05 encontros. Fidelizamos 06 gestantes em todos os encontros. Para essas 06 fidelizadas será realizado um encontro de encerramento com a oferta da ultrassonografia natural, distribuição de kits de enxoval e diplomação.

A participação na co-gestão da unidade e das equipes da ESF, e a utilização das listas de gestão. A discussão sobre a temática do enfrentamento da morte materno-infantil nas reuniões de matriciamento, a elaboração de listas de gestantes de alto risco e/ou em vulnerabilidade, a realização de visitas domiciliares às gestantes em acompanhamentos de alto risco. A realização do acompanhamento da mãe e do bebê em domicílio. Monitoramento da lista de bebês de risco e agendamentos de consultas compartilhadas entre as equipes eMulti e Estratégia Saúde da Família.

Principal

Valdete Maria da Silva

val.artcapoeira@gmail.com

Assistente Social / eMulti

Coautores

Valdete Maria da Silva; Daniela Vieira Gouveia Rocha; Elizabete Trugilho Gonçalves; Daiana Costa da Silva e Roseane Lima dos Santos Alves

A prática foi aplicada em

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Clínica da Família Antônio Gonçalves da Silva - Estrada do Engenho Novo - Realengo, Rio de Janeiro - RJ, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Valdete Maria da Silva

Conta vinculada

24 mar 2025

CADASTRO

24 mar 2025

ATUALIZAÇÃO

16 abr 2024

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