- Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
Ana Amélia Machado Duarte
- 24 abr 2024
Finalidade da experiência: ainda que sejam inegáveis os avanços da Atenção Básica ocorridos nos últimos anos e a descentralização das ações de Vigilância em Saúde (VS), sabe-se que inúmeros desafios são enfrentados referentes à gestão e organização dos serviços de saúde que dificultam a efetiva integração da Atenção Básica e a VS, comprometendo a integralidade do cuidado (BRASIL, 2008). Esses desafios também estão presentes na formação dos profissionais de saúde na medida em que os cenários das práticas ainda são permeados por ações desenvolvidas com dificuldade de superação do modelo centrado na clínica. Para qualificar a atenção à saúde a partir do princípio da integralidade é fundamental que os processos de trabalho sejam organizados com vistas ao enfrentamento dos principais problemas de saúde-doença da comunidade, onde as ações de VS devem estar incorporadas no cotidiano dos trabalhadores dos serviços de saúde. Destaca-se que a definição desta proposta, partiu da necessidade de contribuir para reestruturação dos processos de trabalho da APS pela inserção gradativa da VS , sem incluir outro programa , mas sim o olhar aos usuários, em suas queixas, se tem relação com seu processo de trabalho. De tal forma que favoreçam ações individuais e coletivas nestes campos de atenção à saúde. Construção de uma agenda da saúde do trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde da: Assistência, Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental/Saúde do Trabalhador, Vigilância Epidemiológica e Controle Social.
O município de Maringá, localizado no Noroeste do Estado do Paraná, é cidade polo da 15ª Regional de Saúde do Estado, que engloba 30 municípios. Constitui a terceira maior cidade do estado e possui 403.063 habitantes, com IDH ocupando a 6ª posição em relação aos demais municípios paranaenses, com uma renda per capita média de R$ 1.187,57. A maior parte da população encontra-se na faixa etária adulto jovem, porém há um percentual significativo (8,96%) acima de 60 anos (PNUD, 2003). A rede de saúde de Maringá conta hoje com 36 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 01 Hospital Municipal, 02 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), 01 Hospital Universitário (HUM/UEM) e 10 hospitais privados. A Estratégia Saúde da Família (ESF) compõe-se de 63 equipes, com cobertura de 80% da população. O município também conta com quatro unidades de referência em saúde mental e duas policlínicas com consultas e exames especializados além de um Ambulatório de DST e HIV/Aids. As ações da diretoria de Vigilância em Saúde (VS) estão organizadas em quatro gerências: Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental/Saúde do Trabalhador, Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses. Com objetivo de melhorar a atuação das ESF em seus territórios, foram criados Núcleos de VS em todas as UBS na perspectiva de integrar a VS na atenção básica. Estimulados pelas políticas do Ministério da Saúde, que criou o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em âmbito Hospitalar no ano de 2004, foram implantados também os Núcleos de Vigilância Epidemiológica no HUM e no Hospital Municipal.
Fortalecer o vínculo in loco com os profissionais da assistência para qualificar as ações em ST. A perspectiva da assistência e da vigilância associada ser capaz de operar nos diferentes níveis da rede de saúde, buscando evidenciar a situação de saúde dos territórios, seus fatores condicionantes e determinantes, assim como as situações de vulnerabilidade de grupos de trabalhadores, ramos produtivos e ambientais.
Av. Prudente de Morais, 885 - Zona 7, Maringá - PR, Brasil
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO