A dor crônica é uma condição multifatorial que afeta milhões de pessoas globalmente, prejudicando a qualidade de vida e a autonomia funcional. Segundo a IASP (2024), cerca de 20% da população mundial convive com dor persistente (>6 meses). No Brasil, esse cenário impõe grandes desafios ao SUS, especialmente em comunidades rurais com acesso restrito a terapias especializadas.
Com base nesse contexto e na alta demanda por atendimentos relacionados a dores musculoesqueléticas na Atenção Primária à Saúde (APS), foi lançado o projeto “Xô Dor” em setembro de 2024, na UBS da comunidade rural Água Fria, em Pedra Branca do Amapari–AP. A iniciativa surgiu após capacitações em fisioterapia invasiva, voltada ao alívio de dores agudas e crônicas. A região atende 2.661 habitantes cadastrados no e-SUS (2025), representando 21% da população municipal.
O projeto busca oferecer soluções terapêuticas eficazes e humanizadas frente às limitações dos tratamentos convencionais. Ele integra técnicas de fisioterapia invasiva para alívio imediato da dor, reabilitação funcional supervisionada por um educador físico, promovendo fortalecimento e mobilidade do grupamento muscular afetado, além de acompanhamento psicológico. Esse suporte multidisciplinar auxilia pacientes com ansiedade, depressão e baixa autoestima causadas pela dor crônica, promovendo bem-estar físico e mental. Baseia-se nas normativas RDC 98/2008, Normativa 120/2022 (ANVISA), Acórdão 61/2023 (COFFITO) e Portaria nº 2.436/2017 (PNAB).
Objetivos:
Objetivo Geral: Reduzir a sobrecarga das UBS no manejo de dores crônicas musculoesqueléticas através de fisioterapia invasiva e promover autonomia aos pacientes por meio de intervenção multidisciplinar.
Objetivos Específicos:
1. Oferecer alívio imediato da dor com técnicas invasivas (com uso de corticoides e terapia neural).
2. Capacitar pacientes com exercícios físicos individualizados, supervisionados por educador físico, para manutenção da funcionalidade.
3. Reduzir impactos psicológicos (ansiedade/depressão) associados à dor crônica por meio de acompanhamento especializado.
4. Fortalecer a resolutividade da Atenção Básica, alinhando-se às diretrizes do SUS.
O problema que motivou o projeto “Xô Dor!” foi a alta demanda por tratamento de dores crônicas musculoesqueléticas em uma comunidade rural com acesso limitado a terapias especializadas. Identificou-se a oportunidade de integrar fisioterapia invasiva, suporte psicológico e exercícios supervisionados, promovendo não apenas o alívio da dor e autonomia funcional dos pacientes, mas também melhorias na saúde mental e qualidade de vida. Assim, o projeto busca transformar a Atenção Básica em um modelo mais resolutivo e humanizado, alinhado às diretrizes do SUS.
A prática “Xô Dor!” trouxe benefícios como alívio rápido da dor crônica, melhora funcional, saúde mental fortalecida e eficiência nos serviços da UBS. A inovação integra fisioterapia invasiva, suporte psicológico e exercícios supervisionados por educadores físicos, promovendo bem-estar. As lições aprendidas incluem capacitar equipes e adaptar às demandas locais, mostrando que o SUS pode oferecer cuidados resolutivos e humanizados.
Para implementar práticas similares, recomenda-se: capacitar equipes multidisciplinares, documentar protocolos, adaptar as estratégias às demandas locais, monitorar resultados com métricas como EVA e divulgar os impactos positivos à comunidade. Esses passos fortalecem a adesão e eficácia do projeto.
Av. Raimundo Rodrigues de Almeida, 1044, Pedra Branca do Amapari - AP, 68945-000, Brasil
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