o município de Tapejara localizado na região nordeste do Rio Grande do Sul, possui atualmente 912 propriedades rurais onde a principal forma de abastecimento de água é através de poços artesianos, são um total de 50 poços que abastecem cerca de 680 famílias. A água natural provida de poços artesianos, quando destinada para consumo humano, necessita seguir a Portaria de Consolidação nº5, de 28 de setembro de 2017 que prevê a necessidade de adição de cloro para desinfecção da água, o que gera resistência por parte dos usuários, por conta disso em 2017 constatou-se um percentual elevado de água contaminada no meio rural. Considerando a necessidade de toda população ter acesso à água em quantidade e qualidade adequada, o município realiza 11 análises mensais para verificar a qualidade da água consumida totalizando 132 amostras/ano. Assim, é possível verificar onde há necessidade de assistência para que a água atenda o padrão de potabilidade exigido pela legislação.
Garantir a qualidade da água para o consumo humano no meio rural de forma contínua através da promoção de palestras educativas sobre o tratamento adequado para desinfecção da água, sobre as doenças de veiculação hídrica bem como a correta limpeza dos o trabalho foi desenvolvido nas comunidades rurais em parceria com a Corsan e Emater, buscando abranger todas as famílias que utilizam a água de poços artesianos. Através de um cronograma de ações formou-se grupos abrangendo todas as comunidades convocando as diretorias dos poços artesianos e os demais membros. Foram organizados oito encontros, a Vigilância Ambiental em Saúde apresentou aos usuários as possíveis doenças transmitidas pela água, em seguida a Corsan enfatizou a importância do tratamento na eliminação de microrganismos patogênicos e por fim a Emater fez de modo prático a limpeza do reservatório orientando passo a passo a metodologia de limpeza segundo legislação vigente.
No ano de 2017 o percentual de análises com água contaminada foi de 18% de 137 amostras coletadas. Após os trabalhos desenvolvidos no meio rural entre o período de 2017/2018, pode-se observar uma melhora na qualidade de água consumida em 2018, sendo que apenas 6% do total das análises apresentou microrganismos patogênicos. A educação ambiental continuada em relação à qualidade de água e a participação da comunidade nas atividades desenvolvidas foram essenciais para a obtenção da melhora na qualidade de água, condizendo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.o tratamento adequado da água, a limpeza habitual dos reservatórios e o conhecimento sobre as doenças de veiculação hídrica, proporcionaram através da metodologia aplicada à educação ambiental em saúde, um entendimento coletivo de práticas e saberes que influenciaram na melhoria da qualidade de água consumida pela população que reside no meio rural.
Rua Pedro José Sitta, 174 – Centro- Tapejara - Rs