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1A Mostra de Práticas Educativas em Saúde do Distrito de Saúde Sul – Saúde do Adulto

FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA: Criar espaços de socialização, reflexão e aprendizado entre profissionais que desenvolvem PES e demais interessados em conhecer e desenvolver atividades semelhantes. Estimular reflexão e aprimoramento, através do reconhecimento e da colaboração, potencializando a saúde individual e coletiva na região. Valorizar o profissional e as PES, contribuindo para sua realização pessoal e profissional e a humanização do cuidado.DINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOS: Para organizá-la, identificamos experiências como o Atendimento Compartilhado, Grupos de HiperDia, Reeducação Alimentar, Tabagismo, Artesanato, Vivência, Cuidadores de Idosos, Rodas de Terapia Comunitária Integrativa, Qualificação da Assistência aos Crônicos, numa caracterização sucinta das mesmas (quem articula, onde acontece, desde quando, interrupções, periodicidade, registro, como acontecem, dificuldades, avanços e propostas de aprimoramento) e realizamos uma Oficina de Planejamento com pelo menos 1 de seus representantes. Nela captamos expectativas, construímos formas de operacionalização, provocando o boca-a-boca nos serviços e formando o grupo que detalhou e viabilizou o delineado. Na referida Oficina chamou atenção o fato de que os participantes se ocupavam menos da proposta de planejar como fariam a troca de experiências na Mostra, porque seu interesse em contar o que e como faziam, suas dificuldades, seus triunfos era maior. Após o envio dos resumos dos relatos, trabalhamos em 2 oficinas com os apresentadores de experiências formas criativas e diversificadas de contarem o que faziam. Conseguimos que o Departamento de Saúde da Secretaria realizasse vídeos curtos com as experiências que se mostraram interessadas em realizá-los. Para efetivar as 3 rodadas de Rodas de Conversa simultâneas e a Grande Roda ao final, conseguimos envolver diferentes atores, com experiências diversificadas para agenciar coletivos: facilitadores temáticos (de acordo com a temática foco da prática educativa apresentada), facilitadores de Roda (para cuidar da dinâmica de troca entre apresentadores e participantes) e Ativadores da Grande Roda (educadores experientes no campo de saberes e práticas da Educação em Saúde) que participaram das Rodas, rastreando impressões, falas, gestos, olhares para que tudo aquilo pudesse ser amalgamado ao final daquele encontro, problematizando as práticas apresentadas. Realizamos reuniões preparatórias com os facilitadores para afinar perspectivas e viabilizar boas trocas. No início e nos intervalos, tivemos a Mostra de Talentos com apresentação de trabalhadores e usuários no violão e voz, dança do ventre, desfile dos produtos de grupos de artesanato.Superando os limites do apoio logístico, constituímos uma forte rede de ajuda na viabilização de recursos materiais e de comunicação, mediante conhecimento de atores-chave na Secretaria, na Prefeitura, com Universidades e nos territórios dos serviços. O grupo organizador potencializando a

Campinas, com sua trajetória de contribuição à saúde pública, é uma das poucas cidades brasileiras que precedeu o SUS constitucional na territorialização da rede de saúde. Inspirou arranjos de atenção e gestão como os serviços substitutivos da Saúde Mental, a legislação do controle social, o SAMU, os apoios institucionais e matriciais, as práticas integrativas e a descentralização da Vigilância na Atenção Básica, as experiências de educação com trabalhadores mais tarde denominadas de Educação Permanente em Saúde, dentre outras iniciativas.Infelizmente na última década vem vivendo o desmando e o descaso de sucessivos governos municipais que foram minando sua organização e coesão entre usuários, trabalhadores e gestores defensores de um SUS público, universal e de qualidade. Perdendo capacidade de resolver os problemas de saúde da população, imersa em problemas administrativos básicos “inexplicavelmente” sem resolução, o SUS Campinas vem enfrentando sua pior crise. Mas apesar disso, o pulso ainda pulsa…Os serviços que atualmente compõem o Distrito de Saúde Sul, uma das cinco regiões da cidade, são 16 centros de saúde, 2 ambulatórios de especialidades, 1 pronto atendimento, 1 serviço de atendimento domiciliar, 3 centros de atenção psicossocial (álcool e drogas, geral e infantil) e 2 centros de convivência totalizando aproximadamente 1300 trabalhadores, que atendem cerca de 300 mil munícipes. Desde fevereiro de 2013 o apoio matricial de Educação em Saúde vem se aproximando dos profissionais de saúde que realizam práticas educativas (PES) buscando torná-lo ferramenta de formação de pessoal, humanização e qualificação da atenção e valorização dos trabalhadores. Esta iniciativa encontrou eco no arranjo organizacional distrital à época, pelo interesse comum entre apoiadora e coordenação distrital de propiciar retaguarda especializada a equipes e profissionais neste campo de saberes e práticas por meio de “arranjos organizacionais e uma metodologia para a gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar as possibilidades de realizar-se clínica ampliada e integração dialógica entre distintas especialidades e profissões”. (Campos, GWS

Desenvolvidas nos serviços ou em seu território, as PES não são fáceis de fazer funcionar ou manter, mesmo em cenários favoráveis, quanto mais num contexto de crise. Com uma população que foi sendo acostumada a ter respostas imediatas através de medicamentos e exames, unidades que priorizam a realização de consultas e procedimentos, os próprios profissionais e suas parcerias com a população viabilizando a maioria dos recursos utilizados e a escassa retaguarda metodológica institucionalmente disponível, o que se pode dizer é que são muitos os obstáculos a vencer para quem é articulador das PES. Por outro lado, tem-se percebido que quem se dedica a elas, muitas vezes, é justamente aquele que se mantêm vivo, exercitando maneiras de realizar seu trabalho de maneira criativa e persistente, nem sempre valorizada como prática de cuidado em saúde.A amplitude das respostas valorizando esta atividade como exemplo de que o SUS Campinas continua vivo, confirma a necessidade de continuar nesse caminho, unindo forças com outras iniciativas que vejam o trabalhador como protagonista de sua prática, criando oportunidades de reflexão e aprendizado pela troca entre pares, contribuindo para trazer desdobramentos que transcendam as PES, criando mais condições para a retomada do SUS Campinas.Referências bibliográficas:Campos, GWS

Principal

Nayara Lúcia Soares de Oliveira E Fabiola Damas de Carvalho E Silva

A prática foi aplicada em

Campinas

São Paulo

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Instituição

Av Anchieta, 200

Uma organização do tipo

Instituição pública

Foi cadastrada por

Nayara Lúcia Soares de Oliveira e Fabiola Damas de Carvalho e Silva

Conta vinculada

A prática foi cadastrada em

02 jun 2023

e atualizada em

14 set 2023

Início da Execução

Fim da Execução

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

TAGS

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