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Nature-Based Practices: Effects of Forest Bathing on Blood Pressure in Adults in the Brazilian Unified Health System (SUS) - an Experience Report
Ana Prade
anacarlaprade@hotmail.com
Brasil
Práticas Baseadas na Natureza: Efeitos do Banho de Floresta na Pressão Arterial em Adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) - um Relato de Experiência
Descrição

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e está intimamente associada ao estresse crônico, ao comportamento sedentário e a hábitos de vida inadequados. Intervenções não farmacológicas estão sendo cada vez mais incorporadas às práticas de saúde, particularmente aquelas voltadas para o manejo do estresse. O banho de floresta (Shinrin-yoku) é uma prática terapêutica que envolve exposição consciente e prolongada a ambientes naturais, promovendo saúde mental e cardiovascular.
Este relato de caso descreve a aplicação de uma intervenção de banho de floresta no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de São Bento do Sul, Santa Catarina, em 2024. Este relato de caso descreve a aplicação de uma intervenção de banho de floresta no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de São Bento do Sul, Santa Catarina, em 2024. O objetivo foi avaliar mudanças nos níveis de pressão arterial (PA) entre participantes adultos submetidos à prática. O relato de experiência incluiu 18 participantes com idades entre 20 e 72 anos, sendo 16 mulheres e 2 homens, todos cadastrados no SUS. A intervenção ocorreu no Ecoparque do SAMAE, ao longo de uma trilha de 800 metros em uma floresta densa. As atividades compreenderam exercícios respiratórios, alongamentos, caminhada consciente e escuta focada dos sons da natureza. As medições da PA foram realizadas 10 minutos antes e 5 minutos após a intervenção, utilizando um esfigmomanômetro aneróide calibrado.

Problemas abordados

A alta prevalência da hipertensão arterial como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares destaca a necessidade urgente de abordagens inovadoras na saúde. O estresse crônico tem mostrado exacerbar os níveis de pressão arterial, contribuindo significativamente para a morbimortalidade cardiovascular. Apesar dessa evidência, ainda há disponibilidade limitada de intervenções não farmacológicas e baseadas na natureza nos sistemas públicos de saúde, particularmente aquelas que poderiam complementar os tratamentos médicos tradicionais. Além disso, há uma falta de integração estruturada das práticas de banho de floresta nas estratégias de promoção da saúde pública, o que representa uma oportunidade perdida de aproveitar intervenções acessíveis, de baixo custo e eficazes para enfrentar doenças crônicas como a hipertensão.

Resultados (opcional)

A intervenção de banho de floresta demonstrou efeito hipotensor na maioria dos participantes. Em média, a pressão arterial sistólica diminuiu 15 mmHg e a pressão arterial diastólica diminuiu 10,5 mmHg após a intervenção. A maioria dos participantes apresentou reduções tanto na pressão sistólica quanto na diastólica, sugerindo uma resposta cardiovascular benéfica à prática baseada na natureza. Alguns indivíduos apresentaram pequenos aumentos nos níveis de pressão arterial; entretanto, todos eles tinham leituras basais abaixo do intervalo normal padrão (120/80 mmHg), indicando uma possível resposta adaptativa bioreguladora.

Recomendações ou Desafios

Com base nos resultados deste relato de experiência, recomenda-se que as práticas de banho de floresta sejam integradas às estratégias de saúde pública como intervenções complementares para a promoção da saúde cardiovascular e o manejo do estresse. Dada a acessibilidade e o baixo custo das intervenções baseadas na natureza, o banho de floresta pode ser um adjuvante eficaz ao cuidado convencional, particularmente no âmbito da atenção primária à saúde. Estudos adicionais com tamanhos amostrais maiores, desenhos experimentais e acompanhamento longitudinal são necessários para confirmar os benefícios observados e compreender melhor os mecanismos fisiológicos subjacentes aos efeitos cardiovasculares da exposição à floresta. Atenção especial deve ser dada ao desenvolvimento de protocolos padronizados para práticas de banho de floresta adaptados a diferentes perfis populacionais, incluindo indivíduos com normotensão ou hipotensão. Recomenda-se também que os profissionais de saúde recebam treinamento específico sobre a aplicação de intervenções baseadas na natureza, a fim de promover sua incorporação segura e eficaz em programas de saúde integrativa e complementar. Políticas públicas devem incentivar a preservação de ambientes naturais e a criação de espaços verdes acessíveis para apoiar a expansão de tais práticas terapêuticas.

