Direito humano à saúde, HIV/aids e inclusão social de pessoas em situação de rua marcam debate promovido pela IdeiaSUS Fiocruz

Encontro virtual estará disponível em breve no Youtube

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A Plataforma IdeiaSUS Fiocruz, em parceria com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), promoveu nesta terça-feira (10) a terceira roda virtual de debate sobre Participação e Controle Social. Sob o tema Direito humano à saúde, participação social e diversidade, o encontro reuniu potentes experiências, celebrando o Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º/12), marco da campanha global Dezembro Vermelho de combate ao preconceito, à desinformação e ao estigma que ainda perduram em torno da doença, e o Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado no mesmo dia 10/12, data em que a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), em 1948, estabelecendo a proteção universal dos direitos humanos básicos. O encontro lembrou, ainda, a campanha 21 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres, realizada em cerca de 150 países, incluindo o Brasil, entre os dias 25 de novembro, quando se comemorou o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro.

Dando início ao debate, a ativista Renata Souza, liderança do Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas (MNCP), apresentou a radionovela Posithivas na Prevenção, que nasce do propósito de se encontrar soluções inovadoras para acessar públicos em situação de vulnerabilidade ou risco social. Renata contou que o movimento, atuante em nível municipal, estadual, regional, nacional e internacional, é formado por mulheres vivendo com HIV/aids e pessoas que convivem com a epidemia.

O ativista de direitos humanos e coordenador de acolhimento da Rede Jovem Rio+, Felipe Pinheiro, por sua vez, falou sobre o trabalho desta rede estadual de adolescentes e jovens vivendo e convivendo com HIV/aids do Rio de Janeiro. O movimento atua na inclusão social, na promoção do fortalecimento biopsicossocial e no protagonismo dessas pessoas, independentemente de sexo, identidade de gênero, sexualidade, credo, cor, etnia, nacionalidade, naturalidade, escolaridade, classe social e sorologias.

Já a coordenadora nacional do Movimento Nacional da População em Situação de Rua ((MNPR), Rosangela Cândido Nascimento, falou sobre as violações de direitos às quais as pessoas em situação de rua são submetidas diariamente. Ela destacou a luta encampada pelo movimento por políticas públicas das pessoas em situação de rua e inclusão social. O MNPR, que surge no início dos anos 2000 como resposta à violência e à negação de direitos a que esse público sempre esteve submetido (e ainda hoje continua), está presente em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal e em vários conselhos e comitês nacionais, servindo de referência para estudos e políticas públicas para a população em situação de rua.

A roda de debate contou, também, com a participação de Eneias da Rosa, secretário-executivo da Articulação para o Monitoramentos dos Direitos Humanos no Brasil (AMDH), que refletiu sobre as três experiências no contexto dos direitos humanos à saúde. A AMDH é uma iniciativa que surge em 2004, com o objetivo de denunciar violações e monitorar a situação dos direitos humanos no Brasil.

Por Katia Machado (IdeiaSUS Fiocruz)

Foto: Cena do curta-metragem TerritórioRua, produzido pela IdeiaSUS e VideoSaúde Fiocruz, disponível no canal da IdeiaSUS no Youtube.

 

 

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