Palavras-chave
Nature-Based Practices: Effects of Forest Bathing on Blood Pressure in Adults in the Brazilian Unified Health System (SUS) - an Experience Report
Description

Arterial hypertension is one of the leading risk factors for cardiovascular diseases and is closely associated with chronic stress, sedentary behavior, and inadequate lifestyle habits. Non-pharmacological interventions are increasingly being incorporated into healthcare practices, particularly those aimed at stress management. Forest bathing (Shinrin-yoku) is a therapeutic practice involving conscious and prolonged exposure to natural environments, promoting mental and cardiovascular health.
This case report describes the application of a forest bathing intervention within the Brazilian Unified Health System (SUS) in the municipality of São Bento do Sul, Santa Catarina, in 2024. This case report describes the application of a forest bathing intervention within the Brazilian Unified Health System (SUS) in the municipality of São Bento do Sul, Santa Catarina, in 2024. The objective was to assess changes in blood pressure (BP) levels among adult participants undergoing the practice. The experience report included18 participants aged between 20 and 72 years, with 16 women and 2 men, all registered in the SUS. The intervention took place at the Ecoparque do SAMAE, along an 800-meter trail through a dense rainforest. The activities comprised respiratory exercises, stretching, mindful walking, and focused listening to natural sounds. BP measurements were taken 10 minutes before and 5 minutes after the intervention using a calibrated aneroid sphygmomanometer.

Problems Addressed

The high prevalence of arterial hypertension as a major risk factor for cardiovascular diseases highlights the urgent need for innovative approaches in healthcare. Chronic stress has been shown to exacerbate blood pressure levels, contributing significantly to cardiovascular morbidity and mortality. Despite this evidence, there remains a limited availability of non-pharmacological, nature-based interventions within public healthcare systems, particularly those that could complement traditional medical treatments. Furthermore, there is a lack of structured integration of forest bathing practices into public health promotion strategies, which represents a missed opportunity to leverage accessible, low-cost, and effective interventions to address chronic diseases such as hypertension.

Results (optional)

The forest bathing intervention demonstrated a hypotensive effect in most participants. On average, systolic blood pressure decreased by 15 mmHg and diastolic blood pressure decreased by 10.5 mmHg after intervention. Most participants exhibited reductions in both systolic and diastolic pressures, suggesting a beneficial cardiovascular response to the nature-based practice. A few individuals showed slight increases in blood pressure levels; however, all of them had baseline readings below the standard normal range (120/80 mmHg), indicating a potential adaptive bioregulatory response.

Recomendations or Challenges

Based on the results of this experience report, it is recommended that forest bathing practices be integrated into public health strategies as complementary interventions for the promotion of cardiovascular health and stress management. Given the accessibility and low cost of nature-based interventions, forest bathing can be an effective adjunct to conventional care, particularly within primary healthcare settings. Further studies with larger sample sizes, experimental designs, and longitudinal follow-up are necessary to confirm the observed benefits and to better understand the physiological mechanisms underlying the cardiovascular effects of forest exposure. Special attention should be given to developing standardized protocols for forest bathing practices adapted to different population profiles, including individuals with normotension or hypotension. It is also recommended that healthcare providers receive specific training on the application of nature-based interventions, in order to promote their safe and effective incorporation into integrative and complementary health programs. Public policies should encourage the preservation of natural environments and the creation of accessible green spaces to support the expansion of such therapeutic practices.

Keywords
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